Hereditariedade Moral
Venho vos explicar a importante questão da hereditariedade das virtudes
e dos vícios na raça humana. Esta transmissão faz hesitar aqueles que não
compreendem a imensidade do princípio revelado pelo Espiritismo. Os mundos
intermediários são povoados de Espíritos esperando a prova da encarnação, ou ai
se preparando de novo, segundo seu grau de adiantamento. Os Espíritos, nesses
viveiros da vida eterna, estão agrupados e divididos em grandes tribos, uns
adiante, outros em atraso no progresso, e cada um escolhe, entre os grupos
humanos, aqueles que correspondem simpaticamente às suas faculdades adquiridas,
os quais progridem e não podem retrogradar.
O
Espírito que se encarna escolhe o pai cujo exemplo o fará avançar no caminho
preferido, e repercute, elevando-lhes ou enfraquecendo-lhes, os talentos
daquele que lhe deu a vida corpórea; nos dois casos, a conjunção simpática
existe anteriormente ao nascimento, e é desenvolvida em seguida nas relações da
família, pela imitação e pelo hábito.
Depois da hereditariedade familiar, quero, meus amigos, vos revelar a
origem da discordância que separa os indivíduos de uma mesma raça, de repente
notável ou desonrado por um de seus membros que ficou estranho entre ela. O
grosseiro viciado que está encarnado num centro elevado, e o Espírito luminosos
que se encarna entre seres grosseiros, ambos obedecem à misteriosa harmonia que
aproxima as partes divididas de um todo, e faz concordar o infinitamente pequeno
com a suprema grandeza. O Espírito culpado, apoiado sobre as virtudes
adquiridas de seu procurador terrestre, espera se fortalecer por elas, e se
sucumbe e retorna à erraticidade menos carregado de ignorância e melhor
preparado para sustentar uma nova luta.
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