TRANSIÇAO PLANETÁRIA
DIVALDO PEREIRA FRANCO
A população terrestre
alcança a passos largos o expressivo número de sete bilhões de seres
reencarnados simultaneamente, disputando a oportunidade da evolução...
Embora
as grandes aquisições do conhecimento tecnológico e dos avanços da ciência na
sua multiplicidade de áreas, nestes dias conturbados os valores transcendentes
não têm recebido a necessária consideração dos estudiosos que se dedicam à
análise e à promoção dos recursos humanos, vivendo mais preocupados com as
técnicas do que com o comportamento moral, que é de suma importância. Por isso,
a herança que se transfere para as gerações novas que ora habitam o planeta diz
mais respeito à ganância, ao prazer dos sentidos físicos, à conquista de espaço
de qualquer maneira, dando lugar à violência e à desordem...
Têm ocupado
lugar o materialismo e o utilitarismo, contexto em que muitos se comprazem
distantes da solidariedade, da compaixão e dos espíritos fraternal, ante a
dificuldade da real vivência do amor, conforme ensinado e vivido por
Jesus.
Os indivíduos parecem anestesiados em relação aos tesouros da alma,
com as exceções compreensíveis.
Felizmente, o fim do mundo de que falam as
profecias refere-se àquele de natureza moral, com a ocorrência natural de
sucessos trágicos que arrebatarão comunidades, facultando a renovação, que a
ausência do amor não consegue lograr como seria de desejar...
Esses fenômenos
não se encontram programados para tal ou qual período, num fatalismo aterrador
como muitos que ignoram a extensão do amor de Nosso Pai divulgam, mas para um
largo período de transformações, adaptações, acontecimentos favoráveis à
vigência da ordem e da solidariedade entre todos os seres.
É compreensível,
portanto, que a ocorrência mais grave esteja, de certo modo, a depender do
livre-arbítrio das próprias criaturas humanas, cuja conduta poderá apressar ou
retardar a sua constituição, suavizando-a ou agravando-a...
Se as mentes, ao
invés do egoísmo, da insensatez e da perversidade, emitissem ondas de bondade e
de compaixão, de amor e de misericórdia, certamente o panorama na Terra seria
outro.
Compreendendo-se a transitoriedade da experiência física, no futuro a
psicosfera do planeta será muito diferente porque as emissões do pensamento
alterarão as faixas vibratórias atuais que contribuirão para a harmonia de todos
e para o aproveitamento do tempo disponível.
O amor de Nosso Pai e a ternura
de Jesus para com oSeu rebanho diminuirão a gravidade dos acontecimentos,
mediante também a compaixão e a misericórdia, embora a severidade da lei do
progresso.
Todos nos encontramos, desencarnados e encarnados, comprometidos
com o programa da transição planetária para melhor. Por essa razão, todos
devemos empenhar-nos no trabalho de transformação moral interior, envolvendo-nos
em luz, de modo que nenhuma treva possa causar-nos transtorno ou levar-nos a
dificultar a marcha da evolução.
Certamente, os espíritos fixados nas paixões
degradantes sintonizarão com ondas vibratórias próprias a mundos inferiores,
para eles transferindo-se por sintonia, onde se tornarão trabalhadores positivos
pelos recursos que já possuem em relação a essas regiões atrasadas nas quais
aprenderão as lições da humildade e do bem proceder. Tudo se encadeia nas leis
divinas, nunca faltando recursos superiores para o desenvolvimento moral do
espírito.
Nesse imenso processo de transformação molecular até a conquista da
angelitude, há vários meios propiciatórios para o crescimento intelecto-moral,
sem as graves injunções desagradáveis. Todos esses meios, entretanto, têm como
base o amor e o trabalho.
Assim, a divulgação do Espiritismo é de fundamental
importância por demonstrar a todos a imortalidade, a justiça divina, a
mediunidade, os mecanismos de valorização da experiência na reencarnação e o
imenso significado de cada momento existencial. Desse modo, convidemos a todos o
aprendizado pelo amor, à reflexão e ao labor da caridade fraternal com que se
enriquecerão, preparando-se para a libertação inevitável pela desencarnação,
quando ocorrer.
Louvar e agradecer ao Senhor do Universo pela glória da vida
que nos é concedida e suplicar-Lhe auxílio para sermos fiéis aos postulados do
pensamento de Jesus, nosso Mestre e Guia, constituem deveres nossos em todos os
momentos.
Entretanto, todos os trabalhadores do bem devem atentar para o fato
de que experimentarão o aguilhão da dificuldade, sofrerão o apodo e a
incompreensão desenfreada que têm sido preservados pela invigilância dos que
nada contribuem.
Todos serão chamados ao sacrifício, de alguma forma, a fim
de demonstrarem a excelência dos conteúdos evangélicos, considerando-se, por um
lado, as injunções pessoais que exigem reparação e, por outro, a fidelidade que
pede confirmação pelo exemplo.
Que se não estranhem as dificuldades que se
apresentam inesperadamente, causando, não poucas vezes, surpresa e angústia. Por
isso, o refúgio da razão apresenta-se o lugar seguro para reabastecer as forças
e seguir com alegria.
As entidades que se comprazem na volúpia da
vampirização das energias dos encarnados distraídos e insensatos, voltam-se
contra os emissários de Jesus onde se encontrem, gerando conflitos em sua volta
e agredindo-os com ferocidade. O trabalhador do Mestre, por sua vez, deve
voltar-se para a alegria do serviço, agradecendo aos Céus a oportunidade auto
iluminativa, sem que nisso ocorra qualquer expressão de masoquismo. Aliás,
constitui-nos uma honra qualquer sofrimento por amor ao ideal da verdade, à
construção do mundo novo.
Que o discernimento superior possa assinalar-nos a
todos, e que os mais valiosos recursos que se possuam sejam colocados à
disposição do Senhor da Vinha que segue à frente.”
Dr. Bezerra de Menezes
(espírito) em Amanhecer de uma nova era, de Manoel Philomeno de Miranda
(espírito), psicografia de Divaldo Franco.
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