O JARDINEIRO DIVINO
“Obreiros, traçai o vosso
sulco; recomeçai no dia seguinte o afanoso labor da véspera; o trabalho das
vossas mãos vos fornece aos corpos o pão terrestre; vossas almas, porém, não
estão esquecidas; e eu, o jardineiro divino, as cultivo no silêncio dos vossos
pensamentos.” – Cap. VI – de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
O
Jardineiro Divino, evidentemente, é Jesus Cristo...
Nossas almas são as
“sementes” que Lhe foram dadas a cultivar pelo Dono do Jardim...
Os nossos
pensamentos constituem a “gleba” em que, pacientemente, Ele as cultiva...
O
Pensamento do Cristo, materializado no Evangelho, representa as suas Mãos
incansáveis revolvendo a terra na qual, um dia, deveremos
florescer!...
Contudo, é preciso que isto aconteça sem violência – cada
“semente” deve germinar no momento de seu próprio amadurecimento...
As
experiências que vivenciamos, ao longo das estações que se sucedem, representam
o adubo que nos auxilia na tão ansiada germinação...
“Sementes” existem que,
em profundo estado letárgico, ainda sequer deram o menor sinal de
vida...
Outras poucas, no entanto, já se encontram com longas hastes, prestes
a começarem a produzir...
Raríssimas, porém, são as que já produzem sazonados
frutos!...
Eis, na prática, o significado da Parábola do Semeador...
Na
Revivescência do Evangelho, o Espiritismo é benfazeja chuva de ideias que o
Senhor faz cair do Alto para tornar ainda mais fecunda a “gleba” de nossos
pensamentos...
Como será que, na condição de “sementes”, estaremos
respondendo ao zelo do Jardineiro Divino?!
Ansiamos por acordar, ou
pretendemos permanecer em transe por mais longo tempo?!...
Não nos
esqueçamos, por outro lado, que não nos bastará germinar e
florescer...
Atentemos para o símbolo da Figueira Seca!
Aparência de
bondade não é bondade.
Talvez, pior do que não germinar, seja germinar e se
negar a produzir bons frutos...
Na atualidade, a própria Natureza tem nos
ensinado que o tempo, embora eterno, se nos mostra, na Terra, cada vez mais
condensado – árvores frutíferas de enxertia começam a produzir mal tendo se
erguido do solo...
Os Pensamentos do Cristo incidem sobre os nossos à feição
de Sublime Enxertia!
Não esperemos, pois, crescer demasiado para começarmos a
produzir o que nos compete, porque potencialidade para tanto todas as “sementes”
possuem.
Se ainda não estamos algo a produzir, corremos o risco de, por nossa
própria conta, nos reduzirmos à condição da Figueira que secou até as suas
raízes – não porque não era tempo de figos, mas sim porque, à margem do caminho,
se contentara em ostentar apenas ramos e folhas!...
INÁCIO
FERREIRA
Uberaba – MG, 10 de Fevereiro de 2014.
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