Vi, este ano, as Olimpíadas
dos que sofrem de alguma deficiência, a chamada Paraolimpíada. Vejo eles e às
vezes me pergunto: será que eles possuem mesmo alguma deficiência ou somos nós?
Isto é passível de se
perguntar porque o que eles fazem, meu Deus, tem muita gente, achando-se sã,
que não faz de jeito algum.
Que maravilha os ver. Como é
incrível esta capacidade de superação quando seria mais fácil justificar o
imobilismo, mas não, eles se sobressaem nos esportes e na vida, dando
demonstrações que o espírito humano é imbatível quando deseja ir mais além.
As disputas são maravilhosas.
De um lado e de outro, todos se sentem antecipadamente vitoriosos e, de fato, o
são. Vitoriosos porque venceram primeiramente a eles mesmos. Enquanto muitos
corpos denominados perfeitos estão presos às suas deficiências mentais de
acomodação ou por outro mal qualquer.
Quem trabalha para o bem,
quem tem algo útil por fazer, não tem tempo para pensar besteira. Ora, vejam
estes heróis em forma de atletas. Poderiam ter a justificativa das suas
deficiências aparentes para viverem em depressão, acusarem a má sorte,
rebelarem-se contra a ditadura das aparências, mas não, tomaram a decisão
acertada de viver - a de bem-viver.
São exemplos para todos nós
esta legião de resistentes, de animadores da vida, de encorajadores esportivos.
O Barão de Cobertin
certamente nem pensou neles quando reeditou, nos tempos modernos, as
olimpíadas, mas deve estar alegre por ver que o ideal olímpico avançou por
outras fronteiras, porque mais importante do que ganhar, como ele pensava, era
competir. Estes nossos irmãos do esporte já são ganhadores simplesmente porque
já competem.
Deus meu! Inspirai a nós
outros a seguirmos os mesmos passos dos novos heróis olímpicos.
Avante!
Helder Camara – Blog Novas
Utopias
Nenhum comentário:
Postar um comentário