CENTROS ESPÍRITAS VAZIOS?!
Companheiros
encarnados, com justa razão, têm manifestado preocupação com alguns Centros
Espíritas vazios, ou seja, pouco frequentados.
Evidentemente que não se pode
generalizar, já que muitos outros Centros apresentam excelente média de
frequentadores em suas concorridas reuniões.
Quais seriam, porém, os motivos
de, talvez, a maioria dos grupos espíritas não estar conseguindo agregar, em
suas reuniões, significativo número de frequentadores regulares?
De minha
parte, apenas com o propósito de colaborar com os que vêm estudando o assunto,
naturalmente preocupados com o futuro do Movimento, tomarei a liberdade de
enumerar algumas das razões que consigo vislumbrar:
1 – Falta de
exemplificação da Mensagem por parte de suas lideranças, que mantêm considerável
distância dos frequentadores da Casa – às vezes, sequer os cumprimenta.
2
– Dirigentes centralizadores, que, por ciúme de seus cargos, não concedem espaço
para trabalhar àqueles que estão chegando agora.
3 – Reuniões excessivamente
teóricas, priorizando a prática mediúnica em detrimento à prática das tarefas
assistenciais, que consideram secundárias.
4 – Ausência de intercâmbio com
outros grupos e seareiros, na crítica sistemática contra médiuns e oradores com
opiniões divergentes de seus diretores personalistas.
5 – Falta de incentivo
aos jovens na Mocidade Espírita, que, praticamente, está se extinguindo.
6 –
Pouco ou quase nenhum apoio à Evangelização Infantil, à qual não se destina
indispensável investimento humano e espiritual.
7 – Diretores que não se
preocupam em formar novos colaboradores da Causa.
8 – Ingerência dos Órgãos
Unificadores que apontam o problema, mas não se dispõem auxiliar para que sejam
devidamente solucionados.
9 – Carência de verdadeira fraternidade nas
reuniões, promovendo necessária abertura aos companheiros que se dedicam à Arte
Espírita, tornando a referidas reuniões menos cansativas e rotineiras.
10 –
Falta de palestras doutrinárias cujos temas, deixando de ser maçantes e
repetitivos, sejam apresentados com certa leveza, interessando a todos.
11 –
Buscar a periferia, na certeza de que somente o trabalho na periferia fortalece
o Centro – foi assim que o Espiritismo cresceu no Brasil!
12 – Tornar o
próprio ambiente físico do Centro mais agradável – iluminado e florido, por
exemplo! Reunião espírita não é velório!
13 – Não falar em Kardec sem falar
em Jesus, e não falar em Jesus e Kardec sem falar em Chico Xavier.
14 – Não
pregar moralismo.
15 – Semear e semear, incansavelmente, sem ter pressa de
colher.
Não podendo a referida falha estar na excelência da mensagem que,
na revivescência do Evangelho, a Doutrina veicula, ela só pode estar com aqueles
que não se mostram aptos para apresentá-la a quem por ela procura.
INÁCIO
FERREIRA
Uberaba – MG, 10 de junho de 2013.
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