1.7.18

Guia da Humanidade


Aos atropelos, o Brasil segue.
Um misto de calmaria e balbúrdia. Um quê de serenidade e outro de muita bagunça. Algo que se mantém o status quo e outra margem que vislumbra a desorganização sem rumo.
Esta ambiguidade nos levará aonde?
A canto algum se não fizemos a parte que nos cabe no papel de cidadão brasileiro.
Quem é você, Joaquim Nabuco, para escrever estas coisas, afinal, você está morto, não vive mais entre nós?
Parte desse enunciado é verdade, outra parte nem tanto.
Os que aqui ficamos não passamos de um noturno transeunte do nosso ontem, vislumbrando o alvorecer de um novo amanhã e tomamos a consciência de que somos responsáveis por ele.
Se pouco fiz quando estava fisicamente aí entre vocês, fiz o melhor que pude, mas do lado de cá, com a liberdade que tenho, continuo a minha bandeira de lutas, agora renovadas, é claro.
Não perdi o espírito de brasilidade que até hoje carrego e parece que carregarei um bom tempo mais, se os planos que começo a arregimentar para meu amanhã avançarem na direção que espero.
Portanto, não vou ficar de braços cruzados se posso e devo fazer algo. Por enquanto, nesta frente de batalha, do verbo, da voz para aqueles que me permitem a sua leitura e reflexão. Pouco importa que acreditem ou não, faço como sempre a minha parte, agora, mais que nunca, aliado ao projeto de Jesus para a Terra.
Nesse sentido, quero deixar claro, outra vez, que me imiscuo constantemente nos destinos da nação que abracei no passado. É o que eu conheço e posso fazer com alguma competência.
A política se renovará, mas até lá, teremos que encontrar forças para arregimentar argumentos e ações contra os falaciosos e aproveitadores do povo.
A justiça se reformará, mas até que isso aconteça, teremos que dirigir-se a opinião pública para mostrar descalabros de falsos togistas e não baixar a cabeça diante de todos os tipos de injustiça.
A economia se reconfigurará, mas até a sua transformação definitiva, devemos angariar todos os esforços possíveis para que ela não engula o mais fraco e cada vez mais enriqueça os poderosos do capital alienante.
A saúde pública se modificará, fazendo-se cada vez mais humana e cuidadosa, mas não cruzemos os braços diante dos desvios orçamentários e o desvelo nos hospitais e outras casas de saúde.
A educação será transformada, culminando o seu papel de formadora de cidadãos conscientes do seu futuro, mas até que isso aconteça temos que privilegiá-la de recursos e efetivamente colocá-la na pauta da prioridade absoluta.
Sem nosso esforço conjunto, céus e terra, nada acontecerá, pois a divisão é apenas dimensional. Nós agimos em permanente conluio de vontades e mentes.
Ao nosso Brasil, carente ainda de tanto progresso, continuaremos o nosso trabalho redentor, guiado pelo Cristo Jesus, porque sem Ele tudo será vão, sem finalidade maior.
Será o Evangelho de Jesus que nos orientará na nova jornada, como já o faz em muito agora no meu viver.
Este será o guia da humanidade e a primeira referência de conduta do nosso imenso e grandioso País.
 Joaquim Nabuco – Reflexões de um Imortal.

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