“João 1:1-5”
“No princípio era aquele que é a
Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus.”
“Ela estava com Deus no
princípio.”
“Todas as coisas foram feitas por
intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito.”
“Nele estava a vida, e esta era a
luz dos homens.”
“A luz brilha nas trevas, e as
trevas não a derrotaram.”
O “Princípio”
referido pelo evangelista João deve ser o do planeta Terra. “Ele” deve ser Jesus, se Ele estava com Deus podemos entender
que Jesus não é Deus. Se todas as coisas do nosso planeta foram feitas por
intermédio d’Ele, significa que utilizando Sua própria inteligência e o fluido
cósmico universal todas as fases que o planeta atravessou, desde quando a bola
de matéria incandescente começou a esfriar, até os dias de hoje foi pensado por
Jesus e tinha um propósito que não conseguimos alcançar ainda. “Nele estava a vida” a qual era a “luz dos
homens”, aqui temos muita informação, primeiramente Jesus existia
como ser de luz antes do nosso planeta ser pensado por Ele, nós os homens
também existíamos então, e as trevas também, só que a luz sempre prevaleceram
sobre trevas. Disso tudo vem uma pergunta: Porque o planeta Terra foi pensado?
Conclusão que tiramos é a de que o homem que existia na forma espiritual,
precisava de um mundo onde deveria reencarnar várias vezes para se aprimorar
moralmente.
“Gênesis 1:1-3”
“No princípio criou Deus o céu e
a terra.”
“E a terra era sem forma e vazia;
e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a
face das águas.”
“E disse Deus: Haja luz; e houve
luz.”
Na Gênese, provavelmente escrita por Moises
a mais de mil anos antes do nascimento de Jesus, a coisa se amplia, pois além
do planeta Terra também o “céu” foi criado
no “princípio” e céu conforme o livro “O Céu
e o Inferno” trazido a nós dos espíritos superiores por Allan Kardec, não é uma
localidade, pode ser definido como um estado vibratório superior, da
inteligência humana.
” A
terra era sem forma e vazia”, podemos
entender que a terra existia no pensamento da divindade apenas, mas chama
atenção a existência de “trevas sobre a face do abismo”, ou seria mais correto
dizer não existência? Pois trevas é a não existência de luz e abismo nos trás o
conceito de falta de algo palpável ou vazio.
“O Espírito de Deus se movia
sobre a face das águas” mostra o quanto o conceito
“água” é emblemático, parecendo ser muito
mais que apenas dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio.
“Haja luz”
nos remete ao Big Bang imaginado pela ciência atual, que aconteceu a quase
quatorze bilhões de anos num instante onde tudo que existe no universo e que
estava contido num ponto explodiu continuando a se expandir, mas que já existia
nesse ponto e não foi a partir da explosão que passou a existir, nos lembrando
a lei de Lavoiser, que diz “nada se cria tudo se transforma”. Depois disso eu fico
querendo entender os conceitos “Deus”, “Espírito”, “Luz”, “Água”, “Infinito”,
“Eterno”, mas me conformo constatando que me falta um sentido para tal
compreensão.
“João 4:24”
“Deus é Espírito, e importa que
os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.”
“Gênesis 1:26,27”
“E disse Deus: Façamos o homem à
nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e
sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o
réptil que se move sobre a terra.”
“E criou Deus o homem à sua
imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”
Deus sendo espírito, só poderia ter criado o
espírito humano (homem e mulher) aqui no sexto dia
do primeiro capítulo da Gênese, uma vez que no segundo capítulo a criação
prossegue...
“Gênesis 2:7”
“E formou o Senhor Deus o homem
do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito
alma vivente.”
Essa criação do segundo capítulo é muito
diferente da do primeiro capítulo, a ver, “espírito” é o
principio inteligente antes e depois da sua existência no corpo de carne e “alma vivente” é o mesmo princípio inteligente só que agora
ligado a um corpo feito do “pó da terra”,
que possui duração de no máximo uns cem anos na maioria dos casos, quando ao pó
da terra voltará e o espírito humano continuará.
“João 3:6-8”
“O que é nascido da carne é
carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”.
“Não te maravilhes de te ter
dito: Necessário vos é nascer de novo”.
“O vento assopra onde quer, e
ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo
aquele que é nascido do Espírito”.
Agora nesse dialogo de Jesus com Nicodemos,
Jesus fala da necessidade de se nascer de novo e explica de forma clara que o “espírito” se compara ao vento que existe, mas só pode ser
percebido e que não nos é dado, ainda pelo menos, sabermos de onde vem e para
onde vai.
Para fecharmos o estudo fica a pergunta,
qual foi a necessidade dessa segunda criação feita do pó da terra?
No Livro dos Espíritos, na questão 115
Kardec pergunta:
“Uns Espíritos foram criados bons e outros
maus?”
Ao que os Espíritos superiores responderam.
— “Deus criou todos os Espíritos simples e
ignorantes, ou seja, sem conhecimento. Deu a cada um deles uma missão, com o
fim de os esclarecer e progressivamente conduzir à perfeição, pelo conhecimento
da verdade e para os aproximar dele. A felicidade eterna e sem perturbações,
eles a encontrarão nessa perfeição. Os Espíritos adquirem, o conhecimento
passando pelas provas que Deus lhes impõe. Uns aceitam essas provas com
submissão e chegam mais prontamente ao seu destino; outros não conseguem
sofrê-las sem lamentação, e assim permanecem, por sua culpa, distanciados da
perfeição e da felicidade prometida”.
115. a
“Segundo isto, os Espíritos, na sua origem,
se assemelham a crianças, ignorantes e sem experiência, mas adquirindo pouco a
pouco os conhecimentos que lhes faltam, ao percorrer as diferentes fases da
vida?”
— “Sim, a comparação é justa: a criança
rebelde permanece ignorante e imperfeita; seu menor ou maior aproveitamento
depende da sua docilidade. Mas a vida do homem tem fim, enquanto a dos
Espíritos se estende ao infinito”.
Vem agora ao nosso pensamento a passagem
narrada por Marcos no seu Evangelho:
“Deixai vir a mim as criancinhas, não as
impeçais; pois o reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham.
Eu vos digo, em verdade, que todo aquele que
não receber o reino de Deus como uma criança, nele não entrará.”
E constatamos que fomos criados “simples e
ignorantes”, que adquirimos conhecimento com o nosso arbítrio e nos tornamos
problemáticos, por isso estamos encarnados num mundo de provas e expiações,
isso tudo foi pensado pela divindade para nosso aperfeiçoamento, não para nos
castigar e que para sairmos dessa série de encarnações e desencarnações e
entrarmos no “reino de Deus”, devemos trabalhar nosso orgulho, vaidade, vontade
de predominar sobre nossos irmãos, que é o que nos faz tão diferentes das
crianças.
Estou postando esse nosso estudo no Blog, contando que aqueles que o lerem, dar-me-ão (como diria o Temer) um
retorno com a sua interpretação desses trechos da Bíblia, que tanto me
“encafifam”.
Abraço,
Toninho Barana.