Questão
311 do Livro dos Espírtos
A
atenção para os pertences dos Espíritos que já passaram para o mundo
espiritual, não é atraída pelas coisas materiais, mas, sim, pelos pensamentos
daqueles que ficaram. Isso acontece quando falamos de Espíritos elevados. Com
relação ao Espírito apegado às coisas materiais, onde estiver o seu tesouro aí
permanece o seu coração.
Quando
seus familiares encontram alguma coisa que lhes pertenceu, a concentração é
mais poderosa a respeito do que já partiu. É, pois, uma forte transmissão
telepática e o Espírito em condições elevadas, por vezes atende ao chamado
mental, se isso serve para lições aos encarnados.
A
alma iluminada não perde tempo com simples lamentações. Ainda hoje existem no
mundo muitos muros de lamentações, como nos tempos idos. A atração maior para
os Espíritos de luz, é para onde vibra o bem coletivo, é onde o amor toma a
dianteira de todas as atitudes, é onde a caridade se encontra em evidência, em
todos os fatos da vida.
Há
sempre prazer para o Espírito quando ele é lembrado na Terra; no entanto, o
prazer maior para seu coração é quando essa lembrança pode trazer benefício
para os outros. A vida em Espírito da alma já afeiçoada ao Evangelho de Jesus é
livre, sem apego às coisas transitórias e ela trabalha sempre para construir a
cidade de luz dentro da própria consciência.
É
sempre grato ao Espírito quando seus familiares se lembram de exemplificar o
que de bom ele realizou no mundo, e procuram aperfeiçoar mais o que ele deixou
em caminho. Todos nós fazemos apelo aos que ficaram, no sentido de começarem a
se desapegar, pelo menos aos poucos, das coisas materiais e saberem usar o que
Deus lhes confiou, trabalhando para a circulação dos bens da vida.
O
desprendimento no momento certo é luz no caminho, é tranqüilidade na
consciência. E para tanto, não podemos prescindir de Jesus; Ele é o caminho, e
quem O segue, não perde o rumo para a felicidade.
Ao
regressarmos ao mundo espiritual, não devemos deixar os bens materiais sem
rumo, pois isso pode nos causar perturbações sem conta. A responsabilidade é grande,
na guarda daquilo que o Senhor colocou em nossas mãos. Os
que se encontram ainda na carne, prestes a vir para cá, devem, em nome de Jesus Cristo ,
alinhar sua vida com a do Evangelho, porque serve de convite para que os que
ficam façam o mesmo. A herança de Jesus são os bens imperecíveis, que têm o
poder de atravessar o túmulo, acompanhando a alma para onde quer que seja.
Devemos
tomar como modelo o Mestre dos mestres, porque Ele é a vida, a vida que faz
lembrar o sopro de Deus nos esplendores de todos os ideais. A lembrança que
mais toca ao Espírito é aquela de que ele fez todos os esforços possíveis para
a sua modificação interna, deixando nascer em seu coração a luz do
entendimento.
A
atenção deve ser toda atraída para a Boa Nova do Reino de Deus, em seus
variados aspectos. No Evangelho, a caridade bem orientada se reflete em todas
as letras, em todas as frases, em todo o livro, como livro de vida, na vida com
amor. O que se pratica acintosamente fora da lei do Evangelho é prova de
ignorância.
Lembremo-nos
da luz, que já estamos caminhando para ela.
Lembremo-nos
do amor, que ele já se encontra a caminho.
Lembremo-nos
da caridade, que ela pode se manifestar em nós, em favor de todos.
Entrementes,
não devemos ficar somente nas lembranças, para que essas virtudes tenham o
poder de permanecer em nós, em plena força da vivência, na fecundidade do mundo
interno, onde Jesus deve reinar para sempre.
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