Um sentimento feriu a
humanidade em cheio esta semana: a morte selvagem do leão
Cecil.
Que brutalidade!
Que falta de
sensibilidade!
Como podemos, nos dias de
hoje, ainda permitirmos a caça de animais, que beleza há nisso? É o exercício da
aparente superioridade do homem sobre os demais
animais?
Que nada! Isto é um
absurdo. É falta de humanidade, isto sim, porque tudo que há vida deve ser
respeitado, mas existem ainda muitas pessoas que pensam que estão vivendo a
época das cavernas.
Que cena triste e cruel.
Almejado por flecha e depois assassinado friamente. Onde está o sentimento de
humanidade de uma pessoa desta?
Ainda bem que os protestos
foram praticamente unânimes.
Todo o planeta se reuniu
para dizer da sua insatisfação com este crime. Ele, na realidade, veio nos
lembrar do quanto existe de selvageria por parte de alguns humanos. Este
assassinato covarde foi noticiado e, portanto, acompanhado por milhões e milhões
de pessoas, mas como ficam aqueles cometidos no
anonimato?
Um crime contra a natureza
representa um crime contra o próprio homem, todos os homens. Necessitamos, de
uma vez por todas, nos sentir parte incluída neste todo, porque efetivamente não
estamos fora dele.
O protesto ressoou de tal
forma que já abalou a convicção de caça nos países que autorizam este crime
bárbaro. É um sinal de avanço humano que abomina estas práticas ultrapassadas e
sem propósito.
É o sentimento de
humanidade ampliada que ganha espaço no coração da maioria. Mas há outros crimes
bárbaros que o ser humano ainda comete e não
percebe.
O que pensar da imensa
quantidade de bois e outros animais domésticos que são assassinados para
refestelar as nossas mesas?
Como não vemos a cena do
crime, nem passa pela nossa cabeça os maltratos sofridos por aquelas criaturas
de Deus. São, igualmente, assassinados de maneira cruel e
covarde.
Uma esperança está solta no
ar: as crianças, a nova geração.
Esta turminha que chega à
Terra, muitos deles, não têm mais os vícios dos antigos e consideram um crime de
grande impacto o assassinato de animais. Aprendamos, portanto, com eles, os
heróis da nova geração.
Tenhamos piedade e bom
senso.
Acreditemos, de verdade,
que todos somos filhos de Deus e merecemos enorme respeito. Eles, infelizmente,
não têm como se defender, mas nós temos absoluta condição de defendê-los.
Façamos, portanto, a nossa parte.
Helder
Camara
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