Colombina
Antes a senda transformada,
A morte lembra clarão
Do Sol atingindo alvorada,
Em meio da escuridão.
Não existe frase alguma
Que defina a paz inteira
Quando a morte rompe a bruma
Da lágrima derradeira.
Ao erguer-me a agonia
Na vida que continua,
Transtornada de alegria
Beijei as pedras da rua.
Da morte a gente se aparta,
Como quem sai de um crisol,
Lagarta dorme lagarta
E acorda falena ao Sol...
Vi, em sublime transporte,
No instante d despedida,
Toda a alegria da morte,
Toda a tristeza da vida.
Antes da morte, cala o grito
No qual te queixas em vão,
A mote é o anjo bendito
Da grande libertação.
Livro: Ação, Vida e Luz –
Francisco C. Xavier – Espíritos Diversos.
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