INTELECTUALISMO
– VI
212 –O homem sem grandes
possibilidades intelectuais é sempre um homem medíocre?
-O conceito de mediocridade
modifica-se no plano de nossas conquistas universalistas, depois das transições
da morte.
Aí no mundo, costumais
entronizar o escritor que enganou o público, o político que ultrajou o direito,
o capitalista que se enriqueceu sem escrúpulos de consciência, colocados na
galeria dos homens superiores. Exaltando-lhes os méritos individuais com
extravagâncias louvaminheiras, muitos falais em “mediocridade”, sem “rebanho”,
em “rotina”, em “personalidade superior”.
Para nós, a virtude da
resignação dos pais de família, criteriosos e abnegados, no extenso rebanho de
atividades rotineiras da existência terrestre, não se compara em grandeza com
os dotes de espírito do intelectual que gesticula desesperado de uma tribuna,
sem qualquer edificação séria, ou que se emaranha em confusões palavrosas na
esfera literária, sem a preocupação sincera de aprender com os exemplos da
vida.
O trabalhador que passa a
vida inteira trabalhando ao Sol no amanho da terra, fabricando o pão saboroso
da vida, tem mais valor para Deus que os artistas de inteligência viciada, que
outra coisa não fazem senão perturbar a marcha divina das suas leis.
Vede, portanto, que a
expressão de intelectualidade vale muito, mas não pode prescindir dos valores
do sentimento em sua essência sublime, compreendendo-se afinal, que o “homem
medíocre” não é o trabalhador das lides terrestres, amoroso de suas
realizações do lar e do sagrado cumprimento de seus deveres, sobre cuja abnegação
erigiu-se a organização maravilhosa do patrimônio mundano.
213 –Devemos acalentar a
preocupação de adquirir os elementos do chamado magnetismo pessoal?
-Essa preocupação é muito
nobre, mas ninguém suponha realiza-la tão-só com a experiÊncia da leitura de
livros pertinentes ao assunto.
Não são poucos os que
buscam essa literatura, desejosos de fórmulas mágicas no caminho do menor
esforço.
Todavia, o que
indispensável salientar pe que nenhum estudioso pode conquistar simpatia sem
que haja transformado o coração em manancial de bondade espontânea e sincera.
Na vida não basta saber. É imprescindível compreender. Os livros ensinam, mas
só o esforço próprio aperfeiçoa a alma para a grande e abençoada compreensão.
Esqueça a conquista fácil, a operação mecânica; injustificáveis nas edificações
espirituais, e volvei a atenção e o pensamento para o vosso próprio mundo
interior. Muita coisa aí se tem a fazer e, nesse bom trabalho, a alma se
ilumina, naturalmente, aclarando o caminho de seus irmãos.
Livro:
“O Consolador” – Francisco C. Xavier – Emmanuel - Os livros espíritas, como
este vendidos em nossa loja, terão o lucro repassado à Casa Espírita de Oração Amor e Luz
de Limeira.
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