NO INTERVALO
No intervalo entre a concepção e o
nascimento da criança, o Espírito entra em um estado de sono, como se
verdadeiramente estivesse dormindo. É o Espírito recebendo influência da
matéria e doando a ela a força para a renovação da vitalidade de que a matéria
é portadora.
Em nada na vida podemos generalizar; os
roteiros do Espírito são traçados de acordo com a sua evolução espiritual. O
Espírito de alta capacidade espiritual não perde a consciência no intervalo
entre a concepção e o nascimento, nem perde tempo. Ele trabalha quase como se
estivesse livre da matéria. Sabemos que Maria de Nazaré e Francisco de Assis,
dois astros de luz, no intervalo entre a concepção e o renascimento,
continuaram trabalhando em favor da humanidade e não foram atingidos pelo sono,
devido a seus níveis de evolução. Isso é uma amostra para as futuras
reencarnações.
O Espírito mediano, porém, passa por um
período de perturbação e dorme o sono da esperança, enquanto o Espírito abaixo
do mediano fica totalmente inconsciente do seu estado, e somente vai ganhando a
consciência quando desencarna. Mesmo assim, em muitos casos, essa recuperação é
lenta, pois a natureza a nada violenta. É nesse sentido que estamos trabalhando
com Jesus Cristo, para que o Espíritos avancem na escala a qual pertencem e
passem a acordar em todas as direções da vida, sem perderem a consciência do
seu estado. Eis porque a ignorância deve desaparecer, para que o trabalho
aumente em favor dos que sofrem nas sombras. As obras básicas da Doutrina
Espírita devem ser sempre lidas e estudadas, para que se tenha uma noção da
vida que se deve levar, santificando sempre os pensamentos, palavras e obras,
com base no amor.
O Espírito, no intervalo da concepção ao
nascimento, ainda não está reencarnado, apenas ligado por laços ainda frágeis.
O toque de maior segurança é dado no momento do nascimento, prosseguindo até
aos vinte e um anos de idade. Em raros casos, antes desta idade, o Espírito já
se encontra adulto, com todas as suas possibilidades de independência,
respondendo por ele mesmo ante a sua consciência e a Deus, pelas promessas
feitas no mundo espiritual.
Nada fica sem a proteção de Deus, nosso Pai
de amor. Em todos os intervalos em que a alma sonha, as mãos do Divino Mestre
operam em seqüência permanente para o restabelecimento da individualidade da
alma, para que algum dia ela possa se libertar e conhecer a verdade.
Ao reencarnado, quando adulto, a natureza
consciencial vai mostrando, na cadência da sua evolução, algo de que era no
passado, de modo que o Espírito possa trabalhar nele mesmo, na iluminação dos
seus sentimentos.
Livro: Filosofia Espírita – João Nunes Maia
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