I. A RECOMENDAÇÃO DE JESUS
"Vigiai e orai, para não cairdes em
tentação", recomendou Jesus (Mateus, 26:41).
Vigiar, no caso, significa estar alerta,
atento, observando cuidadosamente o que se passa.
O que vigiar?
A recomendação de Jesus é, sem dúvida,
quanto ao aspecto espiritual. Somos, fundamentalmente, espíritos mas estamos
ligados ao plano material. Portanto, devemos estar alerta, vigilantes, com a
própria vida, em relação a tudo e a todos.
Como vigiar?
Observando e analisando, do ponto de vista
espírita, no entendimento cristão, os pensamentos, sentimentos, palavras e
atos, tanto os nossos (principalmente) como também os dos outros encarnados e
desencarnados).
Para que vigiar?
"Para não cairdes em tentação",
explica Jesus. Ou seja, para não ceder à instigação ou estímulo para o que for
mau. Não é para conhecer e criticar nem para temer ou agredir, mas para
procurar evitar o erro ou corrigi-lo.
Vigiemos, pois. Estejamos atentos:
1) A nós mesmos
a) Para não ensejarmos sintonia mental ou
afinidade fluídica com os espíritos inferiores, encarnados ou não.
Ex.: Atrações infelizes no campo do sexo ou
da ambição, etc. e que podem, até, vir a ocasionar obsessão.
b) Para não gerar dificuldades ou
complicações.
Ex.: Preguiça gerando pobreza, irritação
constante produzindo doença.
c) Para não provocar reações más em nossos
semelhantes.
Ex.: Violência que suscita desejo de
revanche, exploração que traz a revolta e o ódio.
d) Para não errarmos na resposta a dar aos
estímulos e provas naturais que a vida terrena nos enseja.
Ex.: Fazer o bem e não reagir ao mal com o
mal.
2) Aos outros
a) Para não acompanharmos seus erros, não
aceitarmos suas sugestões más:
b) Para não deixarmos que nos prejudiquem
moral e espiritualmente;
c) Para ajudá-los no que pudermos, se
notarmos que precisam de algo material ou espiritualmente.
3) A tudo com que estivermos relacionados.
Para corrigir o que estiver errado e
desenvolver e aperfeiçoar o que estiver certo em favor de todos.
II. VÍCIOS E PAIXÕES
Vício é todo ato prejudicial que nos desvia
de nossas corretas funções, seja em que setor de atividade for, causando
desgaste de energia e perda de tempo, sem produzir o bem e o progresso.
Paixão é o excesso ou descontrole nos
sentimentos e nas emoções.
Devemos comandar nossas necessidades e
sentimentos. A partir do momento em que eles é que passem a nos dirigir,
estaremos escravizados sob o vício ou a paixão.
Excessos na vida corpórea causam efeitos
prejudiciais no campo fluídico. André Luiz examinou alguns casos assim:
a) Sexo: Desregramentos sexuais produziram
bacilos psíquicos que influíam sobre as células geradoras, chegando a
aniquilá-las.
b) Álcool, fumo e tóxicos: Seu uso
produzindo fluidos venenosos que abalaram o sistema nervoso e lesaram funções
orgânicas. Quando abusivo, esse uso estabelece dependência e acarreta
conseqüências muito danosas.
c) Alimentação: - Excessos alimentares
criaram parasitos fluídicos, além das alterações sofridas pelo que fora
ingerido, prejudicando todo o aparelho digestivo, ficando evidente que se deve
evitar a gula.
Obs.: Em dia de estudos e práticas
espirituais, para se estar bem disposto fisicamente, não desgastado nas
energias, e poder estar bem assistido espiritualmente, deve-se evitar quaisquer
vícios ou excessos. A refeição que preceder a reunião espiritual deve ser leve.
III. O CORPO COMO UM TEMPLO
"Derrubai este templo e em três dias
eu o reconstruirei", afirmou Jesus. Referia-se ao seu próprio corpo, pois somente o usava para servir
a Deus, cumprir as leis divinas.
Façamos também de nosso corpo um templo
para o Senhor. É instrumento abençoado para aprendizado, resgate, serviço e
comunicação com o próximo.
Vigiemos o uso que fazemos dele. Evitemos
prejudicá-lo com desvios ou excessos de qualquer tipo.
IV. AS VIRTUDES
Virtude é "a disposição firme e
constante para a prática do bem", inclusive em favor do próximo, sem interesse pessoal nem intenção oculta.
Cultivemos a mansuetude, a humildade, a honestidade, a bondade, a sinceridade,
a lealdade, a perseverança, a fé, enfim todas as qualidades morais que exornam
o caráter de uma pessoa de bem.
Também existe virtude em nós "toda vez
que há resistência voluntária ao
arrastamento às más tendências".
V. A ORAÇÃO
Orar é comunicar-se com o plano espiritual
superior, estabelecer ligação com ele. Para orar, não basta mover os lábios,
produzir sons. É preciso elevar pensamentos e sentimentos, com toda convicção e
fervor. Então, a oração alcança a fonte das bênçãos divinas, trazendo-nos em
resposta o benefício necessário e possível para a nossa sustentação na senda
evolutiva.
Vigiemos e oremos, constantemente, porque a
oração e a vigilância asseguram a nossa integridade e o nosso bem estar, do
corpo e da alma.
LIVROS CONSULTADOS:
De Allan Kardec:
- "O Evangelho Segundo o
Espiritismo", cap. XVII, "O Homem de Bem".
De André Luiz: (psicografia
de Francisco C. Xavier)
- "Missionários da
Luz" - Cap. 3 - Desenvolvimento Mediúnico
Livro: "Iniciação ao
Espiritismo", Therezinha Oliveira