410 –onde o maior escolho do
apostolado mediúnico?
-O primeiro inimigo do médium
reside dentro dele mesmo. Freqüentemente é personalismo, é a ambição, a
ignorância ou a rebeldia no voluntário desconhecimento dos seus deveres à luz
do Evangelho, fatores de inferioridade moral que, não raro, o conduzem a
invigilância, à leviandade e à confusão dos campos improdutivos.
Contra esse inimigo é preciso
movimentar as energias íntimas pelo estudo, pelo cultivo da humildade, pela
boa-vontade, com o melhor esforço de auto-educação, à claridade do Evangelho.
O segundo inimigo mais poderoso do
apostolado mediúnico não reside no campo das atividades contrárias à expansão
da Doutrina, mas no próprio selo das organizações espiritistas, constituindo-se
daquele que se convenceu quanto aos fenômenos, sem se converter ao Evangelho
pelo coração, trazendo para as fileiras do Consolador os seus caprichos
pessoais, as suas paixões inferiores, tendências nocivas, opiniões
cristalizadas no endurecimento do coração, sem reconhecer a realidade de suas
deficiências e a exigüidade dos seus cabedais íntimos. Habituados ao estacionamento,
esses irmãos infelizes desdenham o esforço próprio – única estrada de
edificação definitiva e sincera – para recorrerem aos espíritos amigos nas
menos dificuldades da vida, como se o apostolado mediúnico fosse uma cadeira de
cartomante. Incapazes do trabalho interior pela edificação própria na fé e na
confiança em Deus, dizem-se necessitados de conforto. Se desatendidos em seus
caprichos inferiores e nas suas questões pessoais, estão sempre prontos para
acusar e escarnecer. Falam da caridade, humilhando todos os princípios
fraternos; não conhecem outro interesse além do que lhes lastreia o seu próprio
egoísmo. São irônicos, acusadores e procedem quase sempre como crianças
levianas e inquietas. Esses são também aqueles elementos da confusão, que não
penetram o tempo de Jesus e nem permitem a entrada de seus irmãos.
Esse gênero de inimigos do apostolado
mediúnico é muito comum e insistente nos seus processos de insinuação, sendo
indispensável que o missionário do bem e da luz se resguarde na prece e na
vigilância. E como a verdade deve sempre surgir no instante oportuno, para que
o campo do apostolado não se esterilize, faz-se imprescindível fugir deles.
411 – Onde a luz definitiva
para a vitória do apostolado mediúnico?
-Essa claridade divina está
no Evangelho de Jesus, com o qual o missionário deve estar plenamente
identificado para a realização sagrada da sua tarefa. O médium sem Evangelho
pode fornecer as mais elevadas informações ao quadro das filosofias e ciências
fragmentárias da Terra; pode ser um profissional de nomeada, um agente de
experiências do invisível, mas não poderá ser um apóstolo pelo coração. Só a
aplicação com o Divino Mestre prepara no íntimo do trabalhador a fibra da
iluminação para o amor, e da resistência contra as energias destruidoras,
porque o médium evangelizado sabe cultivar a humildade no amor ao trabalho de
cada dia, na tolerância esclarecida, no esforço educativo de si mesmo, na
significação da vida, sabendo, igualmente, levantar-se para a defesa da sua
tarefa de amor, defendendo a verdade sem transigir com os princípios no momento
oportuno.
O apostolado mediúnico,
portanto, não se constitui tão-somente da movimentação das energias psíquicas
em suas expressões fenomênicas e mecânicas, porque exige o trabalho e o sacrifício
do coração, onde a luz da comprovação e da referência é a que nasce do
entendimento e da aplicação com Jesus-Cristo.
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