“LIBERDADE DE
CONSCIÊNCIA”
Com o título acima, por
mais que oportuna, transcrevemos hoje, em nosso Blog, a lúcida palavra de Irmão
José, inserida na obra “Segundo ‘O Livro dos Espíritos’”, publicada pela Editora
“Didier”, da cidade de Votuporanga, São Paulo – obra, igualmente, psicografada
pelo médium do qual nos valemos em nosso singelo esforço do Mundo Espiritual à
Terra.
INÁCIO
FERREIRA
*
Qual é o resultado dos
entraves postos à liberdade de consciência?
- Constranger os homens a
agirem de maneira diversa do seu modo de pensar, o que é torná-los hipócritas. A
liberdade de consciência é uma das características da verdadeira civilização e
do progresso.
(“O Livro dos Espíritos”,
questão 837)
O Espiritismo, que nasceu
por consequência da liberdade de pensar, que o homem adquiriu à custa de
ingentes sacrifícios, ao longo dos séculos, não poderia ser uma doutrina que a
ela se opusesse.
A liberdade de pensamento é
a que confere dignidade ao gênero humano.
Os que se fizeram arautos
de ideias renovadoras para a mente humana, a fim de que a criatura saísse da
barbárie para o princípio de civilização, sempre pagaram elevado tributo à
ortodoxia e à intolerância.
O Cristo foi vítima do
fanatismo religioso da época em que viveu entre os
homens.
Antes Dele, Sócrates, na
Grécia, foi sentenciado à morte, acusado de perverter a juventude
ateniense.
Depois Dele, Jan Huss,
precursor da reforma protestante que se consumaria com Lutero, condenado pelo
Concílio de Constança, foi queimado vivo, em 6 de julho de
1415.
Adentrando, porém, o
Terceiro Milênio da Era Cristã, não obstante as inegáveis conquistas da
Humanidade no campo da liberdade de expressão, ainda se sente no ar o odor
nauseante das fogueiras que a Inquisição acendeu na Idade
Média.
É mesmo uma questão de
sobrevivência doutrinária defender-se, aos adeptos do Espiritismo, o direito de
livre manifestação do pensamento, embora nem sempre se possa com eles concordar
neste ou naquele ponto de suas opiniões.
A partir do instante em que
os espíritas transformarem o Espiritismo em uma doutrina cerceadora, com
imposições dogmáticas aos seus seguidores, tenhamos a certeza de que o Espírito
do Cristo dele emigrará.
Acima, pois, de nossas
naturais divergências doutrinárias, é preciso que, entre nós, prevaleça a
fraternidade.
Sob o pretexto de se
defender uma suporta pureza doutrinária, ninguém deve se esquecer de que o
instrumento ideal para tanto é a própria vivência dos postulados que
abraça.
Não há argumento mais
convincente que o do exemplo.
Sem o entrechoque das
ideias, não se chega ao denominador comum que a Verdade patrocina a todos
quantos, sinceramente, por ela procuram e se
interessam.
Ouçamos a palavra inspirada
de Gamaliel, junto ao Sinédrio, quando os Apóstolos estavam sendo julgados: “Dai
de mão a estes homens, deixai-os; porque, se este conselho ou esta obra vem dos
homens, perecerá; mas, se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não
sejais, porventura, achados lutando contra Deus.”
Que todos nos acautelemos,
para que a ninguém estejamos induzindo à hipocrisia, ao modo dos antigos
doutores da lei, que o Cristo advertiu com severidade: “Ai de vós, escribas e
fariseus, hipócritas! porque fechais o Reino dos Céus diante dos homens; pois,
vós não entrais nem deixais entrar os que estão
entrando”...
Que não nos convertamos em
pedras de tropeço no caminho de quem quer que seja, por simplesmente dele
discordarmos sob a pauta de nossos interesses pessoais, atentos ao que os
Espíritos Superiores disseram a Kardec, em resposta à pergunta de número 838, de
O Livro dos Espíritos: “As crenças reprováveis são as que conduzem ao
mal”.
IRMÃO
JOSÉ
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