Dias venturosos o que
vivemos. Dias de turbulência e incerteza. Dias de medo e de ação. Dias de
profunda esperança.
Este arremedo de coisas nos
leva a aceitar os desafios presentes e seguir adiante. O que vemos, neste
pedaço de vida da humanidade, é o clamor de todos os povos por melhores dias.
Não há mais como suportar
tamanha violência a reinar no planeta. O que esperar de homens que desejam o
poder tão somente para se locupletarem de vaidade. São insanos, desejam
glórias, loucos que estão para aprazear os seus egos.
Enquanto isso, milhares de
pessoas mundo afora acorrem em fuga de suas terras natais porque são saqueadas
ou porque têm medo de serem mortas por bombas perdidas ou asseclas inveterados
dos verdugos do mal.
Perambulam por aí, de País em
País, como se mendigos fossem, mas não são senão vítimas destes algozes
infames.
Neste dia de natal de Jesus,
onde somos chamados todos nós a mil reflexões, faço aqui a minha: por que Jesus
ainda temos que conviver com estes irmãos em demandada loucura?
Ao mesmo tempo que enuncio
esta questão, sei que a resposta bondosa do mestre nazareno apontaria para a
defesa de que todos são filhos do mesmo Deus e igualmente nossos irmãos. Têm
eles a chance da vitória sobre si mesmos, mas perdem a oportunidade bendita.
Sei também, mestre amigo, que
eles terão oportunidade de soerguimento de suas faculdades débeis em outros
planos siderais e que a Misericórdia Divina será estendida sobre eles.
Peço, no entanto, bondoso
rabi, que dê forças a estes nossos irmãos que lidam com a insegurança e o medo.
Que vagueiam de local em local e são abandonados ou enxotados. Rogo por eles
neste dia santo.
Sei que a Misericórdia Divina
também se abate sobre eles e que cada um terá, no tempo certo, o apaziguamento
de suas dores, mas, enquanto este dia não chega, oro e peço por eles porque
sofrem dor tamanha.
Mestre nazareno, tu que
também fostes um destes retirantes, bem sabes o que significa não ter um lar
para ir ou uma cama para dormir. Tu sabes o que é ser rejeitado e ficar a esmo
pelo mundo. Portanto, sabes muito bem o valor desta minha rogativa.
Neste dia atribuído a tua
nascença entre nós como ser humano em corpo físico, bendigo a tua estada que
nos trouxe a fé e a esperança de dias melhores.
O que seria de nós e de toda
a humanidade se o filho de Deus não viesse a nos dar o testemunho da vida
eterna?
Sei que és complacente com
todos e desejas o nosso melhor, então, te suplico, neste dia, pelos sem casa e
teto e pelos sem comida.
É tão difícil ver tantos de
nossos irmãos, querido mestre, a penar sem ter o que fazer e para onde ir. É
doloroso para a alma vermos tanta injustiça na distribuição dos bens. É tão
chocante verificar que aqueles que poderiam fazer algo por nós nada fazem e, ao
contrário, surrupiam o que é de todos.
De nossa parte, o compromisso
com a luta infinda.
De nosso coração, emerge a
compaixão eterna.
De nossa mente, imagino a tua
presença amiga a todos amparar.
Amigo maior, bendito sejas
entre nós.
Que o teu aniversário seja o
motivo maior para que toda a humanidade se encha de fé e coragem para mudar
definitivamente este destino cruel para um planeta de bondades e justiça.
Deus nos ampare nestes
propósitos.
Amém!
Joaquim Nabuco – Blog Reflexões
de um Imortal
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