(A
reencarnação anunciada de Allan Kardec como Chico Xavier)
A
questão que, para alguns poucos, é controvertida, da anunciada reencarnação de
Allan Kardec, trata-se, em verdade, de singular e concreta prova da
Multiplicidade das Existências.
Enquanto
pesquisadores sérios vivem, no mundo todo, coletando dados que atestem a realidade
das Vidas Sucessivas, publicando, por vezes, volumosas monografias a respeito,
os adeptos do Espiritismo foram agraciados pelo anúncio de que o Codificador,
desencarnado a 31 de março de 1869, voltaria a Terra, em novo corpo, com a
finalidade de dar complemento à Obra que iniciara.
O
Professor Rivail que, através de segura informação espiritual, soubera de uma
sua existência passada entre os druidas, nas Gálias, na tarefa que lhe coube de
concorrer para a restauração do Cristianismo, recebeu de diversos Espíritos, e
entre eles do Espírito Verdade, a revelação de que o seu regresso ao corpo já
estava programada.
Não
fosse Chico Xavier, apenas sob uma perspectiva moral e espiritual, pelo
extraordinário conteúdo de sua Obra psicográfica, o legítimo continuador de
Allan Kardec, no inegável desdobramento do chamado “Pentateuco”, por fatos
históricos inequívocos, inclusive matemáticos, de absoluta precisão, a
reencarnação do Codificador como Chico Xavier, o extraordinário medianeiro,
fornece-nos uma prova cabal da tese reencarnacionista, que, sem dúvida,
filosófica e cientificamente, constitui-se no cerne do Espiritismo.
As
evidências são irrefutáveis:
-
Allan Kardec previu o seu retorno ao corpo para o final do século XIX ou para o
início do século XX. Chico Xavier nasceu no dia 10 de abril de 1910, no
alvorecer do século XX.
-
Entre a desencarnação de Allan Kardec e o nascimento de Chico Xavier, temos
quase exatos quatro décadas – 1869-1910. Chico Xavier afirmava que, no Mundo
Espiritual, ele se preparara durante quarenta anos para cumprir com a sua
tarefa de Médium.
-
Os Espíritos disseram a Allan Kardec que, em sua volta, ser-lhe-ia dado
trabalhar desde cedo. Chico Xavier, oficialmente, começou a psicografar com 17
de idade, sendo, porém, que a sua “primeira psicografia” aconteceu, em sala de
aula, quando contava com 12 de idade, cursando o 4º ano primário no Grupo
Escolar “São José”, em Pedro Leopoldo.
-
Acrescentaram os Espíritos que, quando voltasse a Terra, em novo corpo, o
Codificador teria a “satisfação de ver em plena frutificação a semente” que ele
espalhara. Chico Xavier, de fato, deparou-se, no Brasil, com a Doutrina em
florescência, inclusive, com a “Federação Espírita Brasileira”, fundada em
1884, e com o Espiritismo já contando com vários vultos de escol, entre os
quais o Dr. Bezerra de Menezes, desencarnado em 1900.
Allan
Kardec, fazendo, no Espiritismo, tremular a bandeira de Reencarnação, terminou
por ser, ele mesmo, ao longo da história de toda Humanidade, uma de suas provas
mais concretas, comparável somente à reencarnação de Elias em João Batista,
atestada pelas tácitas palavras do Cristo.
Curiosamente,
nenhum Evangelista trata os assuntos da Reencarnação (diálogo com Nicodemos) e
do Advento do Consolador, que é o Espiritismo, com a propriedade com que eles
são tratados no Evangelho de João, o “discípulo amado”, que foi uma das muitas
vidas de Allan Kardec.
Pode-se
ainda acrescentar aos estudiosos do fenômeno, o fato de Allan Kardec – o
Professor Rivail – ter sido francês, nascido na cidade de Lion, e o prenome
“Francisco”, de Francisco Cândido Xavier, significar, literalmente, “pequeno
francês”. Allan Kardec era de “altura meã”, quanto Chico Xavier – em torno de 1,65 m .
Kardec,
com 65 anos de idade, desencarna pelo rompimento de um aneurisma na aorta.
Chico Xavier, praticamente com a mesma idade, começa a sofrer de angina
pectoris, que lhe provocava constantes dores no tórax.
Embora
muitos leitores dessas nossas publicações no Blog possam considerar recorrente
o assunto da reencarnação Allan Kardec/Chico Xavier, nós pensamos que as
reflexões em torno de tema tão importante estejam ainda muito longe de serem
esgotadas, e sempre que oportuno quanto agora a elas haveremos de retornar.
INÁCIO
FERREIRA
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