Milagre?
“Quando
Jesus voltou, a multidão o recebeu; porque todos o estavam esperando. E eis que
veio um homem chamado Jairo, que era chefe da sinagoga; e prostrando-se aos pés
de Jesus, rogava-lhe que fosse a sua casa; porque tinha uma filha única, de
cerca de doze anos, que estava à morte. Enquanto, pois, ele ia, apertavam-no as
multidões”.
Percebemos aqui que Jesus era reconhecido,
admirado e tinha muitos que o procuravam, percebemos também a atitude de
submissão, que o pai amoroso, chefe da sinagoga, assume perante Jesus, tocado
de amor à sua filha.
“E
certa mulher, que tinha uma hemorragia havia doze anos (e gastara com os
médicos todos os seus haveres) e por ninguém pudera ser curada, chegando-se por
detrás, tocou-lhe a orla do manto, e imediatamente cessou a sua hemorragia.
A hemorroíssa era uma mulher adulta e tinha
sido privada de toda a participação na vida da comunidade devido à sua
enfermidade pois sofria de uma doença pela qual era considerada em estado de
impureza legal (Lev 15, 25 ss.). Nos últimos
doze anos nenhum meio humano a tinha conseguido curar. Aos sofrimentos físicos,
acrescentava-se a vergonha de se sentir imunda segundo a Lei. No povo judeu era
considerada impura não só a mulher afetada de uma doença deste tipo, mas tudo o
que ela tocava. Por isso, avaliamos a esperança dessa valorosa mulher”, que não
se abateu e num esforço supremo consegue aproximar-se de Jesus e tocou apenas o
Seu manto com delicadeza e soube que tinha sido curada.
“Perguntou
Jesus: Quem é que me tocou? Como todos negassem, disse-lhe Pedro: Mestre, as
multidões te apertam e te oprimem. Mas disse Jesus: Alguém me tocou; pois
percebi que de mim saiu poder. Então, vendo a mulher que não passara
despercebida, aproximou-se tremendo e, prostrando-se diante dele, declarou-lhe
perante todo o povo a causa por que lhe havia tocado, e como fora imediatamente
curada”.
O olhar da mulher mostrava o êxtase que ela
sentira quando o fluxo de energias revigorantes vindo do mestre inundara o seu
corpo.
“Disse-lhe
ele: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz”.
Jesus reconhece o merecimento da mulher e
sabe que ela está renovada apta a assumir novas tarefas na seara do Pai.
“Enquanto
ainda falava, veio alguém da casa do chefe da sinagoga dizendo: A tua filha já
está morta; não incomodes mais o Mestre. Jesus, porém, ouvindo-o,
respondeu-lhe: Não temas: crê somente, e será salva. Tendo chegado à casa, a
ninguém deixou entrar com ele, senão a Pedro, João, Tiago, e o pai e a mãe da
menina. E todos choravam e pranteavam; ele, porém, disse: Não choreis; ela não
está morta, mas dorme. E riam-se dele, sabendo que ela estava morta”.
O grande sofrimento de Jesus foi ter vivido
numa época em que éramos muito ignorantes, preconceituosos e orgulhosos.
“Então
ele, tomando-lhe a mão, exclamou: Menina, levanta-te. E o seu espírito voltou,
e ela se levantou imediatamente; e Jesus mandou que lhe desse de comer, ele
mandou-lhes que a ninguém contassem o que havia sucedido”.
Nessa passagem do evangelho de Lucas,
podemos notar dois casos distintos de cura pela transfusão de energias
renovadoras. Jesus conhece a energia que vem das pessoas, por isso deixou
entrar com Ele João, Pedro e Tiago que eram doadores de fluidos; Ele,
orientando os bons fluidos emitidos, ajuda muitas pessoas e cura os doentes. As
pessoas acham que Jesus fazia milagres. Milagres são acontecimentos que vão
contra a Lei de Deus e que não conseguimos explicar. Jesus não fez milagres.
Ele curava as pessoas usando energia e muito amor. As pessoas para serem curadas
tinham que ter fé e merecimento. Por isso Jesus dizia: "Se tiveres fé" ou "A tua fé te salvou". Jesus curava
pelo olhar, através de palavras, à distância, impondo as mãos.
Evangelho: Lucas - capítulo
8; 40-56
Comentários: Antonio D.
Barana.
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