Senhor, eu nunca soube fazer preces...
A
minha prece sempre foi um pensamento rápido elevado à Tua misericórdia, nesse ou
naquele pedido de socorro para o meu espírito pobre e estropiado...
Desta
vez, ainda não será diferente: confesso-Te que ainda não aprendi a orar como
preciso e devo...
Não sei Te dizer as palavras bonitas que gostaria, e que,
por vezes, eu invejo naqueles que, em diversos idiomas, fazem da prece magnífica
peroração!
A única coisa que sei é que sem a Tua escora, eu não me sustento
de pé...
Preciso de Ti, Senhor, como preciso do ar que respiro.
Tenha dó
de mim e me auxilie para além dos méritos que eu não possuo – sequer um só para,
em nome dele, endereçar aos céus qualquer reivindicação!
Sinceramente, tenho
muito mais agradecimentos que petitórios...
Sem a Tua força, com certeza, eu
não teria conseguido varar mais um ano de luta e trabalho...
Obrigado, pois,
pela confiança que depositaste neste Teu servo imperfeito!...
Obrigado pelas
oportunidades que, junto aos homens encarnados, nossos irmãos, Tu me confiaste
na tarefa do intercâmbio entre os Dois Lados da Vida...
Espero que eu não
tenha exagerado nas brincadeiras, e nas verdades que disse sem pretender magoar
quem quer que seja – se alguém se magoou, não foi por culpa minha, mas sim por
culpa dele ou dela, que ainda não aprendeu a virtude do perdão...
Obrigado
pelas singelas publicações mediúnicas que nos ensejaste no ano prestes a se
findar – inclusive, Senhor, pelas publicações neste Blog, que, na minha quase
total indigência espiritual, sempre me custam muito esforço de
inteligência...
Sem a Tua inspiração, eu não passaria de humilde trato de
terra completamente seca, sem uma gota d’água para fazer brotar uma única
semente...
Devo a Ti tudo o que faço e tudo o que sou!
Sem a Tua luz, sou
apenas treva, e nada mais!...
No entanto, Mestre, se algo eu posso
solicitar-Te por adjutório no Ano Novo, peço que não me deixes sozinho comigo
mesmo, porque serei um desastre...
E, mesmo sem merecer, não me deixes sem a
vassoura na mão, porque, Senhor, eu preciso varrer o chão de minha própria alma,
entulhada de pó...
Conceda-me, por bondade, ainda e sempre, até quando eu não
for abatido pela minha própria insanidade, a bênção de continuar servindo em Teu
nome...
Se não for possível curar-me, não me deixes enlouquecer de todo – mas
deixa-me, Senhor, com a minha loucura pessoal, isentando-me da loucura alheia,
que, sinceramente, por vezes, parece-me ser uma perturbação muito maior que a
que eu tenho...
Abençoa os meus estimados amigos, os que estimam serem meus
inimigos, os meus novos planos de trabalho para 2015, o pobre do médium que, em
minhas mãos, tem sofrido mais que bengala de cego, e os meus
bichanos...
Abençoa, Senhor, perante os tribunais da inquisição espírita, que
grassa na atualidade do mundo, quantos nos têm advogado a causa nos livros que
me encorajo a escrever, expondo em suas páginas as ideias que exponho por livre
expressão de meu pensamento...
Bem, é isto, Senhor!
Que o Senhor também
seja abençoado por Deus, nosso Pai, porque, mesmo sendo quem És, não deve ser
fácil aguentar a corja humana da qual, na condição de desencarnado,
infelizmente, eu continuo fazendo parte.
Assim seja!...
INÁCIO
FERREIRA
Uberaba – MG, 22 de dezembro de 2014.
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