CHICO XAVIER/ANDRÉ LUIZ
Flácus, inspirado pelos
Planos Maiores, acentua em sua preleção:
“Espíritos incompletos que
somos ainda, aderimos aos movimentos que lhes dizem respeito e colhemos os
benefícios da ascensão e da vitória ou os prejuízos da descida e da derrota,
controlados pelas inteligências mais vigorosas que a nossa e que seguem conosco,
lado a lado, na zona progressiva ou deprimente, em que nos colocamos.
O inferno, por isto mesmo, é
um problema de direção espiritual.
Satã é a inteligência
perversa. (destacamos)
O mal é o desperdício do
tempo ou o emprego da energia em sentido contrário aos propósitos do Senhor”.
Na condição de espíritas, não
podemos olvidar a questão do livre arbítrio, repetindo aqui as célebres
palavras de León Denis: “O Espiritismo será o que os homens o fizerem”.
Na atualidade, porém,
observamos a existência de “dois” Movimentos Espíritas: o primeiro, e mais
autêntico, o de seus adeptos que frequentam os grupos espíritas, interessados
em colocar em prática as lições que aprendem; o segundo, e totalmente
equivocado, o de seus adeptos que se deixaram picar pela “mosca azul” do poder,
ditando normas, regras, estabelecendo direções, como se fossem altos
mandatários do Mundo Espiritual na Terra...
*
Logo na sequência, severo
alerta de Flácus:
“Misturam-se à multidão
terrestre, exercem atuação singular sobre inúmeros lares e administrações e o
interesse fundamental das mais poderosas inteligências, dentre elas, é a
conservação do mundo ofuscado e distraído, à força da ignorância defendida e do
egoísmo recalcado, adiando-se o Reino de Deus, entre os homens,
indefinidamente...” (destacamos)
Seríssimo!
“... adiando-se o Reino de
Deus, entre os homens, indefinidamente...”.
Podem fazê-lo?! Claro, pois
que o têm feito desde épocas imemoriais, mormente quando lograram desfigurar os
ensinamentos cristãos, fazendo com o Cristianismo o que fizeram e ainda
fazem...
O Espiritismo, infelizmente,
vem se transformando numa caricatura dos princípios cristãos, com os espíritas
incautos, fazendo em muito menor tempo, o que os cristãos primitivos levaram
três séculos para começarem a fazer com o Evangelho.
*
Todavia, ainda se tem tempo
para deter o processo da falência de nossos princípios doutrinários que vêm
sendo espezinhados e ridicularizados, a partir do comportamento arbitrário e
nada fraterno dos espíritas que se consideram “donos” do Movimento, na exibição
apenas e tão somente de duvidosa cultura acadêmica ou do pretenso status social
que possuem – que os Centros Espiritas bem intencionados, com os seus leais
frequentadores, prossigam laborando pelo Mundo Melhor, sem se inclinarem à autoridade
“papal” ou “cardinalícia” que alguns espíritas vêm procurando exercer no
Movimento.
Que os Centros Espíritas
proclamem a sua independência dos órgãos de condução e se transformem em
colmeias de serviço e de amor ao próximo, e em escolas sem cátedras onde o
verdadeiro Espiritismo possa ser ensinado aos seus adeptos, para que eles, por
fim, aprendam a pensar por si mesmos.
Não se trata de rebeldia,
mas, sim, de “defesa pacífica” da originalidade espírita, para que o
Espiritismo não venha a se transformar em simplesmente mais um “ismo”, no campo
da vaidade pessoal de tantos, que, praticamente por imposição, em trama de
bastidores pelo poder, querem impor a sua liderança.
INÁCIO FERREIRA por Carlos A.
Baccelli - Blog Mediunidade na Internet
Uberaba – MG, 15 de julho de
2018.
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