Tribos
Urbanas
A
propósito do homem na Terra, temos muito a dizer.
Ele
está apenas começando a sua incrível jornada. Tudo ainda está no seu berço.
Afirmo isto para dizer que o homem sabe bem pouco do que ele realmente é.
Apenas sonha, diria.
O
movimento que se avizinha, meus senhores, é de grande proporção. Gigantesco. É
um movimento de alteração total das consciências e isto é por demais desafiante
descrever.
O
pouco que sei diz respeito às transformações sociais e políticas. Serão muitas
que modificarão completamente o atual perfil que conhecemos.
Uma
delas se refere aos conglomerados sociais, as grandes metrópoles, que ajuntam
enorme quantidade populacional.
Elas
bebem do que hoje se denomina de civilização. Os bens públicos modernos, as
mudanças tecnológicas de ponta, os novos direitos civis, a instalação de
infraestrutura urbana diferenciada e por aí adiante. Pois bem, elas serão o
palco das principais transformações a serem implantadas.
Homens
e mulheres sentirão o impacto do novo livro das leis. Uma mudança de
comportamento se faz com legislação, mas também com inovação. O que ocorrerá é
que serão testados outros modelos de convivência social e eles se multiplicarão
mundo afora devido ao sucesso alcançado por estas células de aprendizado
social.
Reinará
nelas um microcosmo da sociedade geral. Em outras palavras, teremos diversas
experiências de convivência alternativa, modos diferenciados de comunidades
urbanas, com leis específicas de convivência destes grupos. É como se
tivéssemos a criação simultânea de várias tribos, as tribus urbanus.
De
certa forma, elas já começaram a ser ensaiadas em vários lugares da Europa e
ganharão força e voz forçando os legisladores oficiais a conjugarem esforços de
convivência da lei maior com a lei menor, se é que me entendem.
Estes
guetos sociais, tribos organizadas sob nova ideologia, terão autonomia na
criação de um novo status quo. É como se tivéssemos certo retrocesso
civilizatório quando tínhamos os diversos feudos da idade média, algo parecido.
Por
que isto predominará?
Há
uma procura demasiada de muitas pessoas em terem pontos de convívio com aqueles
que possuem a sua mesma identidade social e ideológica. Querem estar juntos,
viverem juntos, construírem juntos os seus ideais de vida.
Pode
parecer estranho, mas este novo modo de organização social será considerado um
grande avanço. Não haverá desrespeito às leis maiores do País, mas naquele
território haverá o predomínio das suas práticas sociais em detrimento do que
possa prevalecer no contexto nacional.
Tudo
isso faz parte da busca humana pela sua felicidade e demonstra inteiro respeito
pela diversidade e pluralidade de ideias. No mundo espiritual já é assim. Temos
fronteiras transnacionais, absolutamente diferentes daquilo que conhecemos na
Terra física, embora guarde as suas devidas proporções com o que temos
instalado na geografia terrena. Isto ocorre porque o processo civilizatório da
dimensão espiritual ocorreu de maneira diferente dos marcos geográficos
físicos.
Ora,
por que não permitir tais experiências?
O
que isso traria de mal?
De
nossa parte, considero um enorme esforço dos viventes na Terra de edificarem
bases de uma sociedade mais justa e igualitária, mesmo que para isso tenhamos
que redimensionar o modo vigente de sociedade.
Esta
é uma das grandes novidades em desenvolvimento. Outras serão implantadas e o
gérmen delas já está em ebulição por aí e na mente de muitos que chegam do lado
de cá para revolucionar o que já demonstrou que não funciona.
Benvindo
a um mundo novo, mais interessante, menos rigoroso, mais plural e vigoroso de
alegria e bem-estar.
Até
mais ver!
Joaquim
Nabuco
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