Quem disse que eu morri?
Eu estou vivo, vivinho da
Silva, meus irmãos.
Quando a minha carcaça não me
cabia mais, quando estava completamente sem condições de uso, não tive outro
jeito senão ir-me embora.
Não fui para lugar algum, meu
povo, eu vim para os braços do Pai. Sim, os braços do amor eterno, pois Deus
vive em todo lugar, em toda a Sua criação.
Foi interessante o dia da
“minha morte”. Eu me acordei cansado por demais naquele dia, havia algo
diferente no ar. Uma dor de solidão me invadia a alma. Pensei: será que estou
prestes a partir para a Casa do Senhor?
Fui gradativamente perdendo
as minhas forças que já eram mínimas. De repente, me vi fora do corpo. Uma
névoa cobriu meu pensamento. Dormi. Dormi um sono longo. Quando me acordei,
numa espécie de hospital, estava lá um anjo a me esperar: a minha mãe querida.
Pronto, pensei, morri então e
já estou no céu porque acordar-se ao lado da mãe querida é estar
verdadeiramente no céu.
Fui me acostumando com tudo
aquilo e visitas e visitas foram chegando para festejar o meu retorno.
Parecia que nada havia
acontecido, que eu estava entre vocês, tudo do mesmo jeito, mas de um modo
diferente – não sei se vocês conseguem me entender.
Pois bem, num dia como esse,
há alguns anos, voltei para os braços do Senhor e estou aqui novamente a
relatar a minha experiência de morte.
Morte que nada!
Por acreditar firmemente em
Jesus sabia diante mão que estaria vivendo na vida, na vida em abundância, como
Ele nos prometera.
Agora estou bem, muito bem,
como já afirmei diversas vezes por este médium e por outros que me emprestam a
mão e a mente.
Que beleza viver sempre! A
saudade é imensa, sobretudo dos meus que estão ainda no corpo físico, mas tudo
tem o seu tempo no tempo de Deus Pai.
Fico feliz com aqueles que me
leem depois da morte. Meu recado chega a quem já possui ouvidos para ouvir e
olhos abertos para bem ver.
Tudo a seu tempo, então não
há porque se desesperar com aqueles que ainda não conseguem nos ver e ouvir.
Fiquem em paz, meus caros
amigos, pois estou em paz. Em paz e em ação, porque aqui não se para de
trabalhar não. Isto jamais!
Um abraço a todos,
Helder Camara – Blog Novas
Utopias
Nenhum comentário:
Postar um comentário