Questão
341 do Livro dos Espíritos
A
ansiedade da alma no momento da reencarnação geralmente é enorme. Ela não tem
certeza da sua vitória nas lutas que se destinou a travar, contudo, se o
Espírito tem fé em Deus e conhece os ensinamentos de Jesus, a força da
confiança ir-lhe-á garantir a esperança.
Bem
sabemos o que passa o Espírito reencarnado com a prova de ser um hanseniano
que, em muitos casos, é abandonado pelos próprios familiares. É muito duro o
desprezo, e esse desprezo avança e atinge a sociedade. Mesmo nos dias atuais,
quando a medicina oficial os está liberando para que convivam com a família,
ainda falta o exemplo de irmãos desses que sofrem na carne um passado drenador,
que derrama no corpo as vibrações criadas por eles mesmos em eras remotas.
Onde
nos encontrarmos, façamos o que pudermos pela educação de nós mesmos.
Procuremos cortar as arestas daquilo que nos levou aos desatinos no passado,
porque é nesse esforço de melhorar que iremos nos renovando pelo bem e
salvando-nos pela caridade. Não aumentemos o nosso jugo nem façamos pesado o
nosso fardo. As inquietações do Espírito para reencarnar, as ansiedades no
momento de entrar na carne, bem como, também, para deixar o corpo físico, é
ignorância da vida espiritual e falta de maturidade da alma na posição em que
se encontra.
Um
homem que pretende levar um peso a determinado lugar, quando não o suporta,
divide o fardo para levar de duas ou três vezes. Assim também é a alma ao
descer para o mundo físico com um corpo: se ela não suporta as provações que
escolheu ou que lhe foram impostas, ela as divide para outras vezes, qual faz o
viajor comum na Terra.
Falamos
do Espírito mediano, e essa escala é muito grande, mas, quando se trata de
Espírito missionário, esse a tudo suporta tanto dentro da carne como fora dela,
tanto pisando nas lutas com os homens, quanto no mundo dos Espíritos em missões
nas trevas. O sofrimento, para esses Espíritos de escol, representa forças
novas para seus caminhos. E o que o Cristo deseja dos Seus discípulos novos nos
caminhos do mundo: que eles se fortaleçam na fé renovada, mostrada pela
Doutrina dos Espíritos, e nela bebam a água da vida, para a vida com Deus.
Pensemos
na fé, estudemos todos os meios lícitos para conquistá-la, meditemos o quanto
for necessário na arregimentação dessa confiança, na certeza de que a fé que
pode encarar face a face a razão nos leva à esperança divina, no sentido de que
a nossa presença, onde quer que estejamos, seja motivo de glória e de alegria,
pela vida que levamos e no estímulo aos outros, para viver em paz.
Não
nos inquietemos com os problemas que deverão surgir como teste do que já
aprendemos; se acompanhamos o Cristo, os caminhos são tortuosos, cheios de
espinhos, porém são eles que irão nos mostrar o que já aprendemos, na nossa
renovação interior.
Aqueles
que ainda não despertaram para o Culto do Evangelho no Lar, que o façam o mais
urgente possível, que ele lhes dará os meios de compreender, junto a família, o
valor da solidariedade, da compreensão do amor em conjunto e da paz, para que
venham a viver cada dia o que Jesus ensinou em três anos de lutas,
compreendendo e amando as criaturas que O perseguiam e até mesmo O expulsaram
pelas vias de uma cruz. Entretanto, Ele venceu a humanidade, Ele venceu o mal,
amando sempre os Seus perseguidores que hoje, quase todos, se encontram na
falange de amor, sofrendo e amando como Ele, a todos os retardatários.
A
vida é avanço, a vida é amor. Amemos e prossigamos, que seremos um daqueles
que, imitando o Cristo, tomam-se um sol nos caminhos de muitos.
Livro:
Filosofia Espírita – João Nunes Maia – Miramez
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