"QUANDO ESTUDAMOS SOBRE OS DRUÍDAS,
TEMOS DE ESQUECER NOSSA RAZÃO E EMBARCAR NUM MUNDO DIFERENTE, MÁGICO,
FANTÁSTICO, DE UM POVO INCRÍVEL E MISTERIOSO”.
Quem
eram os druidas? - O que melhor se pode dizer é que os druidas foram membros de uma elevada estirpe de Celtas que
ocupavam o lugar de juizes, doutores, sacerdotes, adivinhos, magos, médicos,
astrônomos, etc., mas que evidentemente não constituíam um grupo étnico dentro
do mundo Celta. Eram grandes conhecedores da ciência dos cristais, radiestesia,
plantas, etc.
As mulheres célticas gozavam de mais
liberdades e direitos do que as de outras culturas contemporâneas,
incluindo-se, até mesmo, o direito de participarem de batalhas, e de
solicitarem divórcio. Neste contexto havia mulheres druidas. Na cultura
druídica, portanto, a mulher tinha um papel preponderante, pois era vista como
a imagem da Deusa.
No contexto religioso os druidas eram
sacerdotes e sacerdotisas dedicados ao aspecto feminino da divindade, a Deusa
Mãe. Embora cultuassem a Deusa Mãe mesmo assim admitiam que todos os aspectos
expressos a respeito da Divindade eram ainda percepções imperfeitas do Divino.
Assim, todos os deuses e deusas do mundo nada mais eram do que aspectos de um
só Ser Supremo - qualquer que fosse a sua denominação visto sob a ótica humana.
A palavra druida é de origem céltica, e
segundo o historiador romano Plínio - o velho, ela está relacionada com o
carvalho, que na realidade era uma árvore sagrada para eles.
Desde que o povo celta não usava a escrita
para transmitir seus conhecimentos, após o domínio do cristianismo perdeu-se
muito das informações históricas daquela maravilhosa civilização e especialmente
das que a precederam deste o fim da Atlântida, exceto aquilo que permaneceu
zelosamente guardado nos registros de algumas Ordens Iniciáticas, especialmente
a Ordem Céltica e a Ordem Druídica. Por isto muito da historia dos Druidas até
hoje é um mistério para os historiadores oficiais; sabem que realmente que
existiu entre o povo Celta, mas que não nasceram nesta civilização. Sendo assim
impõe-se a indagação: de onde vieram os Druidas? Seriam Deuses? Ou Bruxos? O
pouco que popularmente é dito a respeito dos druidas tem como base diversas
lendas, como a do Rei Arthur, onde Merlin era um druida.
Diversos estudiosos tem argumentado que os
Druidas originariamente pertenceram à pré-céltica (não Ariana) população da
Bretanha e da Escócia.
Desde o domínio romano, instigado pelo
catolicismo, a cultura druídica foi alvo de severa e injusta repressão, que fez
com que fossem apagados quaisquer tipos de informação a respeito dela embora
que na historia de Roma conste que Júlio César reconhecia a coragem que os druidas
tinham em enfrentar a morte em defesa de seus princípios.
Os Druidas dominavam quase todas as áreas
do conhecimento humano, cultivaram a musica, a poesia, tinham notáveis
conhecimentos de medicina natural, de fitoterapia, de agricultura e astronomia,
e possuíam um avançado sistema filosófico muito semelhante ao dos
neoplatônicos. O povo celta tinha uma tradição eminentemente oral, não faziam
uso da escrita para transmitir seus conhecimentos fundamentais, embora
possuíssem uma forma de escrita mágica conhecida pelo nome de escrita rúnica.
Mesmo não usando a escrita para gravar seus conhecimentos eles possuíram
suficiente sabedoria a ponto de influenciarem outros povos e assim marcar
profundamente a literatura da época, criando uma espécie de aura de mistério e
misticismo.
A Igreja Católica, inspirada pela Conjura,
demonstrou grande ódio aos Druidas que, tal qual outras culturas, foram
consideradas pagãs, bruxos terríveis, magos negros que faziam sacrifícios
humanos e outras coisas cruéis. Na realidade nada disso corresponde à verdade,
pois quando os primeiros cristãos chegaram naquela região foram muito bem
recebidos, até porque a tradição céltica conta que José de Arimatéia discípulo
de Jesus viveu entre eles e levado até lá o Santo Graal (Taça usada por Jesus
na Última Ceia).
