RECADO AOS MÉDIUNS
Todo médium que
trabalha
Sem sofrer perseguição,
Contra o mal da vaidade
Não dispõe de
proteção.
*
Para manter o equilíbrio
No serviço em que porfia,
Pobre
do médium que não
Leva uma surra por dia.
*
Médium que nunca
caiu
Porque haja tropeçado,
Conheço somente aquele
Que sempre esteve
deitado.
*
Quando o médium quer ser médium,
Por livrá-lo dos
perigos,
Manda o Senhor se lhe dê
Meia dúzia de inimigos.
*
O
médium de salto alto,
Ante a queda que se abeira,
Para não quebrar a
cara
Deve andar de focinheira.
*
Na boca de muita gente
Que diz
palavras de mel,
Eu escuto, muitas vezes,
Chocalho de
cascavel...
*
Se o médium nunca sofreu
Qualquer ameaça de
morte,
Perante a sanha das trevas,
Ele está com muita sorte.
*
Que o
médium louve ao Senhor
Por sofrer sendo maduro,
Pois Jesus foi
perseguido
Desde quando nascituro!...
Eurícledes Formiga
(Página
recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião íntima do Lar Espírita
“Pedro e Paulo”, na manhã do dia 20 de junho de 2013, em Uberaba – MG).
29.6.13
28.6.13
Nova Geração de Políticos
Novamente vos escrevo
sobre as manifestações populares. Escrevo agora sobre nova ordem de coisas, o
lado espiritual destas manifestações.
Políticos no mundo espiritual
acompanham atentamente tudo que está acontecendo. Não estão alheios a nada e
vibram com as mudanças que estão ocorrendo. Muitos nem sabe direito onde isto
vai dar, mas são como meninos a vibrar pelo pirulito de tanta alegria em ver as
coisas saindo do eixo para a construção de um novo patamar da realidade.
Essa
gente, os políticos de verdade, não os assaltantes do povo, que não os vejo por
aqui, continuam a influenciar positivamente os destinos da Nação.
Tancredo
Neves, Ulysses Guimarães, Mário Covas, Freitas Nobre, Otávio Mangabeira, Miguel
Arraes e outros mais, são testemunhas vivas de tudo que está ocorrendo no nosso
País. Não estão de braços cruzados, agem o tempo todo.
É bom ver esta
movimentação toda por aqui. Eles dizem que precisam preparar melhor as novas
gerações de políticos que estão chegando. Não que tenham que ensinar muito a
eles, mas passar a eles as suas experiências. Eles dizem que esta moçada já traz
um DNA novo de fazer política.
Que maravilha!
O que está em jogo, meus
caros, é a honestidade de propósitos. É o compromisso moral destes espíritos, na
carne e fora dela, com a melhoria efetiva da vida do povo em bases seguras,
institucional e politicamente.
Uma nova geração de políticos vai surgir.
Revigorada, disposta a tudo para a mudança, bem mais consciente de seus direitos
e deveres. Quem pensava que a juventude estava adormecida, perdeu feio, e
aguardem novidades por aí, agora que pegaram o impulso.
Mais manifestações
virão. Mais conscientes, mais objetivas, mais aglutinativas da vontade popular,
mais representativas.
É o povo consciente e ativo que vai mudar este País.
Não tenham qualquer dúvida disso.
Um abraço,
Helder Camara
27.6.13
Livro dos Espíritos - Allan Kardec
Capítulo 4 Pluralidade das
existências
Encarnação nos diferentes mundos
- De acordo com o ensinamento
dos Espíritos, de todos os globos que compõem o nosso sistema planetário, a
Terra é onde os habitantes são menos avançados, tanto física quanto moralmente.
Marte ainda estaria inferior, e Júpiter muito superior em todos os sentidos. O
Sol não seria um mundo habitado por seres corporais, e sim um lugar de encontro
de Espíritos superiores que, de lá, irradiam seus pensamentos para outros
mundos, que dirigem por intermédio de Espíritos menos elevados, transmitindo-os
a eles por meio do fluido universal. Como constituição física, o Sol seria um
foco de eletricidade. Todos os sóis parecem estar numa posição idêntica.
O
volume e a distância que estão do Sol não têm nenhuma relação necessária com o
grau de adiantamento dos mundos, pois parece que Vênus é mais avançado que a
Terra, e Saturno menos que Júpiter.
Muitos Espíritos que na Terra animaram
pessoas conhecidas disseram estar encarnados em Júpiter, um dos mundos mais
próximos da perfeição, e é admirável ver, nesse globo tão avançado, homens que,
na opinião geral que fazemos deles, não eram reconhecidos como tão elevados.
Isso não deve causar admiração, se considerarmos que alguns Espíritos que
habitam Júpiter podem ter sido enviados à Terra para cumprir uma missão que, aos
nossos olhos, não os colocava em primeiro plano; que, entre sua existência
terrestre e a de Júpiter, podem ter tido outras intermediárias, nas quais se
melhoraram. E, finalmente, que nesse mundo, como no nosso, há diferentes graus
de desenvolvimento, e que entre esses graus pode haver a mesma distância como a
que separa entre nós o selvagem do homem civilizado. Desse modo, o fato de
habitarem Júpiter não quer dizer que estão no mesmo padrão dos seres mais
avançados de lá, da mesma forma que não se está no mesmo padrão de um sábio da
Universidade só porque se reside em Paris.
As condições de longevidade não
são também as mesmas que na Terra, e por isso não se pode comparar a idade. Um
Espírito evocado, desencarnado há alguns anos, disse estar encarnado há seis
meses num mundo cujo nome nos é desconhecido. Interrogado sobre a idade que
tinha nesse mundo, respondeu: “Não posso avaliá-la, porque não contamos o tempo
como vós; além do mais, o modo de vida não é o mesmo; desenvolvemo-nos lá com
muito mais rapidez; embora não faça mais que seis dos vossos meses que lá estou,
posso dizer que, quanto à inteligência, tenho trinta anos da idade que tive na
Terra”.
Muitas respostas semelhantes nos foram dadas por outros Espíritos, e
isso nada tem de inacreditável. Não vemos na Terra um grande número de animais
adquirir em poucos meses seu desenvolvimento normal? Por que não poderia ocorrer
o mesmo com os habitantes de outras esferas? Notemos, por outro lado, que o
desenvolvimento adquirido pelo homem na Terra, na idade de trinta anos, pode ser
apenas uma espécie de infância, comparado ao que deve alcançar. Bem curto de
vista se revela quem nos toma em tudo por protótipos da criação, e é rebaixar a
Divindade crer que, fora o homem, nada mais é possível a Deus (Nota de
Kardec).
26.6.13
Questão 213 do Livro dos Espíritos
GÊMEOS
Vamos alongar um pouco a conversa sobre os gêmeos. Dois espíritos,
quando nascem de uma só gestação, normalmente são espíritos afins, ou inimigos
do passado, e Deus lhes dá oportunidade de ressarcir velhas rixas no campo de
luta que a Terra oferece.
Fala "O Livro dos Espíritos" que não é regra
que sejam simpáticos, podendo ser o contrário. A carne é um meio de
reajustamento espiritual para as almas, competindo a cada um esforçar-se para a
melhoria interna. Ninguém engana a lei divina. Deus a tudo registra, assim como,
igualmente, a nossa consciência, como sendo cópia da escrita espiritual.
Quando nascemos, ou renascemos, em família, caracterizam-se as nossas
necessidades ante o progresso. É necessário que analisemos os fatos, o ambiente
em que renascemos, procurando aproveitar as oportunidades que vêm em nossas mãos
por misericórdia dos céus. Convém a todos, principalmente aos que já chegam ao
mundo com marcas, como sendo limitações físicas, não deixar de meditar sobre
tais sinais, aceitando-os como aviso, de modo a se repararem entendendo a lição
que Deus ensina.
Existem muitos gêmeos que entenderam, procurando
melhorar, corrigindo o que tinham de reparar, voltando à pátria verdadeira,
livres do fardo que antes pesava em seus ombros, o que não acontece com outros
que complicam as oportunidades, pesando mais seus débitos para outra
existência.
