"O instinto sexual não é
apenas agente de reprodução, entre as formas superiores, mas, acima de tudo, é
o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou
desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-magnéticos
que lhes são necessários ao progresso."
Há, por isso, consórcios de
infinita gradação no Plano Terrestre e no Plano Espiritual, nos quais os
elementos sutis de comunhão prevalecem acima das linhas morfológicas do vaso
físico, por se ajustarem ao sistema psíquico, antes que às engrenagens da
carne, em circuitos substanciais de energia.
Contudo, até que o Espírito
consiga purificar as próprias impressões, além da ganga sensorial em que
habitualmente se desregra no narcisismo obcecante, valendo-se de outros seres
para satisfazer a volúpia de hipertrofiar-se psiquicamente no prazer de si
mesmo, numerosas reencarnações instrutivas e reparadoras se lhe debitam no
livro da vida, porque não cogita exclusivamente do próprio prazer sem lesar os
outros, e toda vez que lesa alguém abre nova conta resgatável em tempo certo.
Isso ocorre porque o instinto
sexual não é apenas agente de reprodução, entre as formas superiores, mas,
acima de tudo, é o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as
criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de
raios psíquico-magnéticos que lhes são necessários ao progresso.
Os Espíritos santificados, em
cuja natureza superevolvida o instinto sexual se diviniza, estão relativamente
unidos aos Espíritos Glorificados, em que descobrem as representações de Deus
que procuram, recolhendo de semelhante entidades as cargas magnéticas
sublimadas, por eles próprios liberados no êxtase espiritual.
De outro lado, as almas
primitivas comumente lhe gastam a força em excessos que lhes impõem duras
lições.
Entre os espíritos
santificados e as almas primitivas, milhões de criaturas conscientes, viajando
da rude animalidade para a Humanidade enobrecida, em muitas ocasiões se arrojam
a experiências menos dignas, privando a companheira ou o companheiro do
alimento psíquico a que nos reportamos, interrompendo a comunhão sexual que
lhes alentava a euforia, e, se as forças sexuais não se encontram
suficientemente controladas por valores morais nas vítimas, surgem,
frequentemente, longos processos de desespero ou de delinquência.
Livro: Evolução em Dois
Mundos - André Luiz – Francisco C. Xavier - Waldo Vieira.
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