11.8.17

Educando Nossos Filhos

    "Educa e transformará a irracionalidade em inteligência, a inteligência em humanidade e a humanidade em angelitude" (Emmanuel, no livro Fonte Viva, de Francisco C Xavier).

    Em tempos não tão distantes, as crianças, devido ao ambiente em que viviam, recebiam pequena quantidade de informações diárias e notava-se um desenvolvimento mental e intelectual lento, exceção feita àquelas que se destacavam pela perspicácia e habilidade de pensamento, mas eram raras.
    Atualmente, com o avanço da humanidade em todos os níveis, com o notório e reconhecido progresso na área da informática, a chegada da internet, as técnicas de comunicação e o próprio desenvolvimento cultural e intelectual dos pais, avós, tios, professores e outros, nossas crianças recebem cotidianamente um gama enorme de informações, fazendo com que suas mentes trabalhem intensamente, com isso ganhando um desenvolvimento jamais visto.
    Tal realidade fez surgir uma geração de pequenos externamente inteligentes, hábeis no raciocínio, ágeis no pensamento e precoces nos questionamentos e na participação dos assuntos com que se relacionam, firmes em pontos de vista e determinados nas decisões.
    A criança de hoje, sem dúvida alguma, é muito mais ativa, dinâmica e atuante do que a criança de ontem. Tal realidade não pode ser ignorada pelos pais, educadores, professores ou por quem mantiver qualquer contato com elas.
    Em assim sendo, os métodos educacionais precisam ser adequados ao momento em que vivemos, senão corremos o risco de ver uma grande quantidade dos nossos filhos tomando rumos não condizentes com o desejo de se formar uma sociedade justa, humana e ordeira.
    O problema da infância e da juventude, com reflexos diretos e profundos no meio social, onde tantos dramas, tragédias e sofrimentos temos presenciado, têm origem no descaso ou no desconhecimento de que essa geração que está chegando carrega consigo diferenças imensas em relação a outras do passado.
    E educar é bem diferente de instruir. A instrução pressupõe oferecer às criaturas doses de conhecimentos, de informações, enquanto a educação significa a formação de caráter. Assim, uma pessoa pode ser instruída e não ser educada, mas uma criatura educada necessariamente será instruída, pois que a educação é abrangente e completa.
    A instrução é tarefa da escola, dos mestres; no entanto a educação é atribuição prioritária da família. Dessa forma, quando nossos filhos não vão bem ou quando estão causando problemas por onde passam, bem provável será que a causa de tudo isso esteja na família.
    A Providência Divina, quando nos confiou os filhos, apenas solicitou que os educássemos. Os métodos a serem usados e a forma de desenvolver tal tarefa são de exclusividade da família, com base na personalidade daqueles que estão sob nossos cuidados. Diálogo, incentivo, reprimenda, advertência ficam sob nossas responsabilidades e iniciativas, uma vez que a educação não pode esperar e nem deixar de ser executada. Nossa omissão ou descaso poderá redundar em prejuízos irreparáveis para todo o contexto familiar, com conseqüências sociais.
    Portanto, não ignoremos a complexidade do processo educacional e nem nos coloquemos em condições de não poder conduzi-lo, pois que, se as crianças chegaram em nossos lares é porque temos plenas possibilidades de ajudá-las.
    À nossa disposição existe uma gama enorme de auxílio em forma de livros, referências a serem seguidas e mesmo a nossa experiência que, reforçada pela boa vontade, responsabilidade e muito, mas muito amor, nos ajudarão na urgente, inadiável e intransferível tarefa de educar os filhos.
    Educar para transformar a irracionalidade em inteligência, a inteligência em humanidade e a humanidade em angelitude. Pensemos seriamente nisso.


Livro: Usando Nossos Talentos - Waldemir A Cuin

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