A doutrina Espírita vem trazer luz a todos os problemas deste
e de outros tipos, para que possamos entender as leis e melhorarmos no que tange
à moralidade. A natureza a todos convida no silêncio, mas, com firmeza através
dos pais, sendo que eles se encontram também no jogo das provas, e podem muito
ajudar, aliviando seus jugos na esteira do tempo.
A aversão dos gêmeos
traduz inimizade anterior; com pendores afins, nos assinala amizade do passado,
embora com dívidas em outras áreas. Os pais podem analisar tudo isso e trabalhar
para que esses espíritos compreendam e se dediquem ao trabalho de melhorar,
iluminando-se por dentro pela compreensão e pela luz que pode se acender pelo
amor. Depois dos esforços dos pais e, por vezes dos parentes, e deles próprios,
o resto é de Deus, que sempre sabe como proceder no percurso da nossa
existência.
Há muitos casos que somente o tempo, que é a mesma vontade de
Deus, resolve, e resolve bem, porque o Senhor nunca erra nas Suas diretrizes. Os
guias espirituais são cooperadores, trazendo aos que sofrem intuições que
aliviam o fardo e suavizam o jugo de todos eles.
Os gêmeos que aqui
destacamos não são somente espíritos que nascem de um só parto; podem ser mais,
sem que precisemos enumerar todas as experiências das almas em questão. Para
todos eles que, são inumeráveis no mundo, nós pedimos as bênçãos de Deus e de
Jesus e o que estiver ao nosso alcance, faremos em favor de todos eles. O mundo
é palco de trocas, que devemos fazer sem exigências, como dever, e com amor,
aquele amor que irradia vida e pureza no coração.
Livro: Filosofia
Espírita IV -João Nunes Maia - Miramez
25.6.13
CONVÉM QUE PAREMOS COM ISTO!
Alguns companheiros de Ideal, de cuja boa
intenção eu não duvido, na interpretação de tragédias na atualidade, têm-se
precipitado em certas opiniões suas em torno da Reencarnação e da Lei de Causa e
Efeito.
Certo é que, antes de Kardec, nos disse o Cristo que a reconciliação
com os nossos desafetos deve acontecer o mais depressa possível, para não
suceder que os nossos adversários nos entreguem ao juiz, o juiz nos entregue ao
ministro da justiça, e, consequentemente, sejamos metidos na prisão. –
“Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último
ceitil”!
Estou me referindo ao assunto, porque, quando do acontecido na
cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, no incêndio de uma casa de shows,
no qual desencarnaram mais de 200 jovens, muitos desses desavisados companheiros
de Doutrina logo começaram a vincular a tragédia ao que esses espíritos teriam
feito em vidas pregressas, mormente no tempo das Cruzadas, da Inquisição, ou da
Segunda Grande Guerra Mundial.
Muitos chegaram a dizer que os jovens que se
vitimaram, durante a Segunda Guerra, de 1939 a 1945, tinham sido todos eles
nazistas, que participaram diretamente do chamado “Holocausto”, condenando
milhares de judeus à morte nos campos de concentração!
Ora, fosse eu o pai,
ou a mãe, de um desses rapazes e moças que lá desencarnaram, ouvindo de um
espírita, ou mesmo de um espírito pretensamente Mentor, que o meu querido filho,
ou a minha querida filha, tinha sido nazista, sinceramente, mandaria o espírita,
ou o espírito Mentor, às favas, e, consequentemente, com ele, o Espiritismo
inteiro.
E depois, por favor, paremos de ser ridículos, porque a impressão
que se tem é que todos os espíritos devedores do planeta, a fim de quitarem os
seus débitos, vêm reencarnar no Brasil, e não no campo de suas
dívidas...
Depois que Chico Xavier, com a sua mediunidade idônea, recebeu
mensagens dizendo que alguns dos que desencarnaram no incêndio do Edifício
“Joelma”, em São Paulo, no ano de 1974, haviam participado das Cruzadas, todo
mundo agora quer fazer revelação!
Cá entre nós, esmagadora maioria dos
espíritos que foram responsáveis pelo “Holocausto”, sequer ainda logrou
oportunidade de voltar a Terra, pois o que eles aprontaram não tem nem 70 anos,
e, em apenas sete décadas, o espírito que cometeu tamanha atrocidade ainda está
se vendo às voltas consigo mesmo na Vida além da morte – de minha parte, sequer
posso dizer a vocês se eles voltarão a reencarnar na Terra!
Então, convém que
evitemos pronunciamentos precipitados, em torno deste ou daquele assunto que nos
sugere resgate coletivo, como, por exemplo, o terremoto que se abateu sobre o
Haiti, o grande tsunami na Tailândia, ou a queda de um avião como o da “Air
France”, no voo 447, que ceifou 228 vidas.
Antes que cheguemos à metade do
ano de 2013, segundo estatísticas não correspondentes à realidade, a dengue no
Brasil já matou perto de 200 pessoas! Nos anos anteriores, este número,
facilmente, ultrapassa a casa de alguns milhares...
Sendo assim, haja
combatentes das Cruzadas, ou padres da Inquisição, ou mesmo nazistas da Segunda
Guerra, para, sob o ponto de vista dos espíritas, justificar tantas tragédias,
que, todos os dias, ocorrem no mundo todo.
E o que falar-se da chamada gripe
“espanhola”, que, em 1917-1918, promoveu a desencarnação de 30 milhões de
pessoas, que, com certeza, por isto, não foram promovidas a nada!
Antes de
abrirmos a boca e falarmos o que não sabemos, creio que nos convém parar com
isto e estudarmos um pouco mais, porque a verdade é que tem muito espírita
metido a ilustrado falando bobagem demais.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba –
MG, 24 de junho de 2013.
24.6.13
Democracia Ativa
Nas esquinas, nos bares, em
todos os lugares deste País só se fala numa coisa: as passeatas.
Todos estão
perplexos com o que está acontecendo e, ao mesmo tempo, maravilhados. Tirando,
logicamente, meia dúzia de incautos, de destruidores do patrimônio alheio, tudo
é uma tremenda festa democrática.
Que alegria ver nas ruas o povo de Deus a
reivindicar os seus direitos. Como é bonito ver gente de todos os tipos ir as
ruas para pedir paz, erradicação da corrupção, mais verba para saúde e educação
e tantas outras causas nobres para a realidade do povo brasileiro.
Vejo no
semblante de todos um olhar de esperança. É a nossa juventude, em sua maioria,
sendo despertada para sua realidade social. Que maravilha ver uma manifestação
pacífica, sem ódios, e cheia de patriotismo, cheia de nacionalismo, não aquele
radical, mas de amor ao seu País.
É muito bom ver a juventude novamente nas
ruas, andava com saudade disso. Os jovens estavam enfurnados em boates,
dispersos, mas agora não, eles estão juntos a reivindicar melhores dias para
toda a gente.
Ah! Que maravilha ver a cara dos políticos do País com tudo
isso que está acontecendo. Eles estão atônitos sem saber o que fazer e o que
dizer. Sabem que não cumpriram o seu dever moral de representar bem o povo e é,
por isso, que a população está pegando de volta o mandato que lhes
concedeu.
É claro que tudo isso precisa de um freio de arrumação. Não é
possível mais ver tanto descaso com o dinheiro público. Não se pode ver mais
tanto sofrimento de nosso povo sem condições de viver com dignidade.
Isto é
tudo um começo.
Eu disse que o mundo vai mudar, vai mudar, vai mudar...mas
poucos estavam prestando atenção e olha aí uma amostra do que virá. O mundo vai
virar de ponta cabeça, não é assim que se diz?
As velhas estruturas estão por
demais ultrapassadas e exigem renovação imediata. Eu aqui já arrumei as minhas
tralhas mentais e joguei fora e você o que está fazendo com o lixo mental que
ainda inferniza a sua mente?
