11.3.18

Interferência de Deus nas nossas vidas


Acreditar em Deus é coisa seríssima porque não representa somente abrir a boca e dizer isso. Acreditar em Deus, antes de tudo, é uma atitude sincera e constante de confiança absoluta na sua interferência bondosa em nossas vidas.
Vejam só! Digo e afirmo que Ele interfere positivamente nas nossas vidas e faz isso constantemente, o tempo inteiro, porque se assim não o fizesse estaríamos literalmente perdidos no destino da vida.
Ele interfere de várias maneiras. Todas elas extremamente educativas. Ele não nos tira do mal sem que tenhamos aprendido o porquê do mal tenha pousado na nossa existência. Aliás, o mal é uma ficção, significa, tão-somente, que por termos abandonado o melhor caminho, caímos em desgraça. Não provocada pelo Criador, mas fruto direto das nossas decisões.
Jesus, aquele que melhor representou a vontade divina entre nós, disse-nos certa feita que todos nós poderíamos fazer aquilo que Ele fazia e muito mais. Quer dizer, nós temos dentro de nós uma infinidade de potencialidades que estão adormecidas, simplesmente porque ainda não pegamos a carona da divindade que nos é inerente.
Quando descobrimos Deus em nós passamos a agir como se fossemos o próprio Deus. Dessa forma, quando Jesus disse que Ele e o Pai representavam um só é porque Ele já estava totalmente embebido pela vontade soberana do Senhor.
Jesus sabia, antemão, do que iria acontecer aos homens. Sua descrença, sua má vontade em relação à propagação do bem, sua preguiça em encarar-se e modificar-se moralmente, enfim, sabia do nosso desleixo momentâneo.
Essa percepção da realidade humana fez com que Jesus tivesse todo o cuidado possível para não meter os pés pelas mãos. Isso mesmo! Como sabia das nossas limitações temporais não quis trazer pérolas aos porcos.
Jesus acreditava na potencialidade humana, mas sabia que demoraria demasiado tempo para que ela se expressasse na sua totalidade. Portanto, não avançava quando não havia a possibilidade de entendimento das coisas. Ficava no meio-termo, o que já era suficiente para séculos e séculos da compreensão humana.
O fato de nos alertar sobre a nossa condição divina é extraordinária para que lembremos, mais tarde, que podemos fazer o que Ele fazia e ainda mais. Ora, tudo existe dentro de nós. O que podemos fazer com o que Deus nos propiciou?
Esse resgate da divindade em nós propicia uma mudança radical de comportamento. Todos nós seremos os artífices do nosso amanhã, então podemos plantar hoje aquilo que desejamos ver desenvolvido num tempo futuro. Resgatamos aquilo que plantamos.
Jesus sabia que a compreensão humana seria tardia e, por isso, deixou que compreendêssemos a realidade aos poucos, sem saltos. Assim, a vida ficaria mais deliciosa de ser vivida.
Jesus sabia que poderíamos incorrer em erros desnecessários se não tivéssemos a bússola do existir. Deu-nos tempo para que acomodássemos dentro de nós os germens necessários da bondade e da misericórdia, mas também do entendimento e da boa-vontade.
Quando descobrimos Deus em nós, Deus em nossas vidas, agradeceremos bastante e aí, neste instante, Ele não precisará mais interferir nas nossas vidas, haja vista que estaremos sintonizados automaticamente com a Sua vontade maior.
Que assim seja!
Helder Camara – Blog Novas Utopias.

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