Retomando as nossas reflexões
sobre o capítulo 45, de “Nosso Lar” – “No Campo da Música” –, logo de início
lançamos uma pergunta aos nossos irmãos internautas/leitores:
- Como você interpreta a
informação de Lísias a André Luiz de que existem noivados no Mundo Espiritual?
Sem maiores acréscimos,
indagamos ainda como você interpreta o que próprio Lísias volta dizer
parágrafos adiante:
“Lascínia e eu fundaremos
aqui, dentro em breve, nossa casinha de felicidade, crendo que voltaremos à
Terra precisamente daqui uns trinta anos.”?!
Tomamos a liberdade de
continuar questionando:
- Então, Lísias e Lascínia se
casariam em “Nosso Lar”? Iriam constituir um casal? Morariam na mesma casa,
sendo apenas e tão somente noivos, ou na condição de casados? E, estando eles
casados no Mundo Espiritual, qual haveria de ser a espécie de relacionamento
que o casal manteria? Você acha que poderia, por exemplo, haver sexo entre
eles?! Afinal, o que haveriam de ficar fazendo juntos, sob o mesmo teto,
durante trinta anos?! Você considera que o relacionamento sexual entre aqueles
que verdadeiramente se amam seja algo pecaminoso, impossível de acontecer entre
dois espíritos?! Crê que quando alguém esteja na relação sexual com outro
alguém apenas os seus corpos, ou envoltórios, estejam se relacionando?!...
*
Interessante que Lísias, ao
informar André que Lascínia se faria acompanhar de duas irmãs, pedindo a ele
que, junto a elas, fizesse as honras de cavalheiro, ele se mostrou cheio de
escrúpulos, imaginando, talvez, que Lísias estivesse querendo incliná-lo afetivamente
para uma delas.
- Mas, Lísias... – respondeu
André – você deve compreender que estou ligado a Zélia.
Lísias, então, lhe responde:
- Era o que faltava! Ninguém
quer ferir seus sentimentos de felicidade. Não creio, no entanto, que a união
esponsalícia deve trazer esquecimento da vida social. Não sabe mais ser o irmão
de alguém, André?
Realmente, um homem não pode
nutrir sincera amizade por uma mulher, e vice-versa, sem que, pela maioria, ele
seja julgado em suas intenções.
É uma coisa horrorosa!
*
Outra informação
interessantíssima transmitida por André Luiz, no capítulo em estudo, é o fato
de Lísias, gentilmente, ter pagado para ele o ingresso no “Campo da Música”.
E, assim, seguem mais
perguntas aos nossos estimados internautas/leitores:
- Pagou como e por quê?!
Tudo, em o Mundo Espiritual, não é feito de graça, ou não?! O bônus-hora, em
“Nosso Lar”, funcionaria, então, como moeda aquisitiva?! Uma consulta médica
seria paga?! Já tivemos oportunidade de estudar, anteriormente, que, em “Nosso
Lar”, uma casa pode ser adquirida... Existirão, dentro do sistema econômico
vigente, casas bancárias na referida cidade espiritual?! Os alimentos têm que
ser “comprados”?! Economicamente, quem manteria a cidade, suprindo-a com o
indispensável?! Cairia “maná” dos céus?!...
*
Mais uma informação
interessante de Lísias, a respeito do “Campo da Música”:
“Nas extremidades do Campo,
temos certas manifestações que atendem ao gosto pessoal de cada grupo dos que
ainda não podem entender a arte sublime; mas, no centro, temos a música
universal e divina, a arte santificada, por excelência.”
Não é curiosa esta informação?!
Não é lógica?! Não somos, naturalmente, levados a pensar na “periferia” da
Vida, e em seu “centro”?! Não estaremos todos, em todos os aspectos, em nossa
caminhada evolutiva, realizando uma jornada da “periferia” para o “centro”?!
Enfim, cremos que estamos com
material de reflexão para alguns lustros, não?!
Vamos ver, através das
respostas fornecidas, como anda o nosso pensamento a respeito de tantos
assuntos, sobre os quais, com certeza, os ortodoxos já possuem posição
definida.
E eu não sou capaz entender o
grande silêncio em torno de tais assuntos, que, em geral, é feito pelos
expositores nos ditos Congressos Espíritas...
INÁCIO FERREIRA – Blog Mediunidade
na Internet
Uberaba – MG, 5 de março de
2018.
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