Quando cito estas coisas eu falo das ideias
novas que devemos colocar neste novo mundo que se inicia. Não é simplesmente uma
reciclagem de ideias, é uma completa varredura no que fazíamos para colocar algo
absolutamente novo, inédito.
As novas ideias que falo diz respeito ao novo
mundo que se constrói. No caso da política, a democracia ativa é uma novidade
que veio para chegar e não é somente aqui no Brasil. Na Europa já se respira
esta nova realidade há bastante tempo e não vai parar por aí.
Os políticos,
meus amigos, terão que ser representantes, de fato, do povo, mas o povo terá
mais condições de mudá-los e não apenas esperarão por quatro, cinco, seis anos,
o que seja, até porque o povo irá monitorar as ações dos seus representantes 24
horas e se sair do que a maioria pensa os tirarão imediatamente.
Democracia
ativa representa um novo conceito de política para os dias atuais, mas nada
diferente daquilo que já se exercitava na velha Grécia de Sócrates e Platão. É o
recomeço em novas bases, agora com a ajuda da tecnologia e em dimensões
inimagináveis por aqueles filósofos do amanhã.
Muita coisa vai mudar e eu vou
monitorá-los de informação do lado de cá da vida. A política é apenas uma face
destas mudanças transformacionais.
Não vai parar, não vai parar...
Um
abraço,
Helder Camara
22.6.13
TEMPO E EVOLUÇÃO
Todo minuto ocioso
No tempo que existe agora,
Ante a Lei da Evolução,
É tempo jogado fora.
*
Matemática da Vida,
Que a razão na contraria:
Minuto desperdiçado
É o futuro que se adia.
*
Perante o tempo que corre
Sem nunca voltar atrás,
Quem não caminha, não chega;
Quem não se esforça, não faz.
*
O homem de boa vontade,
Que sempre cumpre o dever,
Quanto menos tempo tem,
Mais tempo consegue ter.
*
Um minuto aproveitado
No bem, por mais pequenino,
Possui uma força capaz
De renovar o destino.
*
Não menosprezes a hora,
Gastando o minuto a esmo...
Quem vive matando o tempo
Vive abortando a si mesmo.
*
Sobre a Terra, tudo passa...
Passa a sombra, fica a luz,
O ódio cede ao amor,
E a vitória é de Jesus!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 15 de junho de 2013, em Uberaba – MG).
Todo minuto ocioso
No tempo que existe agora,
Ante a Lei da Evolução,
É tempo jogado fora.
*
Matemática da Vida,
Que a razão na contraria:
Minuto desperdiçado
É o futuro que se adia.
*
Perante o tempo que corre
Sem nunca voltar atrás,
Quem não caminha, não chega;
Quem não se esforça, não faz.
*
O homem de boa vontade,
Que sempre cumpre o dever,
Quanto menos tempo tem,
Mais tempo consegue ter.
*
Um minuto aproveitado
No bem, por mais pequenino,
Possui uma força capaz
De renovar o destino.
*
Não menosprezes a hora,
Gastando o minuto a esmo...
Quem vive matando o tempo
Vive abortando a si mesmo.
*
Sobre a Terra, tudo passa...
Passa a sombra, fica a luz,
O ódio cede ao amor,
E a vitória é de Jesus!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 15 de junho de 2013, em Uberaba – MG).
21.6.13
Oferenda à Deus
Onde encontrar a Deus senão dentro de nós mesmos. Nós
somos filhos do Pai, é verdade, mas precisamos fazer mais, além de ter
consciência desta paternidade divina, precisamos mostrar que nós somos
verdadeiramente parecidos com Ele.
E como podemos fazer isto, a pergunta não
se cala?
Ora, meus amigos, pareceremos cada vez mais com o Pai à medida que
fizermos o bem ao nosso irmão de caminho.
Quanto mais formos ao encontro do
nosso irmão em detenção, mais estaremos pertos do Pai.
Quanto mais dermos de
comer a quem tem fome, mais estaremos alimentando os filhos do Pai.
Quanto
mais socorrermos a quem chora em desespero, mais estaremos consolando os que o
Pai nos enviou.
Quanto mais estivermos em alerta para fazer o bem, mais
estaremos servindo ao Pai.
É assim que é a vida, meus filhos, não há outra
forma de agradar ao Pai senão fazendo o bem irrestritamente.
Há quem fale que
não pode servir ao Pai, que nada tem, que nada sabe fazer, que tem poucas
posses, mas esquece que o Pai opera em nós diante das nossas qualidades – e elas
não são poucas.
Meus queridos irmãos, quanto o Pai necessita de cada um de
vós, nestes tempos de turbulência, para promover o bem e dar mais um pouco de
esperança a todos os Seus filhos.
Estarás de bem com tua própria consciência
quando estiveres à disposição completa do Pai.
Olha ao teu redor, verás o
quanto precisam de ti a começar na tua própria família. Teus irmãos, teus pais,
teus primos, tios e por aí vai. Será que não tem um que está sem emprego e não
sabe o que fazer? Será que não há um parente doente e você pode visitar?
Trabalho para ajudar não vai faltar.
Vê agora perto de ti na vizinhança. Ah!
Vai ter demais. Não vai faltar vizinho para tua oferta redentora.
Vai mais
além. Onde trabalhas terás sempre um colega que não sabe alguma coisa e você
pode ajudar.
Se estás na escola, então, não faltará aquele que precisa de
explicação em algum assunto que você domina mais.
Como você poder ser útil,
filho de Deus, não imaginas o quanto.
E Deus Pai vai te ofertar estas
oportunidades, não hás de esperar e daqui a pouco, baterá mais um na tua porta,
dizendo:
- Fulano, tu não poderias me ajudar nisso?
Vai logo e serve a
Deus com carinho e desprendimento. Vai logo e cumpre a tua oferenda ao Pai. É
esta oferenda que Ele mais se agrada, servir despretensiosamente ao irmão de
caminho.
Que Deus nos abençoe!
Helder Camara
20.6.13
TRANSIÇAO PLANETÁRIA
DIVALDO PEREIRA FRANCO
A população terrestre
alcança a passos largos o expressivo número de sete bilhões de seres
reencarnados simultaneamente, disputando a oportunidade da evolução...
Embora
as grandes aquisições do conhecimento tecnológico e dos avanços da ciência na
sua multiplicidade de áreas, nestes dias conturbados os valores transcendentes
não têm recebido a necessária consideração dos estudiosos que se dedicam à
análise e à promoção dos recursos humanos, vivendo mais preocupados com as
técnicas do que com o comportamento moral, que é de suma importância. Por isso,
a herança que se transfere para as gerações novas que ora habitam o planeta diz
mais respeito à ganância, ao prazer dos sentidos físicos, à conquista de espaço
de qualquer maneira, dando lugar à violência e à desordem...
Têm ocupado
lugar o materialismo e o utilitarismo, contexto em que muitos se comprazem
distantes da solidariedade, da compaixão e dos espíritos fraternal, ante a
dificuldade da real vivência do amor, conforme ensinado e vivido por
Jesus.
Os indivíduos parecem anestesiados em relação aos tesouros da alma,
com as exceções compreensíveis.
Felizmente, o fim do mundo de que falam as
profecias refere-se àquele de natureza moral, com a ocorrência natural de
sucessos trágicos que arrebatarão comunidades, facultando a renovação, que a
ausência do amor não consegue lograr como seria de desejar...
Esses fenômenos
não se encontram programados para tal ou qual período, num fatalismo aterrador
como muitos que ignoram a extensão do amor de Nosso Pai divulgam, mas para um
largo período de transformações, adaptações, acontecimentos favoráveis à
vigência da ordem e da solidariedade entre todos os seres.
É compreensível,
portanto, que a ocorrência mais grave esteja, de certo modo, a depender do
livre-arbítrio das próprias criaturas humanas, cuja conduta poderá apressar ou
retardar a sua constituição, suavizando-a ou agravando-a...
Se as mentes, ao
invés do egoísmo, da insensatez e da perversidade, emitissem ondas de bondade e
de compaixão, de amor e de misericórdia, certamente o panorama na Terra seria
outro.
