Como tudo o
que Emmanuel escreveu, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, o
livro INTERVALOS se destina “ao templo espírita, para que, no curso de nossas
reuniões, nos entrelacem as manifestações da fé” – São novas mensagens, onde a religião genuína de Jesus – toda inteira no seu Evangelho – é o alimento das almas famintas de Deus.
Que nos reconheçamos uns à frente dos outros por verdadeiros irmãos, num clima
de oração, sem pensamentos repreensíveis e preconceitos.
Que haja entendimento e
compaixão, o empenho de não ferir quem nos ouve, o silêncio, quando necessário,
a desculpa de imediato, a oferta espontânea, cuidado, gentileza, discrição,
cordialidade e respeito...
- “É indiscutível que o
Espiritismo na função de Consolador Prometido pelo Cristo de Deus, veio aos
homens, sobretudo, para liberta-los da treva do espírito” – lê-se em
“Espiritismo e Liberdade”.
Porque ninguém vai ao Pai
senão por Jesus, ressurreição e vida, verdade e vida, caminho, amor.
“Conhecereis a verdade, e a verdade vos tornará livres”.
Só pelo Evangelho se retira
do espírito a treva do mundo: egoísmo, maldade, ignorância, falta de fé, de
verdadeira amizade.
Disse o Senhor: “Quem me
segue, não andará nas trevas”. E Emmanuel: “Cristo veio até nós para que
despertássemos”.
Quis, o sábio Espírito, como
de outras vezes (Segue-me! Escrínio de Luz e muitos outros livros),
advertir-nos de que, no nosso esforço de ascensão para Deus, é examinado o
verdadeiro aproveitamento de cada um nos intervalos.
E nos dá
todo o roteiro a seguir para alcançarmos – trabalhando sempre - a liberdade: a fé que age, a caridade
que se movimenta, o amor infatigável, e tudo o mais que nos fará discípulos do
Cristo, engajados no serviço ao Criador: com desapego, em benefício de todos,
obtendo, enfim, a resposta, que tudo é bênção de Deus a envolver-nos a vida.
Concita-nos a estudar para
compreender e compreender para amar; à humildade de espírito, que
“bem-aventurados os humildes de espírito, porque a eles mais facilmente se
descerrarão as portas do céu”; mostra-nos os perigos, principalmente diante do
dinheiro; quer que se não olvide que o amor é glória do céu;que somos
indispensáveis uns aos outros; revelando-nos, ainda, a glória da imortalidade
(e semente é colocada na cova de barro, para desenvolver-se), explicando-nos o
verdadeiro sentido de amealhar, reter e dar (entesourando as bênçãos divinas,
no campo de trabalho que fomos trazidos a lavrar), perante a vida (nosso mundo,
pouco a pouco, é convertido no santuário vivo em que Jesus se
manifesta).
Busca, enfim, o nosso aperfeiçoamento (“Amemos e trabalhemos sempre, sem indagar; aprendamos com o mundo, com a vida, sem revolta e sem mágoas”), que o Tesouro real é o domínio da luz, a nossa iniciação. Repete, em “Em louvor do silêncio”, o que Jesus nos aconselhou:
Busca, enfim, o nosso aperfeiçoamento (“Amemos e trabalhemos sempre, sem indagar; aprendamos com o mundo, com a vida, sem revolta e sem mágoas”), que o Tesouro real é o domínio da luz, a nossa iniciação. Repete, em “Em louvor do silêncio”, o que Jesus nos aconselhou:
“Não saiba a tua mão
esquerda, o que deu a direita”, fazendo-nos ver, que, na lógica do mundo, há
diversos tipos de liberdades, mas a liberdade de nos escravizarmos, qual o
próprio Jesus, ao dever de sacrifício pelo bem de todos...”
– A “única liberdade
capaz de fazer-nos dignos da liberdade de sermos livres para a sublime ascensão
de Deus”.
