350
–Pode a fraternidade manifestar-se sem a abnegação?
-Fraternidade pode traduzir-se por cooperação
sincera e legítima, em todos os trabalhos da vida, e, em toda cooperação
verdadeira, o personalismo não pode subsistir, salientando-se que quem coopera
cede sempre alguma coisa de si mesmo, dando o testemunho de abnegação, sem a
qual a fraternidade não se manifestaria no mundo, de modo algum.
351
–Como entender o “amor a nós mesmos”, segundo a fórmula do Evangelho?
-O amor a nós mesmos deve ser interpretado como a
necessidade de oração e de vigilância, que todos os homens são obrigados a
observar.
Amar a nós mesmos não será a vulgarização de uma nova teoria de auto-adoração.
Para nós outros, a egolatria já teve o seu fim, porque o nosso problema é de
iluminação íntima, na marcha para Deus. Esse amor, portanto, deve traduzir-se
em esforço próprio, em auto-educação, em observação do dever, em obediência às
leis de realização e de trabalho, em perseverança na fé, em desejo sincero de
aprender com o único Mestre, que é Jesus-Cristo.
Quem se ilumina, cumpre a missão da luz sobre a Terra. E a luz não necessita de
outros processos para revelar a verdade, senão o de irradiar espontaneamente o
tesouro de si mesma.
Necessitamos encarar essa nova fórmula de amor a nós mesmos, conscientes de que
todo bem conseguido por nós, em proveito do próximo, não é senão o bem de nossa
própria alma, em virtude da realidade de uma só lei, que é a do amor, e um só
dispensador dos bens, que é Deus.
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