6.3.16

Estado de Alerta

Às pressas, buscam-se respostas, por quê?
Não se sabe direito o que foi que aconteceu, houve, não sei onde, uns estrondos. Qual seria a origem daqueles barulhos dantescos?
No corre-corre, alguém me disse: deve ser o fim do mundo.
Como o fim do mundo, me perguntei, não somos, afinal, imortais?
Era 1945. Final da segunda grande guerra mundial. De um lado, os aliados, de outro, um grupo querendo, a todo custo, impor o seu poder.
Hitler, Mussolini e as lideranças japonesas imaginavam que poderiam introduzir nova ordem mundial. Era engano, mas a começar pela Europa, os movimentos de conquistas territoriais pelo caminho da guerra passaram a ser uma normalidade. Estavam ainda na mente de muitos os ecos da primeira grande guerra de 1914.
Muito havia ocorrido e a Europa estava despedaçada. Não havia paz no velho continente europeu. Onde quer que se fosse, não se sentia absolutamente tranquilo, esta era a verdade, mesmo naqueles países considerados neutros. Era um clima de permanente intranquilidade.
Naquele dia do grande estrondo, que atingiu até as bases do mundo espiritual, perguntou-se, de verdade, se ali seria o princípio do fim.
Ficamos todos atordoados do lado de cá da vida. Queríamos viver ainda neste planeta, pisar novamente neste pedaço de chão, noutro corpo, mas será que haveria condições se houvesse incrível destruição nuclear?
Na prática, ainda vivemos neste receio global. Alguns, bem poucos, detém a fórmula da grande bomba atômica e pode usá-la, teoricamente, quando quiser. Outras de poderio mais fortes foram criadas, desde então, e não foi a derrocada da famosa guerra fria que espantou de vez esta preocupação mundial.
Há sempre déspotas, tiranos, desequilibrados, que tentam dominar o mundo e não deixariam de perder a oportunidade para se mostrarem fortes porque possuem a grande arma. Irresponsáveis que não pensam na humanidade, mas unicamente em seus interesses pessoais.
Há, sim, senhores, perigo de novos golpes nesta frente. Há, igualmente, no mundo espiritual, esforço de grande monta para evitar que isto aconteça. Atuamos nos bastidores do poder. Não eu, simplesmente, mas um conjunto de irmãos que utilizaram as suas vidas para se dedicarem ao bem público em seus países de origem.
O peso de outra grande guerra mundial não está aliviado, ao contrário, bebe-se um champanhe da paz, mas não se desarmam de maneira alguma. Portanto, fiquemos em alerta.
É claro que os problemas do dia a dia não nos fazem nos debruçarmos diante destas questões estratégicas e nós trabalhamos, estudamos cada passo para “não deixar a peteca cair. ”
Orientamos a governantes. Deliberamos com representantes desencarnados das nações. Articulamos reuniões de paz e entendimento. Tudo isso é feito e muito mais, no entanto, em nada garante que estejamos livres da presença do mal, ou seja, dos que trabalham em direção contrária. São fortes e inteligentes, temos que reconhecer, mas nada que uma iniciativa no bem não venha a amolecer corações.
Os grandes governantes do planeta são sistematicamente monitorados por grupos do bem. Lógico que eles também recebem a influência do outro lado do poder e muitos se deixam levar por promessas de projeção pública e mais poder.
Não é isto que desejamos ao nosso querido planeta, por esta razão, dedicamos boa parte do nosso tempo em aglutinar outros corações, a somar oportunidades de melhoria, a resolver problemas crônicos das populações.
Venceremos porque o bem sempre há de vencer, o que não impede dizer que não será fácil por isso mesmo. Haverá muitas lutas, ganhos e perdas, no final o bem terá que prevalecer, pois este é o nosso destino inevitável.

Joaquim Nabuco – Blog Reflexões de um Imortal

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