Quando abrimos as mãos, o que
vemos além dos dedos?
Dependendo da maneira como
você as veja terão muitos sentidos aqueles gestos.
Um deles é de clamar. Clamar
aos céus, clamar a outros, clamar. Dar um grito de penar. Ou simplesmente pedir
para se amar. Braços abertos a clamar por algo que não se tem ou que se espera
ter um dia. Abrir os braços e pedir. Ou num gesto de como perguntar.
Abrimos as mãos e podemos
contar os dedos. E eles nos farão refletir sobre algo que temos e o que ainda
teremos. O que fizemos e deixamos de fazer.
Tudo nos dedos das mãos.
Chegue mais perto e veja o
que as suas mãos te dizem. Calejadas, enrijecidas, doídas, marcadas. É como a
lhe contar histórias e mais histórias que você passou. As lembranças podem
chegar e irem embora nas palmas das suas mãos.
Se elas te abraçam, te
resguardam, te protegem, te fazem refletir para si mesmo. Elas te acariciam, te
dizem o quanto você é importante.
Se viradas e estendidas, as
mãos dizem pare, não chegue perto. Não invada o meu espaço. Elas podem traduzir
medo ou susto. Uma repulsão.
Mas abertas e estendidas,
lado a lado dos ombros, querem dizer algo bem diferente. Dizem que querem
acolher, abraçar, agasalhar, receber, amar. E se cruzam sobre as costas dos
outros promovem um encontro que não se deseja mais ter fim.
Duas mãos. Dez dedos. Cada um
com sua função e juntos numa grande integração.
Olhe mais para as suas mãos e
tente traduzir no seu dia a dia o quanto elas têm para te dizer.
Fique na paz!
Helder Camara – Blog Novas
Utopias
Nenhum comentário:
Postar um comentário