29.3.18

PARA RELEMBRAR


    A pessoa que renteia contigo, no processo evolutivo, não te é desconhecida...
    O filho-dificuldade que te exige doação integral, não se encontra ao teu lado por primeira vez.
    O ancião-renitente que te parece um pesadelo contínuo, exaurindo-te as forças, não é encontro fortuito na tua marcha...
    O familiar de qualquer vinculação que te constitui provação, não é resultado do acaso que te leva a desfrutar da convivência dolorosa.
    Todos eles provêm do teu passado espiritual.
    Eles caíram, sim, e ainda se ressentem do tombo moral, estando, hoje, a resgatar injunção penosa.
Mas, tu também.
    Quando alguém cai, sempre há fatores preponderantes, que induzem e levam ao abismo.
    Normalmente, oculto, o causador do infortúnio permanece desconhecido do mundo.
    Não, porém, da consciência, nem das Soberanas Leis.
    Renascem em circunstâncias e tempos diferentes, todavia, volvem a encontrar-se, seja na consanguinidade, através da parentela corporal, ou mediante a espiritual, na grande família humana, tornando o caminho das reparações e compensações indispensáveis.
    Não te rebeles contra o impositivo da dor, seja como se te apresente.
    Aqui, é o companheiro que se transforma em áspero adversário; ali, é o filho rebelde, ora portador de enfermidade desgastante; acolá, é o familiar vitimado pela arteriosclerose tormentosa; mais adiante, é alguém dominado pela loucura, e que chegam à economia da tua vida depauperando os teus cofres de recursos múltiplos.
    Surgem momentos em que desejas que eles partam da Terra, a fim de que repouses...
    Horas soam em que um sentimento de surda animosidade contra eles te cicia o anelo de ver-te libertado...
    Ledo engano!
    Só há liberdade real, quando se resgata o débito.
    Distância física não constitui impedimento psíquico.
    Ausência material não expressa impossibilidade de intercâmbio.
    O Espírito é a vida, e enquanto o amor não lene as dores e não lima as arestas das dificuldades, o problema prossegue inalterado.
    Arrima-te ao amor e sofre com paciência.
    Suporta a alma-problema que se junge a ti e não pereças nos ideais de amparar e prosseguir.
    Ama, socorrendo.
    Dia nascerá, luminosos, em que, superadas as sombras que impedem a clara visão da vida, compreenderás a grandeza do teu gesto e a felicidade da tua afeição a todos.
    O problema toma a dimensão que lhe proporcionas.
    Mas o amor, que "cobre a multidão dos pecados" voltado para o bem, resolve todos os problemas e dificuldades, fazendo que vibre, duradoura, a paz por que te afadigas.

Livro: Alerta - Divaldo P Franco - Joanna de Ângelis.

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