Mudanças na Igreja
Irmãos,
Tenho
compartilhado de perto, quando posso, da ação de nosso Papa Francisco. Como
estou a admirar este homem de Deus. Veio no tempo certo, mas muitas agruras
ainda o aguardam. Algumas decisões são esperadas e ele, por receio de não errar,
ainda não as tomou. Vem coisa séria por aí, é só aguardar.
Ele pensa
detidamente cada passo que vai dar por causa da investidura do cargo que
ostenta. Por ele, por vontade pessoal, já teria realizado uma série de mudanças
de alto impacto, mas ele sabe que não é bem assim e depois de um passo dado não
se pode mais voltar atrás. É a nossa Igreja.
Penso nele todos os dias nas
minhas preces. Ainda raciocino como padre aqui no “mundo dos mortos-vivos”. Não
larguei a batina e tampouco os cacoetes de vigário. É isso mesmo, a gente se
prende a determinadas coisas e não quer soltar. Não me vejo um Helder comum, sem
ser padre, embora me digam por aqui que estas coisas também necessitamos nos
desapegar.
Voltemos ao nosso Papa Francisco. Ele esta cercado de diversas
autoridades eclesiásticas que lhe sugerem mudanças de relevo na Igreja. Outras,
mais receosas, pedem que tenha mais moderação no que vai fazer e aponta as
consequências de suas decisões. Ele está a ponderar, mas, às vezes, se cansa por
não estar fazendo o que gostaria de fazer.
Lembra-me, então, o Papa bom, o
meu querido João XXIII. O Papa João passava por igual situação e eis que um dia,
vendo-se pressionado por todos os lados, bateu a mão e resolveu fazer tudo
aquilo que sempre pensou e não podia, afinal, agora era papa.
É esta situação
que vislumbro que em pouco tempo ocorrerá com o Papa Francisco. Ele sabe o que
quer, mas sabe também aquilo que não é conveniente fazer e pensa como deve ser
feito.
O fato é que a nossa Igreja reclama mudanças. Ora, isto já ocorreu há
50 anos com o Concílio Vaticano II, mas muitas mudanças ali sugeridas e
aprovadas não foram adiante. Agora, o tempo não corre a nosso favor. As mudanças
se impõem porque o mundo já é outro, queiramos ou não.
O Papa Francisco
reflete e vê até que ponto pode – e deve – implantar tais mudanças. Algumas de
relevo, outras nem tanto, mas ficar como está, isto não mais.
Quando expresso
sobre estas mudanças, considero-as importantes, porque elas refletem na vida de
milhões, bilhões de pessoas, e, em particular, a consciência de cada cidadão de
Deus.
Do universo católico, iniciativas podem ocorrer que levem o mundo para
novos ares diplomáticos e de relações entre os povos. Há muito que o Vaticano
pode fazer e daria exemplo para mudanças profundas no mundo ocidental e que
teria ressonância na parte oriental do planeta.
Que Deus ajude ao Papa
Francisco a cumprir a sua missão divina.
Paz para todos!
Helder
Camara
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