Emmanuel,
Deus conosco. De novo a palavra de Jesus repetida aos quatro cantos da vida – para a consolação de muitos, o
reavivamento da fé, as alegrias do amor e da paz! Escreveu: “Se a luz da
caridade é o talento divino que buscamos no mundo é sempre o impulso nobre com
que nos abeiramos de quem chora e padece para estender o bem e alentar a
esperança” (“Oração na oração”) e “Corrige amando para que a chama de teu
auxílio não se apague ao golpe rijo do desespero”.
Dentro da
mesma linha de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, organizado
sob inspiração do Espírito de Verdade e outros altos Espíritos encarregados da
missão de trazer à Terra infelicitada pelo materialismo científico e religioso
do Século XIX e do nosso século, a Crença – o novo livro de Chico Xavier, como os anteriores, prepara, entre
nós, o RENASCIMENTO CRISTÃO.
Sem ocultar suas origens,
Emmanuel é, ainda e sempre, o filósofo do Evangelho, o apologista da fé, o
semeador de bênçãos em nome do Mestre da Galiléia.
Di-lo bem alto, tudo o que
citamos acima e o que se segue:
Em “Trabalhe sempre”;
- “Jesus é o nosso Divino
Guia, e Hoje, é a nossa bendita oportunidade de renovar e aprender, de servir e
brilhar”.
Em “Desapego”:
- “... ao sol do
Evangelho, se efetivamente nos propormos alcançar a comunhão com Jesus, o
desinteresse pessoal deve representar o selo de nossa boa vontade e a garantia
de nossa fé”.
A “Resposta”:
- “Em todos os lugares,
sentirás o Senhor socorrendo-te a vida, estendendo-te os braços e aclarando-te
a rota”
Em “Humildade de espírito”:
- “Não desdenhes servir,
aprendendo com o Mestre Sublime, que realizou o seu apostolado de amor entre a
manjedoura desconhecida e a cruz da flagelação”.
De “O Mineirinho Celeste”:
- “Não olvides que o
Senhor pode reformar todos os aspectos de nossa vida dum momento para o outro”.
De “Mortos Vivos”:
- “Recorda o tempo que,
em nome do Senhor, te segue os passos da infância a senetude e aproveita-o na
criação do elevado destino que te cabe atingir”.
De “Perante a vida”:
- “... embora aguardemos
a celeste herança que nos é destinada no curso dos milênios, busquemos
construir a casa de nossos destinos sobre a Rocha do Amor, - Jesus Cristo
– o Sol Espiritual que nos acalenta e soergue para o grande futuro”.
De “Aperfeiçoamento”:
- “O Mestre aguarda a
nossa perseverança na boa vontade para com todos, até o fim da nossa luta, de
vez que a boa vontade, significando serviço incessante ao próximo, é o nosso
primeiro passo para a aquisição do amor sem mácula e da verdadeira sabedoria”.
* * *
Prefaciando
“Segue-me!...”, também de Emmanuel, Wallace Leal V. Rodrigues, lembra o
“misterioso poder” do Espiritismo que tem tido, no Brasil, desenvolvimento
espantoso. E lembra o famoso programa de TV Tupi, de São Paulo- “Pinga Fogo”,
que entrevistou o médium de Uberaba. “Milhares de pessoas se prostraram atentos
diante do vídeo – até de
madrugada – para ver e ouvir o
Chico.
Que o leitor, se não leu,
ainda, o livro, cuja 4ª edição é de 1978, busque inteirar-se da mensagem perene
do Espírito Emmanuel. Sempre os mesmos temas retificados do Evangelho”, como um
chamamento eterno aos filhos de Deus: "Segue-me” e, ele o seguiu, Levi,
depois chamado Mateus.
Wallace
recorda outros fatos ligados a Francisco Cândido Xavier, que tem o recorde de
autógrafos de livros – cerca de
10 mil livros no período que mediou entre 14 horas da tarde de domingo e 4 da
madrugada de segunda feira –
sucesso madrugador.