Compreendendo-se a transitoriedade da experiência física, no futuro a
psicosfera do planeta será muito diferente porque as emissões do pensamento
alterarão as faixas vibratórias atuais que contribuirão para a harmonia de todos
e para o aproveitamento do tempo disponível.
O amor de Nosso Pai e a ternura
de Jesus para com oSeu rebanho diminuirão a gravidade dos acontecimentos,
mediante também a compaixão e a misericórdia, embora a severidade da lei do
progresso.
Todos nos encontramos, desencarnados e encarnados, comprometidos
com o programa da transição planetária para melhor. Por essa razão, todos
devemos empenhar-nos no trabalho de transformação moral interior, envolvendo-nos
em luz, de modo que nenhuma treva possa causar-nos transtorno ou levar-nos a
dificultar a marcha da evolução.
Certamente, os espíritos fixados nas paixões
degradantes sintonizarão com ondas vibratórias próprias a mundos inferiores,
para eles transferindo-se por sintonia, onde se tornarão trabalhadores positivos
pelos recursos que já possuem em relação a essas regiões atrasadas nas quais
aprenderão as lições da humildade e do bem proceder. Tudo se encadeia nas leis
divinas, nunca faltando recursos superiores para o desenvolvimento moral do
espírito.
Nesse imenso processo de transformação molecular até a conquista da
angelitude, há vários meios propiciatórios para o crescimento intelecto-moral,
sem as graves injunções desagradáveis. Todos esses meios, entretanto, têm como
base o amor e o trabalho.
Assim, a divulgação do Espiritismo é de fundamental
importância por demonstrar a todos a imortalidade, a justiça divina, a
mediunidade, os mecanismos de valorização da experiência na reencarnação e o
imenso significado de cada momento existencial. Desse modo, convidemos a todos o
aprendizado pelo amor, à reflexão e ao labor da caridade fraternal com que se
enriquecerão, preparando-se para a libertação inevitável pela desencarnação,
quando ocorrer.
Louvar e agradecer ao Senhor do Universo pela glória da vida
que nos é concedida e suplicar-Lhe auxílio para sermos fiéis aos postulados do
pensamento de Jesus, nosso Mestre e Guia, constituem deveres nossos em todos os
momentos.
Entretanto, todos os trabalhadores do bem devem atentar para o fato
de que experimentarão o aguilhão da dificuldade, sofrerão o apodo e a
incompreensão desenfreada que têm sido preservados pela invigilância dos que
nada contribuem.
Todos serão chamados ao sacrifício, de alguma forma, a fim
de demonstrarem a excelência dos conteúdos evangélicos, considerando-se, por um
lado, as injunções pessoais que exigem reparação e, por outro, a fidelidade que
pede confirmação pelo exemplo.
Que se não estranhem as dificuldades que se
apresentam inesperadamente, causando, não poucas vezes, surpresa e angústia. Por
isso, o refúgio da razão apresenta-se o lugar seguro para reabastecer as forças
e seguir com alegria.
As entidades que se comprazem na volúpia da
vampirização das energias dos encarnados distraídos e insensatos, voltam-se
contra os emissários de Jesus onde se encontrem, gerando conflitos em sua volta
e agredindo-os com ferocidade. O trabalhador do Mestre, por sua vez, deve
voltar-se para a alegria do serviço, agradecendo aos Céus a oportunidade auto
iluminativa, sem que nisso ocorra qualquer expressão de masoquismo. Aliás,
constitui-nos uma honra qualquer sofrimento por amor ao ideal da verdade, à
construção do mundo novo.
Que o discernimento superior possa assinalar-nos a
todos, e que os mais valiosos recursos que se possuam sejam colocados à
disposição do Senhor da Vinha que segue à frente.”
Dr. Bezerra de Menezes
(espírito) em Amanhecer de uma nova era, de Manoel Philomeno de Miranda
(espírito), psicografia de Divaldo Franco.
19.6.13
12 RAZÕES PARA VOCÊ CONTINUAR SENDO ESPÍRITA
Diante do moralismo e
da intolerância de certos adeptos do Espiritismo, alguns companheiros chegam a
cogitar de deixaram a Doutrina, como se ela devesse responder pela ignorância e
arbitrariedade dos que se dizem seus seguidores.
Se você se encontra entre
esses companheiros que, aborrecidos com a postura de certos irmãos de Ideal,
planejam a própria deserção da seara espírita-cristã, com intuito de demovê-lo
do equivocado intento, listarei abaixo 12 razões para que você, com inalterável
alegria, persevere na fé libertadora que abraçou.
1 – O Espiritismo é uma
doutrina livre, que não possui chefes e nem donos – nele, a única autoridade é a
de Jesus Cristo.
2 – Para ser espírita ao seu modo, você não tem que dar
satisfações a ninguém.
3 – Absolutamente, não existe a menor necessidade de
que o seu grupo se filie a esse ou àquele Órgão centralizador, ao qual deva
prestar obediência ou se sujeitar a inspeção.
4 – Para ser médium onde e
como quer você não carece de outro aval que não seja o de sua própria
consciência.
5 – A opinião de qualquer espírita em torno de seu trabalho diz
respeito somente a ele, e, em essência, vale quase nada.
6 – A rigor, o
espírita convicto não precisa se dizer tal nem em pesquisa do IBGE.
7 – Se
não estiver satisfeito com o que acontece na casa que você frequenta, sem
comunicar nada a quem seja, pode sair dela, alugar um barraco e fundar o “seu”
próprio Centro Espírita.
8 – A quem, porventura, lhe rotule de
antidoutrinário, você deve simplesmente ignorar em sua tola pretensão de
patrulheiro doutrinário da conduta alheia.
9 - Não admita quem lhe queira
ensinar técnicas específicas de transmissão do passe, porque isto é
característica de cada um – o que conta é a simples imposição das mãos, sem
necessidade de toque direto, e o desejo de ser útil.
10 – Não há necessidade
de que você exiba atestado de santidade moral a quem, atrevidamente, lho
peça.
11 – Kardec codificou a Doutrina, mas, em verdade, a Revelação Espírita
está longe de ser concluída.
12 – Através das lentes da Fé Raciocinada, leia
tudo, e não apenas Espiritismo, porque, em realidade, o Espiritismo não está
contido apenas nas obras rotuladas de espíritas.
E, evidentemente, sem perder
a linha, você poderá simplesmente dizer a quem lhe vier aporrinhar com o intuito
de “enquadrá-lo” em suas ortodoxas concepções doutrinárias: - Não me venha
ensinar o que você não sabe!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 17 de
junho de 2013.
17.6.13
Por uma Manifestação Pacífica
Meus queridos
irmãos,
Vi esta semana um episódio com tremendo pesar. Vi manifestações de
extrema violência pelas ruas de São Paulo. Vi, estupefato, uma agressão
desnecessária às coisas públicas e, em resposta imediata, a repressão dos
policiais.
Que cena dantesca, meu Pai.
Não quero aqui entrar no motivo da
manifestação, por mais justa que ela pudesse vir a ser, por mais correto que
fosse o motivo, mas há que se encarar o seguinte: será necessária a violência
para se conseguir os seus interesses?
Não, claro que não, é óbvio.
Sempre
defendi o caminho da não violência e não é por estar “morto” que vou mudar, pelo
contrário, agora é que eu reforço os meus princípios. O que vi nas ruas de São
Paulo não foi manifestação ordeira, foi apedrejamento, destruição, correria de
intimidação, puro vandalismo.
Ora, para onde vai a violência senão na geração
de mais violência?
Penso que alguns destes meninos não estão bem
intencionados, não são o povo de verdade. O povão, pelo que vi, queria paz,
queria tranquilidade. Um ou outro falava palavras de ordem para não fazerem
aquilo, mas ensandecidos começavam a balburdia pública. Não é assim que se
faz.
Vi, com olhos de espírito, uma turba se aproveitar da situação e tocar
fogo naquilo que se ensaiava. Enfurecia ainda mais a massa em desordem. Eles, do
lado de cá, não perdem tempo para comprometer a paz, adoram uma desordem
pública, fazem a festa.
