A notícia da reaproximação dos Estados Unidos de Cuba
é alvissareira. Brilha no horizonte uma esperança a mais. Dois países que viviam
às turras começam a dialogar, a fazer as pazes, e que notícia maravilhosa é esta
para o plano mundial.
Nós daqui ficamos muito felizes em ouvir, de parte a
parte, a predisposição de voltar a se ter um relacionamento distendido entre
duas nações próximas geograficamente, mas distantes na amizade. Que bom que
isto, finalmente, está se acabando.
Vivi os dias duros entre elas. De um
lado, a inflexibilidade do presidente Kennedy diante da pressão soviética. De
outro, Fidel Castro queria mostrar a sua hegemonia contra o que chamava de
imperialismo norte-americano. Duas propostas antagônicas para o mundo se debatia
em radicalização e o povo do planeta inteiro ficava a mercê dos humores destes
três países, haja vista que qualquer titubeio poder-se-ia detonar uma terceira
guerra mundial e, desta vez, de proporções imprevisíveis, pois o poderio atômico
instalado poderia, em muitas vezes, destruir o próprio planeta.
Graças a Deus
que tudo isto acabou. Particularmente para Cuba o embargo econômico foi
desastroso. Como pode um povo inteiro sair prejudicado na sua condição mínima
pela subtração da importação de coisas importantíssimas para a sobrevivência
humana? Ainda bem que tudo acabou, porque via uma nação ficar cada vez mais
pobre, enquanto seus vizinhos encontravam saídas econômicas mais
satisfatórias.
É claro que o regime socialista trouxe alguns benefícios para
o povo cubano, sobretudo para a saúde e para a educação, mas o preço pago foi
altíssimo.
A desarticulação do embargo econômico vai dar novos ares para
Cuba, mas também para os Estados Unidos e o resto do mundo. A pequena Cuba é
grande por causa do seu povo e de suas belezas naturais e voltará a restaurar a
prosperidade econômica para a maioria da sua gente sofrida. Vai conseguir, com
certeza, se soerguer rapidamente e se tornar a grande joia do Caribe. Vamos
esperar.
De outra sorte, aguardamos também que as relações dos Estados Unidos
com a Rússia se restaurem. Mal acabou um embargo começa outro, desta vez “é
briga de cachorro grande”.
Quando pensávamos que finalmente os dois grandes
países iriam se reaproximar depois que se concluiu a “Guerra Fria”, eis que
aparece novo conflito devastador. De um lado, Barack Obama com sua cordialidade,
mas defendendo os interesses norte-americanos. De outro, o Sr. Putin a
esbravejar força para seu povo. Com tudo isso, ninguém sai ganhando, pois apesar
da diminuição do poderio atômico das duas nações, ainda assim são poderosíssimas
para destruir o nosso planeta diante de um conflito mais grave e radical.
Esperemos que estes humores se desfaçam e volte a reinar o clima de paz que
estava predominando há alguns anos.
Neste episódio da reaproximação dos
Estados Unidos e Cuba, vale destacar o papel grandioso de pacificador e
reconciliador do nosso Papa Francisco. Que figura extraordinária, de diálogo
fácil, que soube com habilidade tocar nos corações dos líderes dos dois países.
Não era sem tempo de alguém tomar a iniciativa de reaproximação destas duas
grandes nações. Ele desarmou espíritos e apelou para o bom senso e foi escutado
em seu esforço de paz.
O Papa Francisco mostra a importância do espírito
cristão nas negociações bilaterais. Mostra o quão é importante colocar a paz
como centro das relações internacionais e, graças a Deus, as nossas preces foram
ouvidas e dois irmãos começam a dar os primeiros passos para a paz
definitiva.
Viva a união!
Viva a paz e a fraternidade!
Viva o amor e a
verdade!
Que Deus abençoe a todos nós.
Hélder Câmara
26.12.14
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário