21.5.20

Anjo de Guarda


Meus Queridos Amigos,
Antes, muito antes de tudo acontecer, tive a impressão que a vida duraria  para sempre. Era um estado de espírito que me dizia isto, uma certeza  interior. Absorvi a graça de Deus que é viver como um dom supremo concedido  pelo Pai a todos os seus filhos e que deveria usufruir desta oportunidade  bendita da melhor maneira possível.
Fui intensamente prejudicado pelos fatos do dia-a-dia que me traziam  sobressaltos daquilo que  gostaria de fazer e não fiz, mas, depois, refletindo melhor, percebi que eles me empurraram a fazer coisas que jamais  as teria feito se seguisse o curso normal dos meus pensamentos, das minhas  ideias. E hoje estou aqui a escrever sobre a vida eterna, a vida do espírito, na condição de um deles.
É por demais prazeroso para mim poder me expressar e ser reconhecido por  muitos de que continuo vivo e consciente de minhas responsabilidades. Sei, também, da descrença de outros em não acreditar  que sou eu nestas linhas. Paciência é tudo que posso dizer nesta hora, pois que a eternidade os espera também e eles verão com os próprios olhos aquilo que hoje descrevo tão bem pelas linhas da psicografia santa.
Esta história de falar com os espíritos sempre me foi afeito em vida física. Conversava com Deus nas minhas orações, mas, vez por outra, ouvia respostas aos meus questionamentos mais íntimos. De onde viriam estas respostas, perguntava-me. De Deus diretamente para mim? - Pode ser, pensava. Mas, das respostas outras perguntas me faziam e, muitas vezes, mantinha um longo diálogo. Comecei a perceber, com o tempo, que havia uma variação nas respostas, no estilo das respostas, no jeito peculiar de encaminhar os assuntos. Quem poderia ser além de Deus, indaguei-me. Foi então que passei a admitir a possibilidade dos espíritos do Senhor me acompanhar. Amigos espirituais, diria hoje.
Foi neste relacionamento contínuo que descobri a figura de Padre José, meu confessor de todas as horas. Ah! Este meu bondoso e paciente amigo que aprendi a admirar mais e mais. Ele com a sua paciência, eu com a minha devoção. Era ele o meu ponto de partida diária com o tempo. Falava com ele que me dava algumas instruções, fazia algumas reflexões comigo e ia eu lá a fazer as minhas coisas. Este companheiro incansável seguiu-me até a morte física. Aqui, ao acordar com os olhos do espírito, vi-o resplandecente de alegria a dizer-me: "E aí, Helder, combatemos o bom combate?" - Claro que sim, respondi solícito a ele. Que bom amigo tive nesta minha última estada na Terra. Que bom foi tê-lo comigo dividindo muitas das minhas dúvidas, dos meus pesares, das minhas queixas. Ele acientemente tudo ouvia e dizia as coisas que eu precisava ouvir.
E você, meu irmão e minha irmã, você conversa com o seu amigo espiritual próximo como eu fazia?
Todos temos amigos no espaço, estando na carne ou fora dela, mas um em especial nos acompanha, nos dá forças, compartilha conosco da dádiva da vida. Se você acha que está sozinho nesta jornada terrena passe a reconsiderar os seus passos na Terra e participar com ele das suas decisões. As decisões serão sempre suas, mas terá um bom ouvido e um bom conselheiro a sua disposição. Não o abandone jamais porque ele jamais o abandonará, como Jesus faz isto com todos nós, com toda a humanidade terrestre.
É com estas palavras que me despeço, desejando a todos um bom período de vivência em Cristo.
Que Deus nos abençoe,

Helder Camara - Blog: Novas Utopias

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