Questão 410 do Livro dos
Espíritos
Eventualmente, quando
encarnados e parcialmente desprendidos do corpo, pelo sono ou pelo
adormecimento, surgem na alma idéias vigorosas, das quais, apesar do esforço
que se faz após despertar, não se consegue recordar. São transmissões dos
Espíritos livres que nos querem bem, são conselhos. Notemos bem: esquecemos as
idéias, mas não esquecemos que elas nos foram ditas. A certeza desse fato é a
prova da sua existência, vibrando na nossa consciência.
Essas idéias e conselhos que
vêm em meio ao desprendimento, ocorrem igualmente em estado de consciência. Eis
aí a função da mediunidade intuitiva. Isso acontece muito com os médiuns, que
quase não dão importância a esses avisos. O homem de amanhã vai ter essa
faculdade mais desenvolvida, por onde os Espíritos Benfeitores virão acudir
seus tutelados por esse processo mediúnico, despertando os corações para as
realidades espirituais concernentes à vida, na função divina do amor.
Quando figurarem na nossa
imaginação essas idéias a que chamamos de nobres, procuremos fixá-las e
observemos sua finalidade no dia-a-dia da vida, O amor tudo pode, tudo faz e
tudo ilumina, quando é bem compreendido no esquema de Jesus, pelas bênçãos de
Deus.
Quando despertos, esquecemos
os conselhos, mas sabemos que eles existem, na consciência. Esses conselhos são
mais para a nossa vida em estado de liberdade, e quando eles são úteis no mundo
que habitamos, eles vêm através dos fios da intuição, materializando-se como
sendo os nossos pensamentos. Não importa que muitos pensem que os pensamentos
são deles; importa sim, que escutemos a boa influência e agradeçamos.
Todo bem vem de Deus,
filtrando-se e refiltrando-se, até chegar aos que se encontram mais
materializados, para que a vida se transforme e sustente a paz nos corações.
Somente o que nós fazemos é, em princípio, torcer as leis de Deus, mas, ao
sofrermos as conseqüências, mudamos de rumo e passamos a ser co-criadores do
bem. O Senhor nos ensina a servir de transformadores, ampliando ou diminuindo
os valores, de acordo com a capacidade que se encontra para ouvir e para sentir
a verdade.
Ao encontrarmos oportunidades
de fazer o bem, não deixemos para outro dia: façamo-lo logo; entrementes,
devemos medir o que podemos fazer ou falar, pois nem sempre o que é bom para
um, nas divisões das leis, é proveitoso para o outro. Aproveitemos as idéias
que chegam constantemente à nossa mente em forma de pensamentos nossos porém,
não nos esqueçamos de selecioná-las, com o cuidado que teríamos na seleção de
valores preciosos. A Doutrina dos Espíritos ajudar-nos-á, e muito, nessa
escolha, porque ela tem seleções já feitas de muitas diretrizes firmadas por
Jesus e alimentadas pelos grandes benfeitores da humanidade.
Observemos o replantio das
idéias que chegam à nossa casa mental; elas vão nascer e deverão crescer, com
uma parte da nossa responsabilidade. Se é bom fazer o bem, é divino saber fazer
a caridade, sem nunca esquecer de chamar o coração de Jesus, para nos
acompanhar e injetar figuras na nossa mente, para que elas sejam materializadas
por nossa vida.
Esquecer Jesus, que se
encontra ligado a Deus, é morrer. Compete aos homens de todas as fases e
escalas espirituais aprenderem a amar a Deus e ao próximo, e tendo como próximo
a si mesmo, em primeiro lugar.
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