31.5.20

A Colher


Já pararam para prestar atenção a uma colher. Sim, uma colher. Ela está tão presente no nosso dia a dia, na nossa alimentação, mas poucos de nós paramos para prestar atenção ao que ela se destina. Que belo papel!
Uma colher mexe líquidos. Ela dá unidade aquilo que era disperso. Ela mistura cada um dos elementos para criar outro absolutamente novo que não é um em específico, mas que vai estar lá inserido no novo líquido criado e que ela ajudou a fazer isso.
Uma colher mistura sólidos. Ela também se presta, do mesmo modo, a jogar para um lado e para o outro os alimentos sólidos e quando se vê é uma miscelânea só. E ela, mais uma vez, cumpre seu papel.
Já notou quando queremos saber antecipadamente o gosto de algo, ou se está quente ou frio, o que fazemos. Pegamos a colher e a levamos à boca para ter uma prévia do gosto do alimento.  Como ela nos ajuda.
Ela geralmente está perto da gente, escondidinha no pires ou ao lado de alguma comida suculenta, como uma boa sopa, a nos ajudar a saborear sem demora.
Depois, lavamos a colher, guardamos novamente para que ela apareça para cumprir novamente seu desiderato com muita alegria e discrição.
Será que há pessoas no mundo que se distinguem das outras porque se comportam como se fossem colher?
Creio que sim!
Há pessoas, quietas em seu lugar, ajudam a tudo e a todos, e se mantém caladas a cumprir o seu papel. São tão eficientes que nem damos conta da sua existência. Fazem o que deve, se recolhem e estão à disposição quando desejamos.
Já notou, neste momento de pandemia, como trabalham os garis? Eles retiram o lixo da frente das nossas residências e quando vemos está tudo limpo. Fazemos tudo isso de novo, colocamos o lixo para fora e quando vemos, sumiu. Eles limpam a cidade para que possamos viver melhor.
E as enfermeiras nos hospitais. Elas auxiliam os pacientes, se desdobram, cuidam, amparam, e estão lá no canto delas apenas para servir sem nada reivindicar. Sofrem pelos outros e cumprem seu papel solenemente.
O que imaginar daqueles que estão na rua pra lá e pra cá a satisfazer as necessidades de comida, remédios, e outras coisas mais, que saem das suas motocicletas a entregar tudo que precisamos. Eles têm nome e sobrenome, mas alguém sabe de algum deles? São heróis anônimos que cuidam do nosso bem-estar.
Há tantos outros profissionais que atuam como se fossem colheres no nosso cotidiano e não prestamos atenção. Pois então, olhem para eles com mais respeito e agradecimento. Olhem nos olhos deles e digam da sua gratidão por servirem aos que estão guardados em suas casas. Sem eles, sem este batalhão de trabalhadores, nossas vidas ficariam ainda mais difíceis, não é verdade?
A paz que eles nos trazem é incomensurável. Arriscam-se para manter a vida de milhões. Cuidemos deles com mais carinho e respeito e não façamos o que fazemos com as nossas queridas colheres, jogadas num canto qualquer sem reconhecimento.
Eles merecem o nosso agradecimento, apesar de estarem cumprindo o seu dever, por tornar as nossas vidas, digo a de vocês no corpo físico, um lugar mais tranquilo de se viver, apesar de toda essa aparente adversidade.
Oremos por eles!
Helder Camara De domdapaz.blogspot.com

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