Aquele que despertou para a
realidade espiritual sabe que o vazio que insistia em preencher a sua vida foi
amenizado pela crença da sobrevivência após a morte e a continuidade da vida.
Soube, por experiência
própria, que há muitas razões para o existir no mundo e que possui um papel
importante a desempenhar. Sente-se útil no imenso plano de Deus para os homens.
Sabe, também, que mesmo que
venha a fraquejar nos embates da vida, terá novas oportunidades para demonstrar
o seu progresso pelo esforço contínuo de melhoria pessoal.
Crê, e essa fé lhe é de
grande valor, que o mundo seguirá seu rumo de progresso incessante e não teme
eventuais dramas que possam ocorrer no trajeto da humanidade.
Acontece que estes postulados
de vida ainda não são conhecidos ou concebidos por boa parte da humanidade que,
por causa disso, se lamenta diante das adversidades da vida e tenta encontrar
respostas no aqui e no agora, o que não consegue.
É este despertamento coletivo
que se propõe colaborar a filosofia dos espíritos.
Em 1857, pelas mãos do
eminente senhor Allan Kardec, o mundo conheceu, de maneira extremamente
didática e cuidadosa, a realidade além do véu de Ísis.
A competência do trabalho
desse insigne pedagogo francês tem colaborado, mundo afora e especialmente no
Brasil, para que as mentes e os corações se abram para a verdadeira realidade
da vida.
Os aplausos não são para ele,
que os dispensa, mas para o esforço do Cristo em acreditar piamente em cada um
de seus irmãos na tentativa de evolução planetária em direção à luz.
O projeto é do Cristo e que
teve nas mãos do senhor Allan Kardec e de uma quantidade numerável de
colaboradores materiais e espirituais a possibilidade de se materializar entre
os homens.
O Livro dos Espíritos, este
lúmen para humanidade, tem a sua data física comemorada mais uma vez. E o
quanto ele elucida sobre as verdades divinas e eternas.
Não é o trabalho de um só
homem, até porque pouco faria se ainda fosse, mas de todos aqueles
comprometidos pela modificação do status quo deste planeta que passa, por causa
disso, por transformações inadiáveis.
O planeta olha para si neste
instante de dor e busca respostas e alento. Elas já existem. Seja por diversos
compêndios lançados por ilustres missionários ao longo da trajetória humana na
Terra, seja pela luz singular do Evangelho de Jesus, seja pela contribuição
valorosa dos Espíritos de Escol que pertenceram ao projeto educativo que
redundou no aparecimento do Espiritismo entre os homens.
O Livro dos Espíritos
comemora seu aniversário de lançamento, mas o que fizemos nós para honrar a luz
que nos chegou ao espírito imortal?
Luz que nos encandeia a vista
é pouco percebida, talvez por isso que alguns ainda não entenderam seu papel na
Terra, mesmo com as elucidações trazidas. Outros, provavelmente, adiam as
responsabilidades assumidas.
Como foi dito pelo mestre
nazareno que a “muito seria pedido a quem muito estiver recebendo”, clamo às
mentes nessa hora decisiva do planeta a olharem para si e diante do capital
espiritual que já possuem, respondam para si mesmos o que estão fazendo com
este tesouro que os céus lhe proporcionou em forma de doutrina.
O Livro dos Espíritos
inaugurou uma nova fase para a humanidade. Foi ali, no Palais Royal, numa
humilde sala, que o livro luz se apresentava para os despertantes de plantão.
Senhor Allan Kardec, todo
nosso agradecimento por ser leal ao propósito do Cristo na Terra e que sejamos,
pelo seu exemplo grandioso, seguidores da Boa Nova e iluminadores de
consciências, porque outro não deve ser o nosso compromisso a não ser fazer-se
luz onde quer que estejamos e que ela se reflita em todos aqueles que, sedentos
igualmente de luz, estejam abertos para a renovação definitiva de suas almas.
Um Espírito Amigo – Carlos
Pereira
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