Meus
Queridos Amigos,
Antes,
muito antes de tudo acontecer, tive a impressão que a vida duraria para sempre. Era um estado de espírito que me
dizia isto, uma certeza interior.
Absorvi a graça de Deus que é viver como um dom supremo concedido pelo Pai a todos os seus filhos e que deveria
usufruir desta oportunidade bendita da
melhor maneira possível.
Fui
intensamente prejudicado pelos fatos do dia-a-dia que me traziam sobressaltos daquilo que gostaria de fazer e não fiz, mas, depois,
refletindo melhor, percebi que eles me empurraram a fazer coisas que
jamais as teria feito se seguisse o
curso normal dos meus pensamentos, das minhas
ideias. E hoje estou aqui a escrever sobre a vida eterna, a vida do
espírito, na condição de um deles.
É por
demais prazeroso para mim poder me expressar e ser reconhecido por muitos de que continuo vivo e consciente de
minhas responsabilidades. Sei, também, da descrença de outros em não acreditar que sou eu nestas linhas. Paciência é tudo
que posso dizer nesta hora, pois que a eternidade os espera também e eles verão
com os próprios olhos aquilo que hoje descrevo tão bem pelas linhas da
psicografia santa.
Esta
história de falar com os espíritos sempre me foi afeito em vida física.
Conversava com Deus nas minhas orações, mas, vez por outra, ouvia respostas aos
meus questionamentos mais íntimos. De onde viriam estas respostas,
perguntava-me. De Deus diretamente para mim? - Pode ser, pensava. Mas, das
respostas outras perguntas me faziam e, muitas vezes, mantinha um longo
diálogo. Comecei a perceber, com o tempo, que havia uma variação nas respostas,
no estilo das respostas, no jeito peculiar de encaminhar os assuntos. Quem
poderia ser além de Deus, indaguei-me. Foi então que passei a admitir a
possibilidade dos espíritos do Senhor me acompanhar. Amigos espirituais, diria
hoje.
Foi neste
relacionamento contínuo que descobri a figura de Padre José, meu confessor de
todas as horas. Ah! Este meu bondoso e paciente amigo que aprendi a admirar
mais e mais. Ele com a sua paciência, eu com a minha devoção. Era ele o meu
ponto de partida diária com o tempo. Falava com ele que me dava algumas
instruções, fazia algumas reflexões comigo e ia eu lá a fazer as minhas coisas.
Este companheiro incansável seguiu-me até a morte física. Aqui, ao acordar com
os olhos do espírito, vi-o resplandecente de alegria a dizer-me: "E aí,
Helder, combatemos o bom combate?" - Claro que sim, respondi solícito a
ele. Que bom amigo tive nesta minha última estada na Terra. Que bom foi tê-lo
comigo dividindo muitas das minhas dúvidas, dos meus pesares, das minhas
queixas. Ele acientemente tudo ouvia e dizia as coisas que eu precisava ouvir.
E você,
meu irmão e minha irmã, você conversa com o seu amigo espiritual próximo como
eu fazia?
Todos
temos amigos no espaço, estando na carne ou fora dela, mas um em especial nos
acompanha, nos dá forças, compartilha conosco da dádiva da vida. Se você acha
que está sozinho nesta jornada terrena passe a reconsiderar os seus passos na
Terra e participar com ele das suas decisões. As decisões serão sempre suas,
mas terá um bom ouvido e um bom conselheiro a sua disposição. Não o abandone
jamais porque ele jamais o abandonará, como Jesus faz isto com todos nós, com
toda a humanidade terrestre.
É com
estas palavras que me despeço, desejando a todos um bom período de vivência em
Cristo.
Que Deus
nos abençoe,
Helder
Camara - Blog: Novas Utopias
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