Em torno disto existem muitos relatos,
contos, lendas e mitos, especialmente ligados à Corte do Rei Arthur e a Távola
Redonda. São inúmeros os contos, entre eles, aqueles relativos à Corte do Rei
Arthur, onde vivera Merlin, o mago, e a meia-irmã de Arthur, Morgana, que eram
Druidas.
A religião druídica na realidade era uma
expressão mais mística da religião céltica. Esta era mais mágica, por isso mais
popular, com formas de rituais mais rústicos, e muito mais ligado à natureza
ambiental, à terra que era tratada com carinho bem especial. A mais popular das
expressões religiosas dos celtas constituiu-se a Wicca, que o Catolicismo fez
empenho em descrever como um conjunto de rituais satânicos.
São frequentemente os festivais célticos.
Para eles o ano era dividido em quatro períodos de três meses em cujo início de
cada um havia um grande festival. Eram eles:
Imbolc - celebrado em 1 de fevereiro e era
associado à deusa Brigit, a Mãe-Deusa protetora da mulher e do nascimento das
crianças;
Beltane - celebrada em 1 de maio. (também
chamado de Beltine, Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien e Beltein) Significa
"brilho do fogo". Este festival, muito bonito, era marcado por
milhares de fogueiras;
Lughnasadh - (também conhecido como
Lammas), dedicado ao Deus lugh, celebrado em 1 de agosto;
Samhain - a mais importante das quatro
festas, celebrada em 1 de novembro.
Hoje associada com o Hallows Day, celebrado
na noite anterior ao Hallowen.
Basicamente a doutrina céltica enfatizava a
terra e a deusa mãe enquanto que os Druidas mencionavam diversos deuses ligados
às formas de expressão da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o céu e
acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento através das
reencarnações. Eles admitiam como certa a lei de causa e efeito, diziam que o
homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer, mas que com certeza
cada um era responsável pelo próprio destino, de acordo com os atos que
livremente praticasse. Toda a ação era livre, mas traria sempre uma consequência,
boa ou má, segundo as obras praticadas. Mesmo sendo livre, o homem também
respondia socialmente pelos seus atos, pois para isto existia pena de morte
aplicada aos criminosos perversos. A Igreja Católica acusava os Celtas e
Druidas de bárbaros por sacrificarem os criminosos de forma sangrenta,
esquecendo que ela também matava queimando as pessoas vivas sem que elas
houvessem cometido crimes, apenas por questão de fé ou por praticarem rituais
diferentes, pura ironia!
A crença céltica e druídica diziam que o
homem teria a ajuda dos espíritos protetores e sua libertação dos ciclos
reencarnatórios seria mais rápida assim. Cada pessoa tinha a responsabilidade
de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente
aptas a entenderem a lei de causa e efeito, também conhecida atualmente como
lei do carma.
Não admitiam que a Divindade pudesse ser
cultuada dentro de templos constituídos por mãos humanas, assim, faziam dos
campos e das florestas, principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os
locais de suas cerimônias.
Em vez de templos fechados eles reuniam-se
nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury
Hill e outros.
Enquanto em alguns dos festivais célticos
os participantes o faziam sem vestes os Druidas, por sua vez, usavam túnicas
brancas. Sempre formavam os círculos mágicos visando a canalização de força.
Por não usarem roupas em alguns festivais e
por desenvolverem ritos ligados à fecundidade da natureza, por ignorância, por
má fé ou mesmo por crueldade dos padres da Igreja, Celtas foram terrivelmente
acusados de praticarem rituais libidinosos, quando não realidade tratava-se de
ritos sagrados.
DRUIDAS
Os Druidas formavam uma classe social do
povo celta, herdeira e guardiã das tradições religiosas.
Eram respeitados por seus conhecimentos de
astronomia, direito e medicina, por seus dons proféticos, e como com juízes e
líderes.
Acreditavam na imortalidade da alma, na
perfectibilidade indefinida da alma humana, numa série de existências
sucessivas. Sua instituição, o druidismo foi um poderoso fator de unidade do
mundo celta e, por isso, combatida pelos romanos durante as conquistas.
A filosofia dos druidas ou as leis das
almas (lei das Tríades), reconstituída em sua imponente grandeza, patenteou-se
conforme as aspirações das novas escolas espiritualistas. Como os atuais
espíritas, os druidas sustentavam a infinidade da vida, as existências
progressivas da alma, a pluralidade dos mundos habitados.
