12.12.16

Que defificência?

Vi, este ano, as Olimpíadas dos que sofrem de alguma deficiência, a chamada Paraolimpíada. Vejo eles e às vezes me pergunto: será que eles possuem mesmo alguma deficiência ou somos nós?
Isto é passível de se perguntar porque o que eles fazem, meu Deus, tem muita gente, achando-se sã, que não faz de jeito algum.
Que maravilha os ver. Como é incrível esta capacidade de superação quando seria mais fácil justificar o imobilismo, mas não, eles se sobressaem nos esportes e na vida, dando demonstrações que o espírito humano é imbatível quando deseja ir mais além.
As disputas são maravilhosas. De um lado e de outro, todos se sentem antecipadamente vitoriosos e, de fato, o são. Vitoriosos porque venceram primeiramente a eles mesmos. Enquanto muitos corpos denominados perfeitos estão presos às suas deficiências mentais de acomodação ou por outro mal qualquer.
Quem trabalha para o bem, quem tem algo útil por fazer, não tem tempo para pensar besteira. Ora, vejam estes heróis em forma de atletas. Poderiam ter a justificativa das suas deficiências aparentes para viverem em depressão, acusarem a má sorte, rebelarem-se contra a ditadura das aparências, mas não, tomaram a decisão acertada de viver -  a de bem-viver.
São exemplos para todos nós esta legião de resistentes, de animadores da vida, de encorajadores esportivos.
O Barão de Cobertin certamente nem pensou neles quando reeditou, nos tempos modernos, as olimpíadas, mas deve estar alegre por ver que o ideal olímpico avançou por outras fronteiras, porque mais importante do que ganhar, como ele pensava, era competir. Estes nossos irmãos do esporte já são ganhadores simplesmente porque já competem.
Deus meu! Inspirai a nós outros a seguirmos os mesmos passos dos novos heróis olímpicos.
Avante!

Helder Camara – Blog Novas Utopias

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