14.6.13


Mudanças na Igreja

Irmãos,
Tenho compartilhado de perto, quando posso, da ação de nosso Papa Francisco. Como estou a admirar este homem de Deus. Veio no tempo certo, mas muitas agruras ainda o aguardam. Algumas decisões são esperadas e ele, por receio de não errar, ainda não as tomou. Vem coisa séria por aí, é só aguardar.
Ele pensa detidamente cada passo que vai dar por causa da investidura do cargo que ostenta. Por ele, por vontade pessoal, já teria realizado uma série de mudanças de alto impacto, mas ele sabe que não é bem assim e depois de um passo dado não se pode mais voltar atrás. É a nossa Igreja.
Penso nele todos os dias nas minhas preces. Ainda raciocino como padre aqui no “mundo dos mortos-vivos”. Não larguei a batina e tampouco os cacoetes de vigário. É isso mesmo, a gente se prende a determinadas coisas e não quer soltar. Não me vejo um Helder comum, sem ser padre, embora me digam por aqui que estas coisas também necessitamos nos desapegar.
Voltemos ao nosso Papa Francisco. Ele esta cercado de diversas autoridades eclesiásticas que lhe sugerem mudanças de relevo na Igreja. Outras, mais receosas, pedem que tenha mais moderação no que vai fazer e aponta as consequências de suas decisões. Ele está a ponderar, mas, às vezes, se cansa por não estar fazendo o que gostaria de fazer.
Lembra-me, então, o Papa bom, o meu querido João XXIII. O Papa João passava por igual situação e eis que um dia, vendo-se pressionado por todos os lados, bateu a mão e resolveu fazer tudo aquilo que sempre pensou e não podia, afinal, agora era papa.
É esta situação que vislumbro que em pouco tempo ocorrerá com o Papa Francisco. Ele sabe o que quer, mas sabe também aquilo que não é conveniente fazer e pensa como deve ser feito.
O fato é que a nossa Igreja reclama mudanças. Ora, isto já ocorreu há 50 anos com o Concílio Vaticano II, mas muitas mudanças ali sugeridas e aprovadas não foram adiante. Agora, o tempo não corre a nosso favor. As mudanças se impõem porque o mundo já é outro, queiramos ou não.
O Papa Francisco reflete e vê até que ponto pode – e deve – implantar tais mudanças. Algumas de relevo, outras nem tanto, mas ficar como está, isto não mais.
Quando expresso sobre estas mudanças, considero-as importantes, porque elas refletem na vida de milhões, bilhões de pessoas, e, em particular, a consciência de cada cidadão de Deus.
Do universo católico, iniciativas podem ocorrer que levem o mundo para novos ares diplomáticos e de relações entre os povos. Há muito que o Vaticano pode fazer e daria exemplo para mudanças profundas no mundo ocidental e que teria ressonância na parte oriental do planeta.
Que Deus ajude ao Papa Francisco a cumprir a sua missão divina.
Paz para todos!
Helder Camara

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