Eu quero pedir a todos eles que revisem seus
posicionamentos, conversem civilizadamente com as autoridades públicas e busquem
causas nobres para defender e de maneira sempre pacífica.
Olha o nosso
meio-ambiente como sofre.
Perceba com estão os morros e as casas miseráveis.
Por que não se juntam em mutirão para edificar casas decentes?
Verifique a
situação da carestia no aumento do preço dos produtos alimentícios e orientem a
buscar aqueles mais baratos.
Façam iniciativas populares com inteligência e
resultado, não com bagunça e sem ordem.
Ah! No meu tempo a juventude agia de
outra forma. Era aguerrida, não se intimidava com a ditadura militar, mas se
juntavam o tempo todo para a defesa da liberdade e das injustiças. Afora os
radicais de plantão, davam lições de democracia civilizada em defesa de uma
causa justa.
Busquem causas que enobreçam a luta e ajam com consciência e
paz. Vocês verão que a conquista já estará a caminho.
Fiquem na
paz!
Helder Camara
14.6.13
Mudanças na Igreja
Irmãos,
Tenho
compartilhado de perto, quando posso, da ação de nosso Papa Francisco. Como
estou a admirar este homem de Deus. Veio no tempo certo, mas muitas agruras
ainda o aguardam. Algumas decisões são esperadas e ele, por receio de não errar,
ainda não as tomou. Vem coisa séria por aí, é só aguardar.
Ele pensa
detidamente cada passo que vai dar por causa da investidura do cargo que
ostenta. Por ele, por vontade pessoal, já teria realizado uma série de mudanças
de alto impacto, mas ele sabe que não é bem assim e depois de um passo dado não
se pode mais voltar atrás. É a nossa Igreja.
Penso nele todos os dias nas
minhas preces. Ainda raciocino como padre aqui no “mundo dos mortos-vivos”. Não
larguei a batina e tampouco os cacoetes de vigário. É isso mesmo, a gente se
prende a determinadas coisas e não quer soltar. Não me vejo um Helder comum, sem
ser padre, embora me digam por aqui que estas coisas também necessitamos nos
desapegar.
Voltemos ao nosso Papa Francisco. Ele esta cercado de diversas
autoridades eclesiásticas que lhe sugerem mudanças de relevo na Igreja. Outras,
mais receosas, pedem que tenha mais moderação no que vai fazer e aponta as
consequências de suas decisões. Ele está a ponderar, mas, às vezes, se cansa por
não estar fazendo o que gostaria de fazer.
Lembra-me, então, o Papa bom, o
meu querido João XXIII. O Papa João passava por igual situação e eis que um dia,
vendo-se pressionado por todos os lados, bateu a mão e resolveu fazer tudo
aquilo que sempre pensou e não podia, afinal, agora era papa.
É esta situação
que vislumbro que em pouco tempo ocorrerá com o Papa Francisco. Ele sabe o que
quer, mas sabe também aquilo que não é conveniente fazer e pensa como deve ser
feito.
O fato é que a nossa Igreja reclama mudanças. Ora, isto já ocorreu há
50 anos com o Concílio Vaticano II, mas muitas mudanças ali sugeridas e
aprovadas não foram adiante. Agora, o tempo não corre a nosso favor. As mudanças
se impõem porque o mundo já é outro, queiramos ou não.
O Papa Francisco
reflete e vê até que ponto pode – e deve – implantar tais mudanças. Algumas de
relevo, outras nem tanto, mas ficar como está, isto não mais.
Quando expresso
sobre estas mudanças, considero-as importantes, porque elas refletem na vida de
milhões, bilhões de pessoas, e, em particular, a consciência de cada cidadão de
Deus.
Do universo católico, iniciativas podem ocorrer que levem o mundo para
novos ares diplomáticos e de relações entre os povos. Há muito que o Vaticano
pode fazer e daria exemplo para mudanças profundas no mundo ocidental e que
teria ressonância na parte oriental do planeta.
Que Deus ajude ao Papa
Francisco a cumprir a sua missão divina.
Paz para todos!
Helder
Camara
13.6.13
DIVÓRCIO E LAR
Indubitavelmente o divórcio é
compreensível e humano, sempre que o casal se encontre à beira da loucura ou da
delinqüência.
Quando alguém se aproxima, reconhecidamente, da segregação
no cárcere ou no sanatório especializado em terapias da mente, através de
irreflexões com que assinala a própria insegurança, é imperioso se lhe estenda
recurso adequado ao reequilíbrio.
Feita a ressalva, e atentos que devemos
estar aos princípios de causa e efeito que nos orientam nas engrenagens da vida,
é razoável se peça aos cônjuges o máximo esforço para que não venham a
interromper os compromissos a que se confiaram no tempo. Para que se atenda a
isso é justo anotar que, muitas vezes, o matrimônio, à feição de organismo vivo
e atuante, adoece por desídia de uma das partes. Dois seres, em se unindo no
casamento, não estão unicamente chamados ao rendimento possível da família
humana e ao progresso das boas obras a que se dediquem, mas também e
principalmente - e muito principalmente - ao amparo mútuo.
Considerado o
problema na formulação exata, que dizer do homem que, a pretexto de negócio e
administração, lutas e questões de natureza superficial, deixasse a mulher sem o
apoio afetivo em que se comprometeu com ela ao buscá-la, a fim de que lhe
compartilhasse a existência?. E que pensar da mulher que, sob a desculpa de
obrigações religiosas e encargos sociais, votos de amparo a causas públicas e
contrariedades da parentela, recusasse o apoio sentimental que deve ao
companheiro, desde que se decidiu a partilhar-lhe o caminho?.
Dois
corações que se entregam um ao outro, desde que se fundem nas mesmas promessas e
realizações recíprocas, passam a responder, de maneira profunda, aos impositivos
de causa e efeito, dos quais não podem efetivamente escapar.
Todos
sabemos que no equilíbrio emocional, entre os parceiros que se responsabilizam
pela organização doméstica, depende invariavelmente a felicidade caseira.
Por isso mesmo, no diálogo a que somos habitualmente impelidos, no intercâmbio
com os amigos encarnados na Terra, acerca do relacionamento de que carecemos na
sustentação da tranqüilidade de uns para com os outros, divórcio e lar
constituem temas que não nos será lícito esquecer.
*
Se te encontras
nas ondas pesadas da desarmonia conjugal, evoluindo para o divórcio ou qualquer
outra espécie de separação, não menosprezes buscar alguma ilha de silêncio a fim
de pensar.
Considera as próprias atitudes e, através de criterioso
auto-exame, indague por teu próprio comportamento na área afetiva em que te
comprometeste, na garantia da paz e da segurança emotiva da companheira ou do
companheiro que elegeste para a jornada humana. E talvez descubras que a causa
das perturbações existentes reside em ti mesmo. Feito isso, se trazes a
consciência vinculada ao dever, acabarás doando ao coração que espera por teu
apoio, a fim de trabalhar e ser feliz, a quota de assistência que se lhe faz
naturalmente devida em matéria de alegria e tranqüilidade, amor e
compreensão.
Na Era do Espírito - Francisco C. Xavier - Emmanuel
11.6.13
CENTROS ESPÍRITAS VAZIOS?!
Companheiros
encarnados, com justa razão, têm manifestado preocupação com alguns Centros
Espíritas vazios, ou seja, pouco frequentados.
Evidentemente que não se pode
generalizar, já que muitos outros Centros apresentam excelente média de
frequentadores em suas concorridas reuniões.
Quais seriam, porém, os motivos
de, talvez, a maioria dos grupos espíritas não estar conseguindo agregar, em
suas reuniões, significativo número de frequentadores regulares?
De minha
parte, apenas com o propósito de colaborar com os que vêm estudando o assunto,
naturalmente preocupados com o futuro do Movimento, tomarei a liberdade de
enumerar algumas das razões que consigo vislumbrar:
1 – Falta de
exemplificação da Mensagem por parte de suas lideranças, que mantêm considerável
distância dos frequentadores da Casa – às vezes, sequer os cumprimenta.