E veio a pergunta, puxando
outras perguntas: - “Quem compreendeu o trabalho de Kardec e soube transmiti-lo
de modo tão eficiente? Que, foi que deu a esses "90 milhões em ação”
(agora mais de 100 milhões) uma obra que, sucinta a 5 volumes básicos, fê-la
tão entendível, tão capaz de convencer, sem insistência, sem imposição, fazendo
sorrir e chorar como se tudo no mundo, até a dor, a dificuldade, se tornem em
glória, de maneira tão acessível, tão lógica, tão pertinente, tão respeitosa
das liberdades individuais, tão distante do melífluo bizantinismo das
ortodoxias que, passado tão pouco tempo, podem ser contadas a dedos as cidades
do Brasil onde não exista, sob a bandeira do Espiritismo e absolutamente sem
discriminações de raça, religião ou cor, o seu albergue, a sua creche, o seu
Hospital psiquiátrico, a sua sopa aos pobres, as suas casas de orações, nas
quais a atmosfera é AMOR e a finalidade ensinar a viver ou a ministrar
misteriosos fluidos do homem em favor do alívio do sofrimento humano?
Quem criou esse exército de
simãos-cirineus que, invariavelmente, se encontram para estudar os Evangelhos
legados por Cristo, magnetizar a água pura e providenciar o possível para os
corpos e os espíritos?
Quem tornou a literatura
brasileira notável na história da Humanidade pelo fato inédito de um único
homem ser capaz de produzir através de uma faculdade que se conhece em sua
manifestação, porém não em seu modus operandi -, centenas de milhares de páginas,
em prosa ou em verso, escritas por mãos que, de acordo com o “senso comum”,
estão incapazes de prosseguir em suas tarefas literárias pelo fato de se terem
imobilizado e enregelado pelo frio da morte?
Quem foi? Quem foi?”
E precisa responder?
* * *
Francisco Cândido Xavier não
precisa de prefácios, mas é, sim, motivo de um júbilo inexcedível “apresentar”
um livro como este, que serve à evangelização do mundo.
Outros teriam mais méritos
para escrever este intróito,o próprio Wallace, com sua pena erudita,
escorreita, mas a mim me coube esta honra. Com humildade escrevo o que o
coração dita, porque Chico é o homem chamado amor, como foi apontado, não faz muito
tempo, em todo o Brasil, num programa de televisão, onde o Espiritismo foi
exaltado, através do seu humilde servidor, valoroso servidor que teve, nesta
vida, a dita de ser voz dos seus amigos espirituais, entre os quais avulta a
figura de Emmanuel, o Públio Lenturus dos tempos do Cristo, Emmanuel o antigo e
orgulhoso senador romano. Um homem chamado amor, candidato irrecusável ao
prêmio Nobel da Paz para 1981.
Com sua conhecida lucidez,
Wallace Leal V. Rodrigues quis, de novo, mostrar-nos Emmanuel “com maestria e
singular inteligência”, totalmente despido de qualquer sofisticação, o
admirável Espírito... nas mensagens que colheu ao longo do caminho, mensagens que
abordam “um ângulo interpretativo do caleidoscópio da vida”. Foi assim neste
INTERVALOS, livro que também é destinado “ao homem-novo, que caminha rasgando
os falsos véus do Templo”.
Sobre F.C.
Xavier – mais de cinqüenta anos
de dedicação à mediunidade, quase 190 livros psicografados já editados, com um
intenso trabalho espiritual em lugares como presídios e hospitais
psiquiátricos, em torno dele viu-se uma grande campanha, para, como já
foi dito, vê-lo conduzido ao Prêmio Nobel da Paz. E tão simples. E tão bom.
Homem de fé e amor. Homem de paz. Considerado um benfeitor da humanidade,
apressou-se a declarar, numa entrevista a Elsie Dubugras, para a revista
“Planeta”: “Só penso em servir e amar, como quem sabe que os Benfeitores
Espirituais aproveitam todas as horas de nossa vida na escola do Evangelho”, e
até mesmo os intervalos!
Rio de Janeiro, julho de 1980
Clóvis Ramos
Livro – INTERVALOS – Francisco Cândido Xavier – Emmanue
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