Já pararam para prestar atenção a uma
colher. Sim, uma colher. Ela está tão presente no nosso dia a dia, na nossa
alimentação, mas poucos de nós paramos para prestar atenção ao que ela se
destina. Que belo papel!
Uma colher mexe líquidos. Ela dá unidade aquilo que
era disperso. Ela mistura cada um dos elementos para criar outro absolutamente
novo que não é um em específico, mas que vai estar lá inserido no novo líquido
criado e que ela ajudou a fazer isso.
Uma colher mistura sólidos. Ela também se presta, do
mesmo modo, a jogar para um lado e para o outro os alimentos sólidos e quando
se vê é uma miscelânea só. E ela, mais uma vez, cumpre seu papel.
Já notou quando queremos saber
antecipadamente o gosto de algo, ou se está quente ou frio, o que fazemos.
Pegamos a colher e a levamos à boca para ter uma prévia do gosto do alimento. Como ela nos ajuda.
Ela geralmente está perto da gente, escondidinha no
pires ou ao lado de alguma comida suculenta, como uma boa sopa, a nos ajudar a
saborear sem demora.
Depois, lavamos a colher, guardamos novamente para que
ela apareça para cumprir novamente seu desiderato com muita alegria e
discrição.
Será que há pessoas no mundo que se distinguem das
outras porque se comportam como se fossem colher?
Creio que sim!
Há pessoas, quietas em seu lugar, ajudam a tudo e a
todos, e se mantém caladas a cumprir o seu papel. São tão eficientes que nem
damos conta da sua existência. Fazem o que deve, se recolhem e estão à
disposição quando desejamos.
Já notou, neste momento de pandemia, como trabalham os
garis? Eles retiram o lixo da frente das nossas residências e quando vemos está
tudo limpo. Fazemos tudo isso de novo, colocamos o lixo para fora e quando
vemos, sumiu. Eles limpam a cidade para que possamos viver melhor.
E as enfermeiras nos hospitais. Elas auxiliam os
pacientes, se desdobram, cuidam, amparam, e estão lá no canto delas apenas para
servir sem nada reivindicar. Sofrem pelos outros e cumprem seu papel
solenemente.
O que imaginar daqueles que estão na rua pra lá e pra
cá a satisfazer as necessidades de comida, remédios, e outras coisas mais, que
saem das suas motocicletas a entregar tudo que precisamos. Eles têm nome e
sobrenome, mas alguém sabe de algum deles? São heróis anônimos que cuidam do
nosso bem-estar.
Há tantos outros profissionais que atuam como se
fossem colheres no nosso cotidiano e não prestamos atenção. Pois então, olhem
para eles com mais respeito e agradecimento. Olhem nos olhos deles e digam da
sua gratidão por servirem aos que estão guardados em suas casas. Sem eles, sem
este batalhão de trabalhadores, nossas vidas ficariam ainda mais difíceis, não
é verdade?
A paz que eles nos trazem é incomensurável.
Arriscam-se para manter a vida de milhões. Cuidemos deles com mais carinho e
respeito e não façamos o que fazemos com as nossas queridas colheres, jogadas
num canto qualquer sem reconhecimento.
Eles merecem o nosso agradecimento, apesar de estarem
cumprindo o seu dever, por tornar as nossas vidas, digo a de vocês no corpo
físico, um lugar mais tranquilo de se viver, apesar de toda essa aparente
adversidade.
Oremos por eles!
Helder Camara De domdapaz.blogspot.com
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