Conforme já tivemos
oportunidade de dizer, muitos são os que, numa primeira leitura, não atinam com
o número de surpreendentes informações que André Luiz transmite aos encarnados
sobre a cidade de “Nosso Lar”, auxiliando-os a melhor entender a vida no Mundo
Espiritual.
Apenas a guisa de colaboração
neste sentido, vamos transcrever alguns tópicos do diálogo de André Luiz com
Lísias, no capítulo intitulado “Organização de Serviços”, e, com a vênia de
nossos irmãos leitores, faremos pequenas e rápidas anotações à frente de cada
trecho, com o intuito de chamar uma pouco mais de atenção para ele.
“Impressionou-me o espetáculo
das ruas.” – a cidade de “Nosso Lar” existe em obediência a um traçado
arquitetônico, com os seus respectivos projetos de engenharia.
“Vastas avenidas, enfeitadas
de árvores frondosas.” – o paisagismo da cidade, com árvores naturais que foram
plantadas em semente – que lá germinaram e cresceram frondosamente.
“Ar puro...” – ausência de
poluição, ante a necessidade de o corpo espiritual, ou perispírito, continuar
respirando, porquanto, semelhante ao corpo físico, ele é dotado de órgãos.
“... as vias públicas estavam
repletas. Entidades numerosas iam e vinham.” – novamente, referência às vias
públicas, repletas de gente desencarnada, cada qual, certamente, em obediências
às suas obrigações normais, de continuar lutando pelo (mais eterizado) pão de
cada dia.
Discorrendo sobre a fundação
da cidade, efetuada por “portugueses distintos, desencarnados no Brasil, no
século XVI”, Lísias prossegue explicando.
“A princípio, enorme e
exaustiva foi a luta (...). Há substâncias ásperas nas zonas invisíveis à
Terra, tal como nas regiões que se caracterizam pela matéria grosseira.” – os
pioneiros de “Nosso Lar” tiveram que muito se esforçar pela sua fundação,
copiando, com certeza, o esforço dos bandeirantes que, no Brasil, fundaram diversas
cidades.
“Aqui também existem enormes
extensões de potencial inferior, como há, no planeta, grandes tratos de
natureza rude e incivilizada.” – deduz-se, portanto, que, mesmo no Mundo
Espiritual, que, mais acertadamente, poderemos chamar de Planeta Espiritual,
existem regiões que ainda não foram completamente desbravadas.
“Os trabalhos primordiais
foram desanimadores, mesmo para os espíritos fortes.” – o trabalho de fundação
e construção da cidade exigiu continuado esforço braçal dos desencarnados, inclusive,
ainda, a concomitante evangelização dos silvícolas que habitavam o espaço
geográfico espiritual do Brasil. – “Onde se congregam hoje vibrações delicadas
e nobres, edifícios de fino lavor, misturavam-se as notas primitivas dos
silvícolas do país e as construções infantis de suas mentes rudimentares.” –
certamente, uma alusão às suas comunidades primitivas, com as inúmeras aldeias
existentes.
“Prosseguiram na obra,
copiando o esforço dos europeus que chegavam à esfera material, apenas com a
diferença de que, por lá, se empregava a violência, a guerra, a escravidão, e,
aqui, o serviço perseverante, a solidariedade fraterna, o amor espiritual.” –
notemos que a cidade de “Nosso Lar” foi fundada pelos espíritos de “portugueses
distintos”, e não por aqueles que, ao desencarnarem, não conseguiam se elevar o
suficiente das proximidades da Crosta – tais, com certeza, permaneciam presos
ao orbe, talvez sem qualquer consciência da própria desencarnação.
“Os fundadores da colônia
começaram o esforço, partindo daqui (da praça central), onde se localiza a
Governadoria.” – notemos já a diferença espiritual: os vilarejos, em geral,
fundados no Brasil, cresciam à volta da praça central, onde, inicialmente, era
erguida uma igreja – Portugal sempre foi uma nação profundamente católica.
“Nosso Lar”, no entanto, cresce a partir do Palácio do Governador, que
administra a cidade com espírito ecumênico – “Nosso Lar” não é uma cidade
espírita, mas, sim, cristã. A figura do Governador é, sobretudo, a de um pai
espiritual. A cidade, em quase tudo, copia a descrição de Platão, discípulo de
Sócrates, em seu famoso livro “A República”. Já teria alguma coisa a ver com a
proposta dos Espíritos Superiores para uma Nova Ordem Mundial, já que Allan
Kardec, o Codificador, foi a reencarnação de Platão?! Evidente que sim!...
INÁCIO FERREIRA - Blog Mediunidade na Internet
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