Aos atropelos, o Brasil
segue.
Um misto de calmaria e
balbúrdia. Um quê de serenidade e outro de muita bagunça. Algo que se mantém o
status quo e outra margem que vislumbra a desorganização sem rumo.
Esta ambiguidade nos levará
aonde?
A canto algum se não fizemos
a parte que nos cabe no papel de cidadão brasileiro.
Quem é você, Joaquim Nabuco,
para escrever estas coisas, afinal, você está morto, não vive mais entre nós?
Parte desse enunciado é
verdade, outra parte nem tanto.
Os que aqui ficamos não
passamos de um noturno transeunte do nosso ontem, vislumbrando o alvorecer de
um novo amanhã e tomamos a consciência de que somos responsáveis por ele.
Se pouco fiz quando estava
fisicamente aí entre vocês, fiz o melhor que pude, mas do lado de cá, com a
liberdade que tenho, continuo a minha bandeira de lutas, agora renovadas, é
claro.
Não perdi o espírito de
brasilidade que até hoje carrego e parece que carregarei um bom tempo mais, se
os planos que começo a arregimentar para meu amanhã avançarem na direção que
espero.
Portanto, não vou ficar de
braços cruzados se posso e devo fazer algo. Por enquanto, nesta frente de
batalha, do verbo, da voz para aqueles que me permitem a sua leitura e
reflexão. Pouco importa que acreditem ou não, faço como sempre a minha parte,
agora, mais que nunca, aliado ao projeto de Jesus para a Terra.
Nesse sentido, quero deixar
claro, outra vez, que me imiscuo constantemente nos destinos da nação que
abracei no passado. É o que eu conheço e posso fazer com alguma competência.
A política se renovará, mas
até lá, teremos que encontrar forças para arregimentar argumentos e ações
contra os falaciosos e aproveitadores do povo.
A justiça se reformará, mas
até que isso aconteça, teremos que dirigir-se a opinião pública para mostrar
descalabros de falsos togistas e não baixar a cabeça diante de todos os tipos
de injustiça.
A economia se reconfigurará,
mas até a sua transformação definitiva, devemos angariar todos os esforços
possíveis para que ela não engula o mais fraco e cada vez mais enriqueça os
poderosos do capital alienante.
A saúde pública se
modificará, fazendo-se cada vez mais humana e cuidadosa, mas não cruzemos os
braços diante dos desvios orçamentários e o desvelo nos hospitais e outras
casas de saúde.
A educação será transformada,
culminando o seu papel de formadora de cidadãos conscientes do seu futuro, mas
até que isso aconteça temos que privilegiá-la de recursos e efetivamente
colocá-la na pauta da prioridade absoluta.
Sem nosso esforço conjunto,
céus e terra, nada acontecerá, pois a divisão é apenas dimensional. Nós agimos
em permanente conluio de vontades e mentes.
Ao nosso Brasil, carente
ainda de tanto progresso, continuaremos o nosso trabalho redentor, guiado pelo
Cristo Jesus, porque sem Ele tudo será vão, sem finalidade maior.
Será o Evangelho de Jesus que
nos orientará na nova jornada, como já o faz em muito agora no meu viver.
Este será o guia da
humanidade e a primeira referência de conduta do nosso imenso e grandioso País.
Joaquim Nabuco – Reflexões de um Imortal.
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