1.6.15

Estado de Alerta
Acompanho as mudanças climáticas. Observo tudo com muito cuidado no lado de cá da vida. Pensa que por não estar mais entre vocês que não ficamos a par do que se passa no mundo? Coisa nenhuma, pelo contrário, ficamos mais interessados de notícias para não ficarmos para trás. É um pé aqui e um pé aí.
Minha preocupação tem sentido, explico. Os fenômenos climáticos estão, de certa forma, imprevisíveis. Quando chove, chove demais. Quando faz calor, faz calor demais.
Há terremotos por toda a parte. Há tornados cada vez mais frequentes. Há instabilidade climática com reflexos nas demais atividades da natureza e apenas se fica no campo da perplexidade sem nada de agir.
O encontro internacional que se faz sobre o clima da Terra é importante, mas parece-me que os governantes não levam muito a sério as suas reflexões e decisões. O que importa ainda são os lucros capitalistas e não as demandas climáticas e ambientais. Com isso, as grandes empresas continuam a poluir mais e mais.
Até onde isso vai dar?
Esta pergunta nós fazemos, mas já temos uma resposta. O mundo vai entrar, num futuro não muito distante, em estado de alerta.
O que ocorre de agressão à natureza é impressionante. A irresponsabilidade com o meio ambiente chega ao ponto de destruição maciça de reservas substanciais à sobrevivência planetária e ninguém diz nada. Quando muito, uma nota aqui, um comentário ali, e tudo fica como está.
Tenho a impressão que um choque térmico de grandes proporções está a caminho. É apenas uma desconfiança, não uma informação concreta. Um grande desajuste climático que provocará simultaneamente no planeta grandes distorções aparentemente inexplicáveis, mas compreensíveis diante dos desmandos que hoje se faz e que fica impunemente.
A questão ambiental não pode ser tratada como mais uma, a parte do contexto econômico e social que se vive, ela deve fazer parte da pauta principal dos países, dos estados, das instâncias locais.
Quando a natureza mostrar a sua incapacidade de processamento é que os governos pararão para pensar alternativas mais prolongadas e, consequentemente, mais definitivas.
Uma seca localizada é compreensível, mas o seu alastramento para diversas regiões é sinal de alerta.
Uma tempestade específica é normal, mas inundações permanentes em diversos pontos do globo são igualmente preocupantes.
A temperatura do planeta sobe, sobe de verdade, embora alguns teóricos defendam o contrário. Pois bem, o que iremos fazer quando a Mãe-Terra der sinais de esgotamento e parecer irreversível?
Alerto agora para que se tomem decisões antecipadas e se tente diminuir os impactos da catástrofe que vem à galope, pode demorar um pouco, mas vai chegar e aí não se terá muito o que fazer senão chorar e enterrar seus mortos.
Paz,
Helder Camara

Nenhum comentário:

Postar um comentário