2
– Dirigentes centralizadores, que, por ciúme de seus cargos, não concedem espaço
para trabalhar àqueles que estão chegando agora.
3 – Reuniões excessivamente
teóricas, priorizando a prática mediúnica em detrimento à prática das tarefas
assistenciais, que consideram secundárias.
4 – Ausência de intercâmbio com
outros grupos e seareiros, na crítica sistemática contra médiuns e oradores com
opiniões divergentes de seus diretores personalistas.
5 – Falta de incentivo
aos jovens na Mocidade Espírita, que, praticamente, está se extinguindo.
6 –
Pouco ou quase nenhum apoio à Evangelização Infantil, à qual não se destina
indispensável investimento humano e espiritual.
7 – Diretores que não se
preocupam em formar novos colaboradores da Causa.
8 – Ingerência dos Órgãos
Unificadores que apontam o problema, mas não se dispõem auxiliar para que sejam
devidamente solucionados.
9 – Carência de verdadeira fraternidade nas
reuniões, promovendo necessária abertura aos companheiros que se dedicam à Arte
Espírita, tornando a referidas reuniões menos cansativas e rotineiras.
10 –
Falta de palestras doutrinárias cujos temas, deixando de ser maçantes e
repetitivos, sejam apresentados com certa leveza, interessando a todos.
11 –
Buscar a periferia, na certeza de que somente o trabalho na periferia fortalece
o Centro – foi assim que o Espiritismo cresceu no Brasil!
12 – Tornar o
próprio ambiente físico do Centro mais agradável – iluminado e florido, por
exemplo! Reunião espírita não é velório!
13 – Não falar em Kardec sem falar
em Jesus, e não falar em Jesus e Kardec sem falar em Chico Xavier.
14 – Não
pregar moralismo.
15 – Semear e semear, incansavelmente, sem ter pressa de
colher.
Não podendo a referida falha estar na excelência da mensagem que,
na revivescência do Evangelho, a Doutrina veicula, ela só pode estar com aqueles
que não se mostram aptos para apresentá-la a quem por ela procura.
INÁCIO
FERREIRA
Uberaba – MG, 10 de junho de 2013.
10.6.13
Consciência Planetária
Como ver o mundo?
Já
pensou nisto, meus amigos, como você vê o mundo. Pensamos unicamente sobre o
nosso mundo pessoal, pouquíssimos se preocupam com o mundo como um todo. Seu
universo é o universo do seu olhar, de suas atividades, de suas preocupações.
Não queremos saber de mais nada a não ser aquilo que nos compete no dia-a-dia.
Isto é egoísmo, meus caros, pois você não está só no mundo.
Quando vemos o
mundo com outras lentes, com lentes de ajuda, de cooperação, passamos a ver o
mundo como uma grande casa que nos abriga e não apenas o pedacinho que
habitamos. É esta consciência planetária que chamo a atenção na reflexão de
hoje.
Quando estamos sós, tendemos a entrar no nosso mundo interior.
Perguntamos sobre a nossa vida, o que estamos fazendo com ela, o que nos torna
felizes e assim por diante. É um olhar interior. Quando, porém, somos içados a
pensar globalmente a história é outra, até porque não sabemos direito por onde
começar.
Quando eu era bispo tinha a necessidade de ter este olhar, um olhar
maior do que aquele da minha comunidade. Preocupava-me com os grandes problemas
mundiais: fome, miséria, guerras, economia, tudo me chamava a atenção, sobretudo
aquilo que tinha impactos globais.
Minha percepção se ampliou e passei a ver
tudo em conexão. Nada acontece por acaso, tudo ocorre refletindo algo de outro
lugar e assim sucessivamente. Percebi, então, que estávamos sempre em rede.
Tudo, literalmente tudo, está interconectado.
Do lado de cá da vida esta
minha percepção se ampliou. Tudo faz mais sentido, tudo está num emaranhado de
causas e consequências, é assim que funciona o mundo.
Portanto, a sua atitude
faz sentido para o mundo e é fundamental. Aparentemente uma ação isolada pode
causar impacto global. A experiência de alguém no campo da saúde, por exemplo,
sendo exitosa, se pode copiar para grandes partes do mundo, a partir de algo
criado isoladamente, para atender a uma necessidade local. Do mesmo modo,
experiências de outros lugares são copiadas ou adaptadas por muita
gente.
Somos, meus irmãos, cidadãos do mundo. Não estamos sós em nossa
comunidade. Somos artífices de transformações globais. Sendo assim, parte para
fazer bem feito a sua atividade particular de ajuda ao próximo, pois ela pode
servir de exemplo para milhões de pessoas mundo afora.
Sai, enquanto antes,
do seu mundinho privado e tenta compartilhar de interesses comunitários. Há
coisas, acredite, que somente você tem aquele jeito particular de fazer e sua
contribuição será enorme, fará a diferença.
Nestes dias difíceis, meus
amigos, todos são importantes e não podemos ficar de braços cruzados vendo o
sofrimento alheio sem nada fazer. Você também é responsável porque poderia
produzir algo que faria a diferença para alguém.
Que Deus nos
abençoe!
Helder Camara
8.6.13
JESUS NO LEME
Embora a Terra de hoje se pareça
Com uma nau à deriva em pleno mar,
E que prestes esteja a soçobrar
Na vastidão do abismo em que pereça...
Embora o mundo assim se reconheça,
Na indômita procela a navegar,
Ante as ondas que o querem arrastar
Para onde, por fim, desapareça...
E a Humanidade, atônita e descrente,
O desastre fatídico pressente,
Da grande embarcação que estala e geme...
Contrariando a quem o esperará,
Tal naufrágio jamais sucederá
Porque as mãos de Jesus estão no leme!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, em Uberaba – MG).
Embora a Terra de hoje se pareça
Com uma nau à deriva em pleno mar,
E que prestes esteja a soçobrar
Na vastidão do abismo em que pereça...
Embora o mundo assim se reconheça,
Na indômita procela a navegar,
Ante as ondas que o querem arrastar
Para onde, por fim, desapareça...
E a Humanidade, atônita e descrente,
O desastre fatídico pressente,
Da grande embarcação que estala e geme...
Contrariando a quem o esperará,
Tal naufrágio jamais sucederá
Porque as mãos de Jesus estão no leme!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, em Uberaba – MG).
7.6.13
Louvar a Deus
O que é o louvor?
Louvar
é elevar o nome de quem pronunciamos ou pensamos.
Louvar é enaltecer, é tirar
do raso e jogar nas alturas.
Louvar é sentir-se menor, mas em função de
respeito e comiseração.
Meu Pai, louvo a Ti sempre. Dá-me graças para poder
continuar não a Te louvar, mas a Te servir. Servindo-te, Pai, creio eu, estarei
Te louvando na melhor expressão.
Louvar significa reconhecer que há algo além
e maior do que nós. Dá-nos, no caso de Deus, a dimensão exata do que somos. Não
que Deus, na sua onipotência, queira nos rebaixar, nada disso, mas ao reconhecer
a grandeza divina nos colocamos humildemente para servi-Lo.
Meus queridos
amigos, a palavra louvação insere em nós o poder de elevar-se ao Criador toda
vez que o fazemos. Louvar é chegar mais perto de Deus.
Passo a minha vida a
louvar. Alguém já me disse, certa vez, que louvo demais, que Deus já sabe que eu
me coloco aos seus pés, então respondo graciosamente:
- Louvo a Deus sempre
para não me impressionar com a minha pequenez e transformá-la em vaidade. É por
isso que preciso sempre saber que há algo maior do que eu para não despertar o
monstro da vaidade dentro de mim.
Se todos soubessem o valor da louvação,
louvariam sempre. Agora mesmo, ao acordar, louvariam a Deus pela natureza que
ora esparge-se em chuva. Se sol fizesse, igualmente, louvaria pelo sorriso largo
da manhã, porque é assim que sinto a Deus numa manhã azulada, é como se Ele
estivesse a nos sorrir.
