Meu caro, com os meus
cumprimentos por mais uma etapa cumprida em sua atual jornada terrestre, devo
dizer que, logo pela manhã, pude registar a sua prece de gratidão ao Senhor.
Que bom que você apenas tem
ao que ser grato – ser grato pela Vida, pela família, pelos amigos, pelas
dificuldades, pelas lutas...
Que bom que, em sua prece, eu
não tenha registrado nenhum pedido pessoal – o pouco que você ousou pedir foi
em benefício de terceiros, que, convenhamos, estão realmente precisando.
Que bom ouvi-lo agradecer por
tudo – por sua infância, por sua adolescência, por sua juventude e, agora, pela
sua madureza.
Como você, em sua oração, foi
sinceramente grato!
Eu sei que, qual acontece a
quase todos que residem na Terra, você enfrentou períodos difíceis...
Todavia, nem eu sei a mágica
que você fez, ou que continua fazendo, para permanecer incólume, como disse:
“Não pude deixar de ser enlameado, mas não me conspurquei!...”
Confesso que, na condição de
seu amigo, senti uma pontinha de inveja de você.
Em sua lista, em nenhum item,
houve lugar para qualquer queixa.
E, sinceramente, eu acho que
você tem razão: você não pode se queixar mesmo!...
Quem tem como você tantos
amigos sinceros...
Quem conseguiu como você
constituir uma família...
Quem pode como você ser amigo
próximo de Chico Xavier...
Quem logrou como você
realizar tantas obras de benemerência – cá entre nós, poderiam ser mais
numerosas, hein?!...
Quem vem como você
“escrevendo” tanto...
Quem como você prossegue
caminhando sem que nada o perturbe, e sem que, à sua volta, perto ou longe,
faltem perturbadores...
Sabe de uma coisa: você é
mesmo o ganhador único de um prêmio acumulado de uma Mega Sena espiritual!
Acho que você poderia me
emprestar algum – a mim e ao nosso caro Manoel Roberto, que, deste Outro Lado,
parece andar sempre na pior...
É brincadeira!
Você sabe que o Manoel para
mim é como se fosse o filho que eu não tive...
Fiquei e estou feliz por
você!...
Quem pode vê-lo como tive
oportunidade, tantas vezes, em minha casa, quando tomávamos, juntos, um suco de
caju: aquele rapaz magro, de olhos limpos, com um diploma de dentista nas
mãos...
Sabe: eu não dava muito por
você, não!
Acho que nem os espíritos
obsessores davam e, por esse motivo, deixaram você quieto durante um bom tempo
– durante o tempo suficiente para o seu amadurecimento...
Não obstante, cautela, pois
falta bom trecho de caminho a ser percorrido.
Continue assim: enlameado,
mas não conspurcável – não corruptível!
Creio que, em matéria de
negociar, você seja mais inflexível do que eu – você não negocia com ninguém!
Você, para ser mais claro, não faz negociatas – que bom que prefere a lama que
a fama!...
Então, meu caro, estou
escrevendo este pequeno bilhete para, particularmente, abraçá-lo pelos seus
6.4! Que maravilha! Uma bênção!...
O meu presente pessoal?!
Quando você vier para Cá – tomara que demore bastante, porquanto, afinal de
contas, eu ainda tenho planos para escrever algo –, deixarei uma vassoura à sua
espera...
Sei que, para você, varrer
não será problema algum, porque a verdade é que, em vez de estar empunhado um
lápis na psicografia, você preferiria estar manejando aquela velha vassoura que
você manejava há quase 50 anos lá no nosso “Bittencourt Sampaio”, preparando o
salão para a reunião da noite de terça-feira!...
O amigo e irmão de sempre.
INÁCIO FERREIRA – Blog
Mediunidade na Internet
Uberaba, 9 de novembro de
2016.
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