Questão 226 do Livro dos Espíritos
ESPÍRITOS ERRANTES
Segundo "O
Livro dos Espíritos", espíritos errantes são aqueles que se encontram em
condições tais que ainda precisam de voltar à carne, para as devidas reformas
morais. E no mundo físico, encontram analogia de sentimentos, porque a grande
maioria deles, encontram encarnados, são almas com fortes tendências para a
maledicência, para as guerras, para o ódio, para a inveja e o ciúme, para o
orgulho e o egoísmo.
O espírito puro, que não precisa mais de reencarnar no
mundo terreno, perde essa condição inferior, pois sua consciência se encontra em
tranqüilidade, e em seu coração vibra o amor em todos os momentos.
Os
espíritos são semelhantes em todos os mundos habitados, no tocante ao mundo
íntimo de cada um, pertencem a diferentes ordens na escala de elevação, porque
são de diferentes idades siderais. A maturidade é obra do tempo, os valores
internos vão sendo despertados gradativamente e transformando em celeiro de
bênçãos a intimidade do ser.
Para tanto, Jesus Cristo é o Mestre por
excelência, que se aproximou dos homens por misericórdia de Deus, nos legando o
grande manancial de fé e de amor que é o Evangelho. Depois de Jesus, aumentaram
as facilidades de recuperação das almas em caminho para Deus, pois encontramos a
água viva e o pão que desceu do céu. Todos os conceitos evangélicos são
coerentes com o amor e irradiam a verdade.
O Cristo veio tirar multidões de
espíritos da faixa dos errantes no espaço, colocando-os como espíitos
conscientes da verdade pelos caminhos da pureza espiritual. Ele é a fonte de
vida que nos ajuda a despertar as nossas qualidades, de modo a nos tornarmos
unos com a Divindade.
A purificação das entidades espirituais se processa
por variados meios, através de sacmfcios, dores, angústias e problemas sem
conta, entretanto, esse é o roteiro de todas as criaturas. Todos passamos pelas
portas estreãas, depois de vagarmos pelas largas.
A Doutrina dos Espíritos,
cuja fonte é Jesus, mostrando a sua promessa do Consolador Prometido, vem, nos
fins destes tempos nos mostrar com homologia nos anjos, as leis naturais, que
nos levarão à perfeição. Não tenhamos medo de abraçar seus conceitos renovados
pela força do progresso, que eles se tornarão luzes que não nos deixam perdermos
nas trevas. Se fomos espúitos erraentes sujeitos a novas faltas, temos o Mestre
ao nosso lado a nos
dar para a devida reforma de sentimentos, de maneira que
eles vibrem no consenso do Cristo, para nos guiar a todos.
O espfrito está
estagiando na carne, já desperto, compete-lhe ajudar os outros que lhe estendam
as mãos, em busca de socorro. Por que negar uma palavra de conforto e de
esperança aos que sofrem? Por que negar o pão e a veste aos famintos e aos nus?
É o nosso dever afinarmos com o amor, aquele amor que desconhece barreiras e
avança em todas as direções, para servir sem especular e ajudar sem exigir. Se
estamos na dianteira de alguns, já estivemos no lugar deles no passado, e
quantos estão a nossa frente e de vez em quando voltam para nos dar as mãos?
Façamos o mesmo, que Deus e Cristo não nos deixarão a sós.
Somente os puros não precisam de reencarnação;
nós outros carecemos dessa benção, para abrirmos os olhos à luz que gera a paz e
a felicidade.
Livro: Filosofia Espírita V - João Nunes
Maia
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