Louva-se a Deus no entardecer. É Ele nos chamando
para a nossa introspecção, para o nosso recolhimento interior. Apaga-se a luz de
fora para que possamos nos lembrar em acender a luz de dentro, eis a metáfora do
Criador.
Louvo a madrugada. Ela nos convida a recomeçar sempre. Deus, na Sua
imensa sabedoria, dá-nos pistas de Suas leis eternas nos fenômenos da natureza.
A madrugada nos lembra vida nova a cada dia. Renascimento constante, eis o
convite de Deus Pai.
Pai, quero Te louvar sempre e espero que compreendas
que, se assim o faço, é para dizer-Te do meu amor por Ti, pelo meu
incomensurável amor.
Louvo a Ti, Pai, hoje e sempre!
Helder Câmara
6.6.13
PEDRO TU ME AMAS? (João cap. 21; 14-17)
Esta foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois que ressuscitou dos mortos.
Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, você me ama realmente mais do que estes? " Disse ele: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Disse Jesus: "Apascenta meus cordeiros".
Novamente Jesus disse: "Simão, filho de João, você realmente me ama? " Ele respondeu: "Sim, Senhor tu sabes que te amo". Disse Jesus: "Apascenta as minhas ovelhas".
Pela terceira vez, ele lhe disse: "Simão, filho de João, você me ama? " Pedro ficou magoado por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez "Você me ama? " e lhe disse: "Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo".
Disse-lhe Jesus: "Apascenta as minhas ovelhas".
Este encontro entre Jesus e Pedro, que ocorre após a ressurreição de Cristo, é importante porque ele nos revela como Deus exalta aqueles que são capazes de reconhecer seus pecados. De fato só há exaltação para os que se humilham.
Pedro havia sido dominado pela fraqueza e veio a negar que era um dos discípulos de Cristo por três vezes. Certamente a consciência de Pedro o acusava ao se lembrar deste fato. É terrível a experiência de sermos réus de nossa própria consciência. Pedro certamente sentia-se assim.
Nestes versículos que lemos, Jesus conduz Pedro a ter uma experiência que removeria a mancha do pecado que aquele discípulo cometeu ao negar a Cristo por três vezes.
Uma vez que Pedro havia pecado publicamente, também era importante que fosse restaurado publicamente diante dos outros discípulos de Cristo. Uma vez que Pedro havia negado por três vezes a Cristo, Jesus também lhe faz por três vezes a mesma pergunta.
Por três vezes Jesus diz a Pedro: “apascenta as minhas ovelhas”. Ao dizer isso, Jesus esta querendo que Pedro compreenda que amor se prova com gestos, não apenas com palavras. Muitas vezes dizemos que Jesus ama aos pecadores, mas será que nós os amamos. Muitas vezes dizemos que Jesus salva, mas será que estamos anunciando esta salvação? Pedro estava repetindo que amava a Cristo, mas Jesus estava lhe mostrando que seu amor seria provado apascentando as ovelhas.
Esta foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois que ressuscitou dos mortos.
Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, você me ama realmente mais do que estes? " Disse ele: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Disse Jesus: "Apascenta meus cordeiros".
Novamente Jesus disse: "Simão, filho de João, você realmente me ama? " Ele respondeu: "Sim, Senhor tu sabes que te amo". Disse Jesus: "Apascenta as minhas ovelhas".
Pela terceira vez, ele lhe disse: "Simão, filho de João, você me ama? " Pedro ficou magoado por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez "Você me ama? " e lhe disse: "Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo".
Disse-lhe Jesus: "Apascenta as minhas ovelhas".
Este encontro entre Jesus e Pedro, que ocorre após a ressurreição de Cristo, é importante porque ele nos revela como Deus exalta aqueles que são capazes de reconhecer seus pecados. De fato só há exaltação para os que se humilham.
Pedro havia sido dominado pela fraqueza e veio a negar que era um dos discípulos de Cristo por três vezes. Certamente a consciência de Pedro o acusava ao se lembrar deste fato. É terrível a experiência de sermos réus de nossa própria consciência. Pedro certamente sentia-se assim.
Nestes versículos que lemos, Jesus conduz Pedro a ter uma experiência que removeria a mancha do pecado que aquele discípulo cometeu ao negar a Cristo por três vezes.
Uma vez que Pedro havia pecado publicamente, também era importante que fosse restaurado publicamente diante dos outros discípulos de Cristo. Uma vez que Pedro havia negado por três vezes a Cristo, Jesus também lhe faz por três vezes a mesma pergunta.
Por três vezes Jesus diz a Pedro: “apascenta as minhas ovelhas”. Ao dizer isso, Jesus esta querendo que Pedro compreenda que amor se prova com gestos, não apenas com palavras. Muitas vezes dizemos que Jesus ama aos pecadores, mas será que nós os amamos. Muitas vezes dizemos que Jesus salva, mas será que estamos anunciando esta salvação? Pedro estava repetindo que amava a Cristo, mas Jesus estava lhe mostrando que seu amor seria provado apascentando as ovelhas.
Josias Moura de Menezes
5.6.13
Questão 210 do Livro dos Espíritos.
EFICÁCIA DA ORAÇÃO
A oração muito
pode na engrenagem da vida humana e mesmo divina. Ela comanda e purifica os
nossos sentimentos, nos dando forças nos momentos de fraqueza.
A oração é
dotada do dom de sublimar na área humana.
No entanto, em muitos lugares não cabe à oração
interferir. No caso da pergunta 21O, em "O Livro dos Espíritos", ela não pode
mudar a necessidade do espírito e a vontade de Deus, em fazer renascer um
espírito inferior em uma família para o devido aprendizado. Se assim acontecer,
para onde irão os espíritos que ainda não atingiram o esclarecimento necessário
para o seu despertamento espiritual?
A oração, neste caso, pode ajudar
muito, mas, não muda a vontade de Deus; o espírito inferior nasce, porém em
condições melhores, devido à força da prece dos pais. Deve-se sempre orar,
cultivando a caridade, fazer o culto do Evangelho no lar, porque os que retornam
à carne, encontrando este ambiente, sentem a felicidade e a esperança nas suas
novas lutas, e podem, com isso, precaverem de muitos males. Plantemos a semente
do amor que colheremos os frutos da fraternidade. Nada se perde, não nos
esqueçamos desta verdade, e o bem, esse é eterno. Ele se irradia buscando, com
valores acrescentados, a fonte geradora.
As necessidades dos nossos irmãos
inferiores, de voltarem à Terra, são maiores mesmo que as dos espíritos de alta
estirpe. Como iremos ajudar pela força e eficiência da caridade aos que não
precisam da nossa ajuda? Os doentes são os que precisam de tratamentos, e com
urgência.
Os maus filhos são realmente uma provação para os pais, dando
oportunidade para os mesmos de ressarcirem velhos débitos e a obrigação de quem
deve é pagar com alegria, senão com amor. Nunca queiramos mudar as coisas que
não podem ser mudadas. A justiça divina não erra na sua computação, em qualquer
lugar do universo. E quem procura andar na justiça está se abeirando à lei do
amor, e sentindo seu perfume que se alojará no coração.
Tanto o pai quanto a
mãe devem emprestar aos filhos, em geração, bons pensamentos, boas idéias e
sentimentos puros, porque eles se encontram ligados aos pais por fios
invisíveis, mas reais, e passam a pensar do mesmo modo que seus genitores. É
nesse sentido que a oração é bem mais valiosa, porque anima e dá esperança aos
que estão chegando, por vezes com grandes promessas de renovação. Ajudemo-los
pelo proceder, ajudemo-los pela conduta em Cristo, que os seus caminhos
iluminar-se-ão de forma a aliviá-los dos males que os esperam em estradas de que
as vezes não se recordam.
Os pais devem se lembrar da brida da disciplina e
não se esquecerem da oração todos os dias, que ela os livrará de muitos males,
porque é o filho pedindo ao Pai, e Jesus já disse: "Pedi e obtereis". Os filhos,
sejam eles quais forem, são flores de Deus nos caminhos humanos. Façamos o que
pudermos na educação destes espíritos porque, em primeiro lugar, eles são filhos
de Deus.
