13.5.20

MANIFESTAÇÕES DE FÉ



Como tudo o que Emmanuel escreveu, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, o livro INTERVALOS se destina “ao templo espírita, para que, no curso de nossas reuniões, nos entrelacem as manifestações da fé” São novas mensagens, onde a religião genuína de Jesus toda inteira no seu Evangelho é o alimento das almas famintas de Deus. Que nos reconheçamos uns à frente dos outros por verdadeiros irmãos, num clima de oração, sem pensamentos repreensíveis e preconceitos.
Que haja entendimento e compaixão, o empenho de não ferir quem nos ouve, o silêncio, quando necessário, a desculpa de imediato, a oferta espontânea, cuidado, gentileza, discrição, cordialidade e respeito...
-          “É indiscutível que o Espiritismo na função de Consolador Prometido pelo Cristo de Deus, veio aos homens, sobretudo, para liberta-los da treva do espírito” – lê-se em “Espiritismo e Liberdade”.
Porque ninguém vai ao Pai senão por Jesus, ressurreição e vida, verdade e vida, caminho, amor. “Conhecereis a verdade, e a verdade vos tornará livres”.
Só pelo Evangelho se retira do espírito a treva do mundo: egoísmo, maldade, ignorância, falta de fé, de verdadeira amizade.
Disse o Senhor: “Quem me segue, não andará nas trevas”. E Emmanuel: “Cristo veio até nós para que despertássemos”.
Quis, o sábio Espírito, como de outras vezes (Segue-me! Escrínio de Luz e muitos outros livros), advertir-nos de que, no nosso esforço de ascensão para Deus, é examinado o verdadeiro aproveitamento de cada um nos intervalos.
E nos dá todo o roteiro a seguir para alcançarmos trabalhando sempre -  a liberdade: a fé que age, a caridade que se movimenta, o amor infatigável, e tudo o mais que nos fará discípulos do Cristo, engajados no serviço ao Criador: com desapego, em benefício de todos, obtendo, enfim, a resposta, que tudo é bênção de Deus a envolver-nos a vida.
Concita-nos a estudar para compreender e compreender para amar; à humildade de espírito, que “bem-aventurados os humildes de espírito, porque a eles mais facilmente se descerrarão as portas do céu”; mostra-nos os perigos, principalmente diante do dinheiro; quer que se não olvide que o amor é glória do céu;que somos indispensáveis uns aos outros; revelando-nos, ainda, a glória da imortalidade (e semente é colocada na cova de barro, para desenvolver-se), explicando-nos o verdadeiro sentido de amealhar, reter e dar (entesourando as bênçãos divinas, no campo de trabalho que fomos trazidos a lavrar), perante a vida (nosso mundo, pouco a pouco, é convertido no santuário vivo em que Jesus se manifesta).
Busca, enfim, o nosso aperfeiçoamento (“Amemos e trabalhemos sempre, sem indagar; aprendamos com o mundo, com a vida, sem revolta e sem mágoas”), que o Tesouro real é o domínio da luz, a nossa iniciação. Repete, em “Em louvor do silêncio”, o que Jesus nos aconselhou:
“Não saiba a tua mão esquerda, o que deu a direita”, fazendo-nos ver, que, na lógica do mundo, há diversos tipos de liberdades, mas a liberdade de nos escravizarmos, qual o próprio Jesus, ao dever de sacrifício pelo bem de todos...”
A única liberdade capaz de fazer-nos dignos da liberdade de sermos livres para a sublime ascensão de Deus”.
Emmanuel, Deus conosco. De novo a palavra de Jesus repetida aos quatro cantos da vida para a consolação de muitos, o reavivamento da fé, as alegrias do amor e da paz! Escreveu: “Se a luz da caridade é o talento divino que buscamos no mundo é sempre o impulso nobre com que nos abeiramos de quem chora e padece para estender o bem e alentar a esperança” (“Oração na oração”) e “Corrige amando para que a chama de teu auxílio não se apague ao golpe rijo do desespero”.
Dentro da mesma linha de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, organizado sob inspiração do Espírito de Verdade e outros altos Espíritos encarregados da missão de trazer à Terra infelicitada pelo materialismo científico e religioso do Século XIX e do nosso século, a Crença o novo livro de Chico Xavier, como os anteriores, prepara, entre nós, o RENASCIMENTO CRISTÃO.
Sem ocultar suas origens, Emmanuel é, ainda e sempre, o filósofo do Evangelho, o apologista da fé, o semeador de bênçãos em nome do Mestre da Galiléia.
Di-lo bem alto, tudo o que citamos acima e o que se segue:
Em “Trabalhe sempre”;
-          “Jesus é o nosso Divino Guia, e Hoje, é a nossa bendita oportunidade de renovar e aprender, de servir e brilhar”.
Em “Desapego”:
-          “... ao sol do Evangelho, se efetivamente nos propormos alcançar a comunhão com Jesus, o desinteresse pessoal deve representar o selo de nossa boa vontade e a garantia de nossa fé”.
A “Resposta”:
-          “Em todos os lugares, sentirás o Senhor socorrendo-te a vida, estendendo-te os braços e aclarando-te a rota”
Em “Humildade de espírito”:
-          “Não desdenhes servir, aprendendo com o Mestre Sublime, que realizou o seu apostolado de amor entre a manjedoura desconhecida e a cruz da flagelação”.
De “O Mineirinho Celeste”:
-          “Não olvides que o Senhor pode reformar todos os aspectos de nossa vida dum momento para o outro”.
De “Mortos Vivos”:
-          “Recorda o tempo que, em nome do Senhor, te segue os passos da infância a senetude e aproveita-o na criação do elevado destino que te cabe atingir”.
