"Educa e transformará a
irracionalidade em inteligência, a inteligência em humanidade e a humanidade em
angelitude" (Emmanuel, no livro Fonte Viva, de Francisco C Xavier).
Em tempos não tão distantes, as crianças,
devido ao ambiente em que viviam, recebiam pequena quantidade de informações
diárias e notava-se um desenvolvimento mental e intelectual lento, exceção
feita àquelas que se destacavam pela perspicácia e habilidade de pensamento,
mas eram raras.
Atualmente, com o avanço da humanidade em
todos os níveis, com o notório e reconhecido progresso na área da informática,
a chegada da internet, as técnicas de comunicação e o próprio desenvolvimento
cultural e intelectual dos pais, avós, tios, professores e outros, nossas
crianças recebem cotidianamente um gama enorme de informações, fazendo com que
suas mentes trabalhem intensamente, com isso ganhando um desenvolvimento jamais
visto.
Tal realidade fez surgir uma geração de
pequenos externamente inteligentes, hábeis no raciocínio, ágeis no pensamento e
precoces nos questionamentos e na participação dos assuntos com que se
relacionam, firmes em pontos de vista e determinados nas decisões.
A criança de hoje, sem dúvida alguma, é
muito mais ativa, dinâmica e atuante do que a criança de ontem. Tal realidade
não pode ser ignorada pelos pais, educadores, professores ou por quem mantiver
qualquer contato com elas.
Em assim sendo, os métodos educacionais
precisam ser adequados ao momento em que vivemos, senão corremos o risco de ver
uma grande quantidade dos nossos filhos tomando rumos não condizentes com o
desejo de se formar uma sociedade justa, humana e ordeira.
O problema da infância e da juventude, com
reflexos diretos e profundos no meio social, onde tantos dramas, tragédias e
sofrimentos temos presenciado, têm origem no descaso ou no desconhecimento de
que essa geração que está chegando carrega consigo diferenças imensas em
relação a outras do passado.
E educar é bem diferente de instruir. A
instrução pressupõe oferecer às criaturas doses de conhecimentos, de
informações, enquanto a educação significa a formação de caráter. Assim, uma
pessoa pode ser instruída e não ser educada, mas uma criatura educada
necessariamente será instruída, pois que a educação é abrangente e completa.
A instrução é tarefa da escola, dos
mestres; no entanto a educação é atribuição prioritária da família. Dessa
forma, quando nossos filhos não vão bem ou quando estão causando problemas por
onde passam, bem provável será que a causa de tudo isso esteja na família.
A Providência Divina, quando nos confiou os
filhos, apenas solicitou que os educássemos. Os métodos a serem usados e a
forma de desenvolver tal tarefa são de exclusividade da família, com base na
personalidade daqueles que estão sob nossos cuidados. Diálogo, incentivo,
reprimenda, advertência ficam sob nossas responsabilidades e iniciativas, uma
vez que a educação não pode esperar e nem deixar de ser executada. Nossa
omissão ou descaso poderá redundar em prejuízos irreparáveis para todo o
contexto familiar, com conseqüências sociais.
Portanto, não ignoremos a complexidade do
processo educacional e nem nos coloquemos em condições de não poder conduzi-lo,
pois que, se as crianças chegaram em nossos lares é porque temos plenas
possibilidades de ajudá-las.
À nossa disposição existe uma gama enorme
de auxílio em forma de livros, referências a serem seguidas e mesmo a nossa
experiência que, reforçada pela boa vontade, responsabilidade e muito, mas
muito amor, nos ajudarão na urgente, inadiável e intransferível tarefa de
educar os filhos.
Educar para transformar a irracionalidade
em inteligência, a inteligência em humanidade e a humanidade em angelitude.
Pensemos seriamente nisso.
Livro: Usando Nossos Talentos
- Waldemir A Cuin
Nenhum comentário:
Postar um comentário