Vai chegar a nossa vez de sermos filhos novamente, e somente
colheremos o que plantarmos agora. O futuro é uma oportunidade preparada no
passado, que não erra o endereço do necessitado que a fez; essa é a lei da
Justiça e do amor.
Não queiramos, portanto, escolher apenas espíritos
angélicos para renascerem em nosso meio familiar. Oremos sempre por aquele que
deve vir por vontade de Deus, que a assistência de Jesus nos fará
felizes.
Livro: Filosofia Espírita V - João Nunes Maia -
Miramez
4.6.13
HUMANIDADE – SUICÍDIO COLETIVO?!
Rubens Ricupero, articulista do jornal
“Folha de São Paulo”, escreveu, no último dia 27 de maio, interessante artigo
subordinado ao tema: “É inevitável o suicídio coletivo?”
Através do médium
que dele se inteirou, chegando a mim, o assunto abordado me interessou, porque,
de certa maneira, vem de encontro ao meu pensamento de espírito desencarnado, e
tem sido entre nós, deste Outro Lado da Vida, objeto de muitas
preocupações.
O referido articulista, logo no primeiro parágrafo de seu
arrazoado, alertou, e com razão, que “em 10 mil anos de história, é a primeira
vez que a Humanidade tem o poder de cometer suicídio coletivo”...
Não
obstante, a sua linha de raciocínio se prende a questões de natureza ecológica,
afirmando que, dias atrás, a Humanidade ultrapassou “o sinal amarelo no rumo da
destruição”, porque, segundo dados científicos, a atmosfera terrestre “registrou
400 partículas de dióxido de carbono por um milhão”!
Claro que, neste campo,
o desastre que se desenha não é propriamente para agora, mas para as futuras
gerações, que, segundo ele, haverão de invejar os insetos, que, talvez, venham a
sobreviver à catástrofe que a insensibilidade humana está preparando!
Ah, que
falta faz o conhecimento da Reencarnação aos homens em geral, que, então,
simplesmente não dariam de ombros aos que imaginam que haverão de herdar o solo
fecundo da Terra transformado no árido solo de Marte.
Contudo, este não é o
viés dos comentários que desejamos efetuar na postagem semanal deste Blog,
porque, embora já esteja a morrer lentamente, o óbito do planeta ainda levará
algumas décadas para se concretizar.
Antes da anunciada morte do orbe
terrestre, pelo descaso do homem com a Natureza, a continuar neste ritmo,
ocorrerá o suicídio moral da Humanidade!
E, para se chegar a semelhante
dedução, ninguém carece de ser Nostradamus...
No mesmo citado periódico, nos
deparamos, por exemplo, com outras manchetes: “Miséria ainda persiste na
educação”, “França vê indício de ‘terrorismo’ islâmico em ataque”, “Foguetes
atingem áreas do Hizbullah”, “Rebeldes maoístas matam 23 em ataque a comboio de
políticos” – isto tudo só no primeiro caderno, em notícias de um dia só!
E o
que dizermos do “crack”, a droga que não mais se restringe aos mais pobres,
exterminando – literalmente, exterminando –, em todos os níveis sociais, com a
nova geração, ante a impassividade dos governos, quase todos mancomunados com as
Trevas?!
A questão da disseminação da droga no mundo, a nosso ver, chega a
ser muito mais grave que a questão ambiental! Mais do que árvores e rios, estão
morrendo os jovens, vendo frustradas as suas tentativas de aprendizado na
reencarnação – os que não estão morrendo por overdose, estão morrendo
moralmente, inutilizando-se para a presente existência no corpo e, quiçá, outras
mais!
Por tal motivo – não me creiam apocalíptico –, eu sou daqueles
espíritos que, na atualidade, estão enxergando numa provação coletiva sem
precedentes a única chance de sobrevivência, física e moral, para a
Humanidade.
Porque a Humanidade é um corpo com membros gangrenados, e, para
impedir o seu decesso, será preciso recorrer à drástica medida da
amputação!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 3 de junho de 2013.
3.6.13
A Próxima Sopa
As grandes cidades esquecem os seus pobres.
No meu
Recife, então, até parece que eles fazem parte da paisagem urbana. Como é que
pode? Os mendigos estão em toda parte e as pessoas o que fazem? Nada. Apenas se
incomodam com aquilo que lhes parece estranho, nojento, e repulsam. Pensam
horrores, mas nada fazem. Este assunto não lhes pertence, é coisa do governo.
Será mesmo?
É claro que os governos instituídos devem acabar com as diversas
expressões da miséria, mas é governo é parte do povo organizado
institucionalmente, então é nossa responsabilidade também. Como povo, como
gente, como cidadão, como cristão.
Não se pode olhá-los pela rua e fingir que
não se vê. Eles estão ali na frente dos nossos olhos. Se dormem na rua é porque
não têm casa. Se pedem alimentos é porque não têm o que comer. Se fazem
publicamente as suas necessidades fisiológicas é porque não possuem banheiro.
Mas, o que eles não possuem mesmo é esperança. Esperança no viver.
O que
todos eles precisam é buscar em si os elementos para viverem com dignidade. Eu
sei, alguns vão afirmar, mas o governo lhes dá um teto e eles não vão, é
verdade, mas o que estou falando aqui não é somente do teto físico, mas é o do
abrigo moral e espiritual.
Vejo os nossos irmãos de diversas religiões saírem
à noite para dar sopa aos nossos irmãos desprotegidos. Que bela iniciativa, mas
é esta a solução para o problema? Eles continuarão lá no outro dia a esperar a
próxima sopa. E a miséria perdurará.
Penso que as igrejas, de modo geral,
poderiam juntar as mãos e num esforço conjunto determinarem o seguinte: de hoje
em diante ninguém mais dormirá ao relento.
Não foi Jesus que nos disse que
quando déssemos de comer, de vestir ou abrigo a alguém era a ele que estaríamos
dando? Então, por que haveremos de deixar o Nosso Senhor Jesus Cristo desta
maneira nas ruas?
Onde está o apelo do Cristo para nossa ação
libertadora?
O Cristo não veio para se conformar com a realidade posta, veio
para se insurgir diante da injustiça, da falta de sensibilidade com o outro, das
estruturas desiguais.
Assumir ao Cristo nas nossas vidas é estar
permanentemente inconformado com o status quo, enquanto ele for perverso,
desumano, desigual.
Que Deus sensibilize corações e mentes de todos para
erradicar a miséria de vez das nossas paisagens urbanas e rurais, somente assim
é que estaremos construindo de verdade o Seu Reino entre os homens.
Que Deus
nos abençoe!
Helder Camara
1.6.13
TUA CRUZ
Não largues tua cruz ao pó da estrada,
Qual quem atira rude fardo ao chão,
E, rebelde, se entrega à deserção,
Da prova que lhe oprime a alma cansada.
Um dia, de alma mais amargurada,
Perdido em tua rota de ascensão,
Hás de voltar atrás, aonde, então,
Deixaste a própria cruz abandonada.
Porém, ao retomá-la com ternura,
Trilhando a mesma estrada que te apura,
Não mais te sentirás desnorteado...
Porque a verdade é que seguir sem ela,
A cruz que nos teus braços se revela,
É caminhar sem norte e sem cajado!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 25 de maio de 2013, em Uberaba – MG).
Não largues tua cruz ao pó da estrada,
Qual quem atira rude fardo ao chão,
E, rebelde, se entrega à deserção,
Da prova que lhe oprime a alma cansada.
Um dia, de alma mais amargurada,
Perdido em tua rota de ascensão,
Hás de voltar atrás, aonde, então,
Deixaste a própria cruz abandonada.
Porém, ao retomá-la com ternura,
Trilhando a mesma estrada que te apura,
Não mais te sentirás desnorteado...
Porque a verdade é que seguir sem ela,
A cruz que nos teus braços se revela,
É caminhar sem norte e sem cajado!...
Eurícledes Formiga
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 25 de maio de 2013, em Uberaba – MG).
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