10.6.13


Consciência Planetária

Como ver o mundo?
Já pensou nisto, meus amigos, como você vê o mundo. Pensamos unicamente sobre o nosso mundo pessoal, pouquíssimos se preocupam com o mundo como um todo. Seu universo é o universo do seu olhar, de suas atividades, de suas preocupações. Não queremos saber de mais nada a não ser aquilo que nos compete no dia-a-dia. Isto é egoísmo, meus caros, pois você não está só no mundo.
Quando vemos o mundo com outras lentes, com lentes de ajuda, de cooperação, passamos a ver o mundo como uma grande casa que nos abriga e não apenas o pedacinho que habitamos. É esta consciência planetária que chamo a atenção na reflexão de hoje.
Quando estamos sós, tendemos a entrar no nosso mundo interior. Perguntamos sobre a nossa vida, o que estamos fazendo com ela, o que nos torna felizes e assim por diante. É um olhar interior. Quando, porém, somos içados a pensar globalmente a história é outra, até porque não sabemos direito por onde começar.
Quando eu era bispo tinha a necessidade de ter este olhar, um olhar maior do que aquele da minha comunidade. Preocupava-me com os grandes problemas mundiais: fome, miséria, guerras, economia, tudo me chamava a atenção, sobretudo aquilo que tinha impactos globais.
Minha percepção se ampliou e passei a ver tudo em conexão. Nada acontece por acaso, tudo ocorre refletindo algo de outro lugar e assim sucessivamente. Percebi, então, que estávamos sempre em rede. Tudo, literalmente tudo, está interconectado.
Do lado de cá da vida esta minha percepção se ampliou. Tudo faz mais sentido, tudo está num emaranhado de causas e consequências, é assim que funciona o mundo.
Portanto, a sua atitude faz sentido para o mundo e é fundamental. Aparentemente uma ação isolada pode causar impacto global. A experiência de alguém no campo da saúde, por exemplo, sendo exitosa, se pode copiar para grandes partes do mundo, a partir de algo criado isoladamente, para atender a uma necessidade local. Do mesmo modo, experiências de outros lugares são copiadas ou adaptadas por muita gente.
Somos, meus irmãos, cidadãos do mundo. Não estamos sós em nossa comunidade. Somos artífices de transformações globais. Sendo assim, parte para fazer bem feito a sua atividade particular de ajuda ao próximo, pois ela pode servir de exemplo para milhões de pessoas mundo afora.
Sai, enquanto antes, do seu mundinho privado e tenta compartilhar de interesses comunitários. Há coisas, acredite, que somente você tem aquele jeito particular de fazer e sua contribuição será enorme, fará a diferença.
Nestes dias difíceis, meus amigos, todos são importantes e não podemos ficar de braços cruzados vendo o sofrimento alheio sem nada fazer. Você também é responsável porque poderia produzir algo que faria a diferença para alguém.
Que Deus nos abençoe!
Helder Camara

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