19.8.17

NÃO DESCREIAS

Não descreias, amigo, de meus versos...
Sou eu mesmo, Formiga, que voltei,
Para cantar agora qual cantei,
Um dia, por caminhos tão diversos...

Sou eu mesmo que, à luz dos universos,
Dos abismos da morte regressei,
Para louvar a Vida, e quanto amei,
Nos instantes felizes ou adversos...

Sou o pobre poeta paraibano,
Fazendo aqui um esforço sobre-humano
Ao grafar estes versos que são meus...

Não descreias, portanto, aqui estou,
A voz que a morte não silenciou,
Redivivo, cantando, o Amor de Deus!...

Eurícledes Formiga

(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do “Grupo Espírita da Prece”, na noite de 26 de agosto de 1989, em Uberaba – MG).

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