Os passos que seguimos na
vida são variados. Tudo provém da nossa vontade. O passo representa a ação
deliberada de querer ir para algum lugar, aonde ir, porém, deve ser objeto
permanente de nossas preocupações.
Pode-se ir para qualquer
lugar, mas será que aquele lugar é o melhor que devemos
seguir?
A isto, temos o pensamento
a nos guiar.
Pensamento e vontade são,
portanto, os grandes balizadores da nossa existência. No que pensamos, agimos,
mas a vontade é algo que nos impulsiona, quase que passa por cima dos nossos
pensamentos.
Será porque temos vontade é
algo que devemos fazer?
A vontade expressa o que
está no nosso íntimo, é a nossa inclinação natural, a tendência espontânea do
que queremos fazer. De certa forma, a vontade expressa os nossos pensamentos
mais sagrados. É como se já pensamos e decidimos numa velocidade
rapidíssima.
O controle dos pensamentos
nos dá a possibilidade de tomar outras direções na vida, ou melhor, a reflexão
do que devemos fazer.
Esta dicotomia aparente
resulta da nossa incapacidade temporária de discernir sobre o que seja melhor
para nós. Quando almejamos algo que não nos seja interessante, mas ainda assim
desejamos é porque os nossos impulsos ainda caminham nesta direção e somente
estarão satisfeitos se atendermos a eles.
Impulso e vontade parecem
ser a mesma coisa, mas um depende do outro para agir. O impulso é o descontrole
da razão, mas se estiver bem orientada segue-a
igualmente.
No dia a dia, muitas vezes,
temos pouco tempo para realizar este discernimento. Apenas reproduzimos num
automatismo louco. Aí depois é que vamos analisar se aquilo foi bom ou
ruim.
É claro que podemos fazer
escolhas que não sejam acertadas, mas isto deve representar sempre o resultado
de um processo de reflexão. A decisão sai como consequência disto
tudo.
Não é fácil para a maioria
das pessoas tomar decisões consoantes à vontade de Deus. Jesus, pelo que
sabemos, é que foi este protótipo que nós devemos
seguir.
É certo, também, que
somente haveremos de aprender, na maioria dos casos, após errarmos. Mesmo
impulsionados pela vontade incontida. Pronto, está feito, e agora?
Perguntamos.
Analise os resultados,
verifique se é o melhor para você, se aquilo lhe convém e depois continue ou
volte atrás, se for o caso.
Não podemos, porém, jamais,
é deixar de aprender. Aprender a discernir o bem do mal. Aprender com nossos
próprios erros. Aprender a saber o que seja melhor para os nossos propósitos
elevados de vida. Aprender a sintonizar-se com Deus
Pai.
Vamos ainda errar e muito
neste caminho de encontro com nós mesmos. É natural e necessário. O que não pode
acontecer é permanecer deliberadamente naquilo que não nos faz encontrar com
Deus, com o melhor da nossa natureza.
Em paz com as suas
decisões,
Helder
Camara
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