21.4.20

Aniversário do Livro Luz


Aquele que despertou para a realidade espiritual sabe que o vazio que insistia em preencher a sua vida foi amenizado pela crença da sobrevivência após a morte e a continuidade da vida.
Soube, por experiência própria, que há muitas razões para o existir no mundo e que possui um papel importante a desempenhar. Sente-se útil no imenso plano de Deus para os homens.
Sabe, também, que mesmo que venha a fraquejar nos embates da vida, terá novas oportunidades para demonstrar o seu progresso pelo esforço contínuo de melhoria pessoal.
Crê, e essa fé lhe é de grande valor, que o mundo seguirá seu rumo de progresso incessante e não teme eventuais dramas que possam ocorrer no trajeto da humanidade.
Acontece que estes postulados de vida ainda não são conhecidos ou concebidos por boa parte da humanidade que, por causa disso, se lamenta diante das adversidades da vida e tenta encontrar respostas no aqui e no agora, o que não consegue.
É este despertamento coletivo que se propõe colaborar a filosofia dos espíritos.
Em 1857, pelas mãos do eminente senhor Allan Kardec, o mundo conheceu, de maneira extremamente didática e cuidadosa, a realidade além do véu de Ísis.
A competência do trabalho desse insigne pedagogo francês tem colaborado, mundo afora e especialmente no Brasil, para que as mentes e os corações se abram para a verdadeira realidade da vida.
Os aplausos não são para ele, que os dispensa, mas para o esforço do Cristo em acreditar piamente em cada um de seus irmãos na tentativa de evolução planetária em direção à luz.
O projeto é do Cristo e que teve nas mãos do senhor Allan Kardec e de uma quantidade numerável de colaboradores materiais e espirituais a possibilidade de se materializar entre os homens.
O Livro dos Espíritos, este lúmen para humanidade, tem a sua data física comemorada mais uma vez. E o quanto ele elucida sobre as verdades divinas e eternas.
Não é o trabalho de um só homem, até porque pouco faria se ainda fosse, mas de todos aqueles comprometidos pela modificação do status quo deste planeta que passa, por causa disso, por transformações inadiáveis.
O planeta olha para si neste instante de dor e busca respostas e alento. Elas já existem. Seja por diversos compêndios lançados por ilustres missionários ao longo da trajetória humana na Terra, seja pela luz singular do Evangelho de Jesus, seja pela contribuição valorosa dos Espíritos de Escol que pertenceram ao projeto educativo que redundou no aparecimento do Espiritismo entre os homens.
O Livro dos Espíritos comemora seu aniversário de lançamento, mas o que fizemos nós para honrar a luz que nos chegou ao espírito imortal?
Luz que nos encandeia a vista é pouco percebida, talvez por isso que alguns ainda não entenderam seu papel na Terra, mesmo com as elucidações trazidas. Outros, provavelmente, adiam as responsabilidades assumidas.
Como foi dito pelo mestre nazareno que a “muito seria pedido a quem muito estiver recebendo”, clamo às mentes nessa hora decisiva do planeta a olharem para si e diante do capital espiritual que já possuem, respondam para si mesmos o que estão fazendo com este tesouro que os céus lhe proporcionou em forma de doutrina.
O Livro dos Espíritos inaugurou uma nova fase para a humanidade. Foi ali, no Palais Royal, numa humilde sala, que o livro luz se apresentava para os despertantes de plantão.
Senhor Allan Kardec, todo nosso agradecimento por ser leal ao propósito do Cristo na Terra e que sejamos, pelo seu exemplo grandioso, seguidores da Boa Nova e iluminadores de consciências, porque outro não deve ser o nosso compromisso a não ser fazer-se luz onde quer que estejamos e que ela se reflita em todos aqueles que, sedentos igualmente de luz, estejam abertos para a renovação definitiva de suas almas.

Um Espírito Amigo – Carlos Pereira

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