Voltando
a abordar o assunto aqui tratado na semana passada, e, por mim, publicado no
espaço deste Blog, a respeito da “reencarnação” de Sobha Ram no corpo do garoto
Jasbir, o Dr. Ian Stevenson teve o cuidado de considerar em sua obra –
“Reencarnação – Vinte Casos” (“Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação”), que: “A
mudança completa levou, no máximo, algumas semanas e talvez muito menos tempo.
Além disso, precisamos lembrar que houve uma grande mudança de personalidade,
incluindo a recusa de comer os alimentos da família porque, supostamente, ela
pertencia e uma casta inferior.
“O caso, assim, difere muito em relação
àqueles de crianças que parecem se lembrar de vidas anteriores por um período de
vários anos e, ao fazer isso, mais ou menos misturam a personalidade anterior
com a presente, em desenvolvimento.” (destaquei)
Parágrafos adiante, o Dr.
Stevenson registra: “Jasbir disse que em seus sonhos às vezes via o sadhu (homem
sagradodesencarnado a quem ele dizia (na infância) ter conhecido como Sobha Ram
depois da morte deste. Devemos lembrar-nos que Jasbir disse que esse sadhu havia
aconselhado o desencarnado Sobha Ram a ‘assumir’ o corpo de Jasbir, que havia
morrido.”
Agora, não vamos aqui entrar no mérito da questão sobre o porquê de
Sobha Ram ter “reencarnado” no corpo de Jasbir, morto por varíola, aos três anos
e meio. As causas, evidentemente, podem ser as mais variadas possíveis, e, sem
dúvida, comportariam estudos específicos – talvez, alguns de nossos leitores se
animem a especular neste sentido, o que seria um excelente exercício de ordem
espiritual, lhes ampliando o campo intuitivo.
De nossa parte, queremos apenas
refletir sobre um ponto: nas questões de transplante de órgãos, como fica, a
nível perispiritual, equacionada a questão?!
Transplante de pele, cabelo,
coração, rins, fígado, estômago, córnea, dente, osso, rosto, etc?! Transplante
de língua (Esse é perigoso! Conforme o doador, melhor que se fique mudo!).
A
“Folha de São Paulo”, em sua edição de 23 de maio de 2014, noticiou que o
Hospital das Clínicas realizou o primeiro transplante multivisceral no paciente
José Cícero Lira da Silva, de 33 anos: fígado, intestinos delgado e grosso,
pâncreas e estômago!
Evidentemente, que a Ciência ainda deverá caminhar muito
até que o completo sucesso dos transplantes multiviscerais seja alcançado – esta
é outra questão. Não obstante, o referido paciente transplantado, “recebeu”,
praticamente, 1/3 do corpo humano! Os órgãos doados pertenciam a uma criança de
dez anos, que desencarnara num acidente.
Será que o Mundo Espiritual não
“saberia”, ou não “poderia”, em condições excepcionais, “transplantar” o
espírito para um corpo inteiro?! Não será isto o que os Espíritos Superiores
disseram a Kardec, na pergunta 183 de “O Livro dos Espíritos”, ao respondê-la:
“A infância é por toda parte uma transição necessária, mas não é sempre tão
estúpida como entre vós.”(Tradução de J. Herculano Pires, conforme direitos
cedidos à Editora e Encadernadora Lumen Ltda. – Rua Solon 806 – São Paulo –
Capital).
Chico dizia que a Ciência iria desenvolver o corpo humano em
laboratório, e que o espírito haveria de reencarnar nele sem problema algum, e
aí a mulher se libertaria do parto... (“Chico Xavier – o Santo de Nossos Dias”,
capítulo “As Grandes Reencarnações”, de R. A. Ranieri – Editora Eco).
Será
possível que, em Mundos Superiores, o espírito, ao reencarnar, já não possa
evitar o chamado período“estúpido” da infância – algumas outras traduções
amenizam o termo –, ocupando um corpo mais desenvolvido?! Chico dizia que o
período da infância na Terra é como se fosse um tempo de doença para o
espírito...
Bem, o Natal está chegando, e, junto com o médium, dentro de mais
algumas semanas, vou preparar a minha vara de pescar – claro que, a exemplo de
Chico Xavier, sem anzol e sem minhoca! Vocês hão de ficar livres de mim, e de
meus devaneios, por uns tempos.
Enquanto isto, minha gente, vamos
pensando...
Abraços.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 1º de dezembro
de 2014.
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