Questão
547 do Livro dos Espíritos
Após a
morte, muitos dos Espíritos que sucumbiram na guerra continuam em lutas e
conservam a inimizade por longo tempo. Outros, depois que se conscientizam da
sua situação, começam a sentir a realidade, vendo que tudo não passa de
ignorância, e se reposicionam intimamente orando a Deus na sua linguagem,
pedindo proteção e esclarecimento.
A
diversidade é enorme, dentre todos os que sofrem nas guerras, encarnados e
desencarnados. Os próprios comandantes do "front" fratricida não têm
consciência plena do que ocorre; entretanto, nas horas de silêncio, uma voz
interna que todos conhecem os acusa, e surge no seu mundo interno a inquietação
espiritual. Esses, nunca mais voltam a guerrear como antes. O fanatismo pela
pátria, o amor por porções territoriais são substituídos pelo amor verdadeiro,
a que chamamos universal. Qual a diferença entre a criatura de um país para
outro?
Vejamos o
comércio, que tem um alto sentido entre as nações: além das trocas necessárias,
começa a germinar, através dele, a semente da fraternidade entre os homens.
Ninguém pode viver separado dos outros. Analisa as coisas, e bem assim estas
próprias letras: se mantiveres a animosidade em relação ao teu próximo, não tem
sentido a mensagem que estruturamos para a paz das criaturas.
Precisamos
de harmonia para viver melhor, e não de guerras, que até hoje somente insuflam
discórdia e violência. Se o Espírito desencarna com ódio, no mundo dos
Espíritos continua odiando. A alma afeita ao roubo, continua roubando na
dimensão que lhe é própria. Assim por diante, vivemos onde se encontram fixados
os nossos pensamentos. Ao indivíduo que alimenta paixões inferiores, a morte
não irá mudar o conceito de vida. Ele, mesmo desencarnado, continua inspirando
aos que sintonizam com ele os desregramentos brutalizados.
Após a
morte, és o mesmo homem que foste durante a vida na Terra. Não existe o chamado
passe de mágica para transformar trevas em luz de uma hora para outra. Somente
o tempo, pelas bênçãos de Deus, consegue, na marcha determinada pelo Criador,
mudar, no silêncio da vida, a mentira para a verdade, o ódio para o amor, a
guerra para a paz, a inimizade para a amizade. As mudanças bruscas não são
sementes de harmonia. A nossa vida pode ser um poema de luz ou de trevas, um
gorjeio de vida ou de morte, dependendo dos caminhos que pretendemos seguir.
Se queres
mudar de vida, tornando-te um sol verdadeiro, não deves esquecer Jesus em todos
os teus avanços. Ele, o Mestre dos mestres, é a nossa direção, é o Pastor
inconfundível das nossas vidas. Após a morte, continuarás a ser o que és, e
nada mais. Se assim acontece, vamos começar a burilar nossas idéias na Terra,
não deixando para amanhã o que podemos fazer hoje.
Ao
terminar uma batalha, o Espírito nunca se encontra calmo, mas os mais
esclarecidos, com pouco tempo se refazem, arrependendo-se e pedindo a Deus que
os encaminhe para os roteiros certos. A sua disposição interna vale muito, e
logo a assistência surge, pelos companheiros mais velhos de jornada evolutiva,
que já despertaram muito antes.
A ajuda
nunca falta ao necessitado, pois na escala do Criador, todos são iguais. Deus é
amor.
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