Questão 375 do Livro dos
Espíritos
O pensamento tem uma grande
função no Espírito, a de despertar, nas entranhas da alma, as qualidades
espirituais em forma de talentos de luz, onde Deus depositou todo Seu amor.
O pensamento, em seus
fundamentos, vem de Deus como força divina, de modo que o ser humano, ou mesmo
o Espírito livre, plasme nele o que ele, Espírito, é, na conjuntura que a
escala a qual atingiu oferece. Torna-se semente, de forma que somos
responsáveis pelo que semeamos.
A loucura é uma distorção da
força mental em uma ou várias reencarnações. Ela não tem o poder de
desequilibrar o Espírito, que é todo harmonia, por ter saído da harmonia
superior, mas, causa-lhe impressões, como que condicionamento das ideias que o
próprio Espírito formula. As ideias são filhas de quem as faz, só que não têm o
poder de desarmonizar as fibras mais intimas da alma. São como sugestões que
levam ao desequilíbrio alguns corpos que servem ao Espírito como veste, e
formam um clima de perturbação onde vive a alma.
Estamos tentando dizer que a
obra de Deus é perfeita; a razão pura nos diz que de mãos perfeitas não pode
nascer imperfeição. O Espírito foi criado simples e ignorante, porém, com todos
os recursos de se tornar um pequeno sol diante da criação; é neste sentido que
quase sempre trocamos a palavra evolução por despertamento dos dons da alma. O
Espírito ao receber um corpo, se esse traz alguma deficiência, sofre o
empecilho, de modo que suas faculdades sejam reduzidas ou mesmo paralisadas.
Ele não perde os seus dons, que são imperturbáveis na sua moradia de origem.
Se uma pessoa perde a vista,
o dom de enxergar fica suspenso enquanto os olhos não lhes deem esses meios
livres de observar o ambiente material; assim acontece com os ouvidos, a
palavra, etc.. A loucura é um estado patológico deficiente; o cérebro em
decadência não pode dar ao Espírito condições normais de expressar com
serenidade a sua inteligência , no entanto, nos diz “O Livro dos Espíritos”
que, em muitos casos, o Espírito livre mantém-se louco por causa da sequência
de ideias desorganizadas que repetiu durante a existência toda. É pois, o
condicionamento de pensamentos inferiores, da violência, que criaram ambiente
no Espírito sem, violentar, definitivamente, a sua intimidade.
Também pode o Espírito
reencarnar e dar continuidade à sua loucura que, nesse caso, será puramente
psicológica, visto que o cérebro físico mostra a deficiência. São casos
registrados pela própria ciência e em alguns livros espíritas.
Em todas as manifestações
dessas doenças o desorganizado é sempre o corpo, mas, é bom que se compreenda
que esse corpo tem certa influência na mente viva da alma, impressionando-a a
ponto de mostrar enfermidades imaginárias. Essas são de fácil cura,
principalmente pela Doutrina dos Espíritos, que fornece meios de limpeza dessas
ideias chamadas fixas, em profunda sintonia com o Criador delas. O passe e a
água fluidificada, as leituras elevadas, e mesmo a conversação com irmãos de
elevada postura espiritual, são meios de tratamentos de todas as enfermidades.
De qualquer maneira, a
loucura é uma provação dolorosa, entrementes, ninguém foi criado louco. Isso
são consequências de caminhos agitados tomados pela alma na sua ignorância, com
menosprezo pelas leis de Deus. Sofremos por ignorar, e sofremos mais por
conhecermos os caminhos da Luz e escolhemos os das trevas. De qualquer modo,
somos mais ou menos conscientes da vontade de Deus em nós. Todas as
consciências são celeiros de luz dentro das almas.
Quando o Espírito se libertar
de todas as impressões materiais, de todas as paixões da Terra, ele estará se
aproximando da verdade; passando a vivê-la, tornar-se-á livre.
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