De “Perante a vida”:
-          “... embora aguardemos a celeste herança que nos é destinada no curso dos milênios, busquemos construir a casa de nossos destinos sobre a Rocha do Amor, - Jesus  Cristo – o Sol Espiritual que nos acalenta e soergue para o grande futuro”.
De “Aperfeiçoamento”:
-          “O Mestre aguarda a nossa perseverança na boa vontade para com todos, até o fim da nossa luta, de vez que a boa vontade, significando serviço incessante ao próximo, é o nosso primeiro passo para a aquisição do amor sem mácula e da verdadeira sabedoria”.
* * * 
Prefaciando “Segue-me!...”, também de Emmanuel, Wallace Leal V. Rodrigues, lembra o “misterioso poder” do Espiritismo que tem tido, no Brasil, desenvolvimento espantoso. E lembra o famoso programa de TV Tupi, de São Paulo- “Pinga Fogo”, que entrevistou o médium de Uberaba. “Milhares de pessoas se prostraram atentos diante do vídeo até de madrugada para ver e ouvir o Chico.
Que o leitor, se não leu, ainda, o livro, cuja 4ª edição é de 1978, busque inteirar-se da mensagem perene do Espírito Emmanuel. Sempre os mesmos temas retificados do Evangelho”, como um chamamento eterno aos filhos de Deus: "Segue-me” e, ele o seguiu, Levi, depois chamado Mateus.
Wallace recorda outros fatos ligados a Francisco Cândido Xavier, que tem o recorde de autógrafos de livros cerca de 10 mil livros no período que mediou entre 14 horas da tarde de domingo e 4 da madrugada de segunda feira sucesso madrugador.
E veio a pergunta, puxando outras perguntas: - “Quem compreendeu o trabalho de Kardec e soube transmiti-lo de modo tão eficiente? Que, foi que deu a esses "90 milhões em ação” (agora mais de 100 milhões) uma obra que, sucinta a 5 volumes básicos, fê-la tão entendível, tão capaz de convencer, sem insistência, sem imposição, fazendo sorrir e chorar como se tudo no mundo, até a dor, a dificuldade, se tornem em glória, de maneira tão acessível, tão lógica, tão pertinente, tão respeitosa das liberdades individuais, tão distante do melífluo bizantinismo das ortodoxias que, passado tão pouco tempo, podem ser contadas a dedos as cidades do Brasil onde não exista, sob a bandeira do Espiritismo e absolutamente sem discriminações de raça, religião ou cor, o seu albergue, a sua creche, o seu Hospital psiquiátrico, a sua sopa aos pobres, as suas casas de orações, nas quais a atmosfera é AMOR e a finalidade ensinar a viver ou a ministrar misteriosos fluidos do homem em favor do alívio do sofrimento humano?
Quem criou esse exército de simãos-cirineus que, invariavelmente, se encontram para estudar os Evangelhos legados por Cristo, magnetizar a água pura e providenciar o possível para os corpos e os espíritos?
Quem tornou a literatura brasileira notável na história da Humanidade pelo fato inédito de um único homem ser capaz de produzir através de uma faculdade que se conhece em sua manifestação, porém não em seu modus operandi -, centenas de milhares de páginas, em prosa ou em verso, escritas por mãos que, de acordo com o “senso comum”, estão incapazes de prosseguir em suas tarefas literárias pelo fato de se terem imobilizado e enregelado pelo frio da morte?
Quem foi? Quem foi?”
E precisa responder?
* * * 
Francisco Cândido Xavier não precisa de prefácios, mas é, sim, motivo de um júbilo inexcedível “apresentar” um livro como este, que serve à evangelização do mundo.
Outros teriam mais méritos para escrever este intróito,o próprio Wallace, com sua pena erudita, escorreita, mas a mim me coube esta honra.  Com humildade escrevo o que o coração dita, porque Chico é o homem chamado amor, como foi apontado, não faz muito tempo, em todo o Brasil, num programa de televisão, onde o Espiritismo foi exaltado, através do seu humilde servidor, valoroso servidor que teve, nesta vida, a dita de ser voz dos seus amigos espirituais, entre os quais avulta a figura de Emmanuel, o Públio Lenturus dos tempos do Cristo, Emmanuel o antigo e orgulhoso senador romano. Um homem chamado amor, candidato irrecusável ao prêmio Nobel da Paz para 1981.
Com sua conhecida lucidez, Wallace Leal V. Rodrigues quis, de novo, mostrar-nos Emmanuel “com maestria e singular inteligência”, totalmente despido de qualquer sofisticação, o admirável Espírito... nas mensagens que colheu ao longo do caminho, mensagens que abordam “um ângulo interpretativo do caleidoscópio da vida”. Foi assim neste INTERVALOS, livro que também é destinado “ao homem-novo, que caminha rasgando os falsos véus do Templo”.
Sobre F.C. Xavier mais de cinqüenta anos de dedicação à mediunidade, quase 190 livros psicografados já editados, com um intenso trabalho espiritual em lugares como presídios e hospitais psiquiátricos, em torno dele  viu-se uma grande campanha, para, como já foi dito, vê-lo conduzido ao Prêmio Nobel da Paz. E tão simples. E tão bom. Homem de fé e amor. Homem de paz. Considerado um benfeitor da humanidade, apressou-se a declarar, numa entrevista a Elsie Dubugras, para a revista “Planeta”: “Só penso em servir e amar, como quem sabe que os Benfeitores Espirituais aproveitam todas as horas de nossa vida na escola do Evangelho”, e até mesmo os intervalos!

Rio de Janeiro, julho de 1980
Clóvis Ramos

Livro INTERVALOS Francisco Cândido Xavier Emmanue

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