A pessoa que renteia contigo, no processo
evolutivo, não te é desconhecida...
O filho-dificuldade que te exige doação
integral, não se encontra ao teu lado por primeira vez.
O ancião-renitente que te parece um
pesadelo contínuo, exaurindo-te as forças, não é encontro fortuito na tua
marcha...
O familiar de qualquer vinculação que te
constitui provação, não é resultado do acaso que te leva a desfrutar da
convivência dolorosa.
Todos eles provêm do teu passado
espiritual.
Eles caíram, sim, e ainda se ressentem do
tombo moral, estando, hoje, a resgatar injunção penosa.
Mas, tu também.
Quando alguém cai, sempre há fatores
preponderantes, que induzem e levam ao abismo.
Normalmente, oculto, o causador do
infortúnio permanece desconhecido do mundo.
Não, porém, da consciência, nem das
Soberanas Leis.
Renascem em circunstâncias e tempos
diferentes, todavia, volvem a encontrar-se, seja na consanguinidade, através da
parentela corporal, ou mediante a espiritual, na grande família humana,
tornando o caminho das reparações e compensações indispensáveis.
Não te rebeles contra o impositivo da dor,
seja como se te apresente.
Aqui, é o companheiro que se transforma em
áspero adversário; ali, é o filho rebelde, ora portador de enfermidade
desgastante; acolá, é o familiar vitimado pela arteriosclerose tormentosa; mais
adiante, é alguém dominado pela loucura, e que chegam à economia da tua vida
depauperando os teus cofres de recursos múltiplos.
Surgem momentos em que desejas que eles
partam da Terra, a fim de que repouses...
Horas soam em que um sentimento de surda
animosidade contra eles te cicia o anelo de ver-te libertado...
Ledo engano!
Só há liberdade real, quando se resgata o
débito.
Distância física não constitui impedimento
psíquico.
Ausência material não expressa
impossibilidade de intercâmbio.
O Espírito é a vida, e enquanto o amor não
lene as dores e não lima as arestas das dificuldades, o problema prossegue
inalterado.
Arrima-te ao amor e sofre com paciência.
Suporta a alma-problema que se junge a ti e
não pereças nos ideais de amparar e prosseguir.
Ama, socorrendo.
Dia nascerá, luminosos, em que, superadas
as sombras que impedem a clara visão da vida, compreenderás a grandeza do teu
gesto e a felicidade da tua afeição a todos.
O problema toma a dimensão que lhe
proporcionas.
Mas o amor, que "cobre a multidão dos
pecados" voltado para o bem, resolve todos os problemas e dificuldades,
fazendo que vibre, duradoura, a paz por que te afadigas.
Livro: Alerta - Divaldo P
Franco - Joanna de Ângelis.
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