Destas doutrinas viris, do sentimento da
imortalidade que delas dimana, é que o povo celta tiravam o espírito de
liberdade, de igualdade social e heroísmo em presença da morte. Essa luz intensa
que inundou a terra das Gálias foi apagada há mais de vinte séculos atrás pela
força romana, expulsando os druidas, abriu praça a padres cristãos. Depois,
vieram os Bárbaros e fez-se a noite sobre o pensamento, a noite da Idade Média,
longa de dez séculos, tão carregada que parecia impossível conseguissem virá-la
os raios da verdade. Na Idade Média, Joana D'Arc que já vivera, nos tempos
idos, como celta, trousse em si a intuição direta das coisas da alma, que
reclama uma revelação pessoal e não aceita a fé imposta; são faculdades de
vidente, peculiares a raça céltica.
Só pelo uso metódico dessas faculdades se
pode explicar o conhecimento aprofundado que os druidas tinham do mundo
invisível e de suas leis. A festa de 2 de Novembro, a comemoração dos mortos, é
de fundação gálica. A data 31 de Outubro era considerado como último dia do ano
e acreditavam que os mortos vinham visitá-los. Para confundi-los, vestiam-se de
fantasias e essa é a origem de Halloween. Os gauleses praticavam a evocação dos
defuntos nos recintos de pedra. As druidisas e os bardos obtinham os oráculos.
A História nos ministra exemplo desses
fatos. Refere que Vercingétorix se entretinha, à sombra da rama dos bosques,
com as almas dos heróis, mortos pela pátria. Como Joana, outra personificação
da Gália, o jovem chefe ouvia vozes misteriosas. Um episódio de sua vida prova
que os gauleses evocavam os Espíritos nas circunstâncias graves. A pequena
distância da costa sinistra, em meio de parcéis que a espuma dos escarcéus
assinala, emerge uma ilha, outrora recamada de bosques de carvalho, sob cujas
frondes se erguiam altares de pedra bruta. É Sein, antiga morada das druidisas;
Sein, santuário do mistério, que os pés do homem jamais conspurcavam. Todavia,
antes de levantar a Gália contra César e de, num supremo esforço, tentar
libertar a pátria do jugo estrangeiro, Vercingétorix foi ter à ilha, munido de
um salvo conduto do chefe dos druidas. Lá, por entre o fuzilar dos relâmpagos,
diz a legenda, apareceu-lhe o gênio da Gália e lhe predisse a derrota e o
martírio.
Certos fatos da vida do grande chefe gaulês
não se explicam senão mediante inspirações ocultas. Por exemplo, sua rendição a
César, próximo de Alésia.
Qualquer outro Celta teria preferido
matar-se, a se submeter ao vencedor e a servir-lhe de troféu no triunfo.
Vercingétorix aceita a humilhação, a fim de reparar pesadas faltas, que
cometera em vidas antecedentes e que lhe foram reveladas.
Enfim, após lenta e dolorosa gestação, a fé
dos antigos, rejuvenescida e reconduzida, renasce em novos moldes, através do
Allan Kardec, inspirado pelos Espíritos superiores, restaurou, dilatando-lhes o
plano, as crenças dos antepassados. É verdadeiramente o espírito religioso da
Gália que revive nesse chefe de escola. Nele, tudo lembra o druida: o nome que
adotou, absolutamente céltico, o monumento que, por sua vontade, lhe cobre os
despojos materiais, sua vida austera, seu caráter grave, mediativo, sua obra
inteira. Allan Kardec, preparado em existências precedentes para a grande missão,
não é senão a reencarnação de um Celta eminente. Ele próprio o afirma na
seguinte mensagem obtida em 1909: "Fui sacerdote, diretor das sacerdotisas
da ilha de Sein e vivi nas costas do mar furioso, na ponta extrema do que
chamais a Bretanha.".
Os druidas, possuidores de poderes
místicas, hoje conhecido como mediunidade, estudavam durante 20 anos todos os
conhecimentos mais adiantados da época e eram espíritos eminentemente elevados
para o tempo onde maioria eram bárbaros. Com isso, pode até arriscar a opinar
que muito dos Espíritos elevados de hoje, tenham estagiado como druidas ou em
alguma outra comunidade de característica semelhante.
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